From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Sem 'derramamento de sangue', Fagundes reconhece atuação da FNS
13/01/2013
Autor: Lucas Bólico
Fonte: Olhar Direto - http://www.olhardireto.com.br/
O deputado federal Wellington Fagundes (PR), um dos mais ativos parlamentares do grupo político que se formou para tentar impedir a desintrusão de não-índios da demarcação indígena xavante Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso, sobre o distrito de Estrela do Araguaia reconheceu o trabalho feito pela Força Nacional de Segurança na Operação.
O principal argumento das autoridades que tentava impedir a desintrusão é que haveria um verdadeiro "derramamento de sangue" no local quando a operação começasse a acontecer. Isso porque os moradores da região prometiam resistir à ação policial. A maioria das propriedades, no entanto, já está em poder da Fundação Nacional do Índio (Funai) e apenas um conflito aconteceu, no qual só foi utilizado armamento não-letal. Ninguém se feriu gravemente.
"O que teve lá foi uma Força Nacional, ela é uma estrutura montada com a elite de todas as polícias e preparada para uma ação inclusive de guerra, é uma ação diferenciada com todo o aparato e que na verdade ela foi lá com tempo para fazer o trabalho e felizmente não teve derramamento de sangue. Essa era a maior preocupação que nós tínhamos", declarou o parlamentar em entrevista ao Olhar Direto.
Apesar da derrota no campo político, uma vez que a desintrusão houve de fato, os produtores das terras remanescentes da Suiá Missú que estão dentro da reserva ainda encampam a batalha jurídica para voltarem a ocupar a área.
"A discussão no campo jurídico, do direito, isso não tem o que a gente interferir. A gente esteve com Joaquim Barbosa, eu o governador [Silval Barbosa (PMDB)], o [suplente de senador] Cidinho (PR) e o Baiano Filho (PMDB) e a posição do ministro foi clara, vou olhar os autos", informou. "Os advogados dos posseiros e dos fazendeiros estão trabalhando com expectativa, mas ai é um campo jurídico, a parte política que nós tínhamos de fazer que era impedir o derramamento de sangue", completa o parlamentar. , "Fomos até a exaustão do que pode ser feito".
Mudança nas regras do jogo
O deputado federal defende agora uma alteração nas regras para se criar uma reserva indígena a fim de evitar um outro caso como o de Suiá. De acordo com o congressista, a aprovação para a criação destas áreas tem de passar pelo parlamento. "Um grande problema que tem hoje é que a criação de reservas indígenas tem que passar pelo congresso, não pode ser uma decisão só do Executivo, precisamos votar", defende.
"O que está acontecendo hoje são criações de reservas em áreas estratégicas de fronteira agrícola. O Brasil consegue ser competitivo, o mundo a fora fica até assustado com o Brasil com uma estrutura de logística tão carente, com distâncias tão grandes, a gente ainda consegue ser competitivo, então o Brasil ainda é um dos únicos países que ainda conseguem aumentar e muito a produção das commodities agrícolas.
Prejuízo à produção
Wellington Fagundes opina ainda que a criação da reserva na região do Araguaia trará grandes prejuízos à produção agrícola do estado. De acordo com ele, tentar barrar a produção nacional atende a interesses externos.
"Aquela região é uma região que só aquela, do Araguaia, tem condições de produzir o que Mato Grosso produz hoje. A criação dessa reserva não deixa de ser um impeditivo. Isso é interesse do Brasil ou é interesses externos? Eu acho que ai entra a área de inteligência do governo. Até onde o Brasil tem independência da comunidade internacional? Sabemos todos nós que precisamos viver em harmonia, agora a subserviência é prejudicial ao país. Até que ponto isso foi feito para resgatar a imagem externa do país".
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Sem_derramamento_de_sangue_Fagundes_reconhece_atuacao_da_FNS&id=300616
O principal argumento das autoridades que tentava impedir a desintrusão é que haveria um verdadeiro "derramamento de sangue" no local quando a operação começasse a acontecer. Isso porque os moradores da região prometiam resistir à ação policial. A maioria das propriedades, no entanto, já está em poder da Fundação Nacional do Índio (Funai) e apenas um conflito aconteceu, no qual só foi utilizado armamento não-letal. Ninguém se feriu gravemente.
"O que teve lá foi uma Força Nacional, ela é uma estrutura montada com a elite de todas as polícias e preparada para uma ação inclusive de guerra, é uma ação diferenciada com todo o aparato e que na verdade ela foi lá com tempo para fazer o trabalho e felizmente não teve derramamento de sangue. Essa era a maior preocupação que nós tínhamos", declarou o parlamentar em entrevista ao Olhar Direto.
Apesar da derrota no campo político, uma vez que a desintrusão houve de fato, os produtores das terras remanescentes da Suiá Missú que estão dentro da reserva ainda encampam a batalha jurídica para voltarem a ocupar a área.
"A discussão no campo jurídico, do direito, isso não tem o que a gente interferir. A gente esteve com Joaquim Barbosa, eu o governador [Silval Barbosa (PMDB)], o [suplente de senador] Cidinho (PR) e o Baiano Filho (PMDB) e a posição do ministro foi clara, vou olhar os autos", informou. "Os advogados dos posseiros e dos fazendeiros estão trabalhando com expectativa, mas ai é um campo jurídico, a parte política que nós tínhamos de fazer que era impedir o derramamento de sangue", completa o parlamentar. , "Fomos até a exaustão do que pode ser feito".
Mudança nas regras do jogo
O deputado federal defende agora uma alteração nas regras para se criar uma reserva indígena a fim de evitar um outro caso como o de Suiá. De acordo com o congressista, a aprovação para a criação destas áreas tem de passar pelo parlamento. "Um grande problema que tem hoje é que a criação de reservas indígenas tem que passar pelo congresso, não pode ser uma decisão só do Executivo, precisamos votar", defende.
"O que está acontecendo hoje são criações de reservas em áreas estratégicas de fronteira agrícola. O Brasil consegue ser competitivo, o mundo a fora fica até assustado com o Brasil com uma estrutura de logística tão carente, com distâncias tão grandes, a gente ainda consegue ser competitivo, então o Brasil ainda é um dos únicos países que ainda conseguem aumentar e muito a produção das commodities agrícolas.
Prejuízo à produção
Wellington Fagundes opina ainda que a criação da reserva na região do Araguaia trará grandes prejuízos à produção agrícola do estado. De acordo com ele, tentar barrar a produção nacional atende a interesses externos.
"Aquela região é uma região que só aquela, do Araguaia, tem condições de produzir o que Mato Grosso produz hoje. A criação dessa reserva não deixa de ser um impeditivo. Isso é interesse do Brasil ou é interesses externos? Eu acho que ai entra a área de inteligência do governo. Até onde o Brasil tem independência da comunidade internacional? Sabemos todos nós que precisamos viver em harmonia, agora a subserviência é prejudicial ao país. Até que ponto isso foi feito para resgatar a imagem externa do país".
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