From Indigenous Peoples in Brazil
News
vaidade e o contrabando de diamantes
17/05/2004
Autor: Keka Werneck
Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
As coisas só têm valor se damos valor a elas.
É dado extremo valor, por exemplo, às jóias.
Anéis e pulseiras, colares e brincos, para enfeitar o corpo de mulheres e homens vaidosos. Adornos de ouro e de prata e, para dar um toque final, pedrinhas preciosas.
Em busca delas, põe-se o homem a escavar o chão, ficar como bicho enlameado, para achar este tipo de riqueza nas profundezas do solo. Diga-se de passagem: riquezas esgotáveis.
Perfura daqui, perfura dali, pouco importam as árvores, rios e índios, donos de terras recheadas com minerais. Os vaidosos precisam das jóias.
Cava aqui, busca dali, mais e mais diamantes devem brotar. Mas ali não pode mexer e lá também não. Então o problema é do governo, que tem um órgão para fiscalizar a extração ilegal - o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). E consegue fiscalizar?
Garimpeiros, muitas vezes a serviço de um grande empresário, rodam Mato Grosso, que já foi grande foco minerador, em busca dos pontos onde os solos ainda são ricos, não precisando gastar muito para aprofundar as escavações. E onde ainda restam com abundância pedras preciosas? Geralmente em áreas protegidas.
Por trás das drogas, existe a rede de tráfico. Por trás das jóias, há o contrabando. O tráfico resulta em mortes, o contrabando também.
Dos mais de 200 garimpeiros que estavam atuando ilegalmente há vários anos na reserva Roosevelt, 29 foram assassinados por índios cintas-largas, "donos" da área, na sangrenta revolta dos caciques. Os índios resolveram fazer justiça com as próprias mãos.
Semana passada, a Polícia Federal "tomou" uma casa de diamantes no Centro de Juína, que, suspeita-se, "lava" pedras preciosas retiradas de locais onde a prática da extração é proibida. As pedras, conforme a PF, seguem de lá, já legalizadas, para nobres pólos compradores, Rio, São Paulo, Minas e outros países, inclusive europeus. É porque, assim como as drogas, as pedras preciosas também têm consumidores.
Em festas como o Oscar, mais badalado prêmio do cinema americano, as mulheres tentam ofuscar umas às outras usando vestidos de grifes e, principalmente, jóias exuberantes.
As jóias, enfim, só têm valor, porque damos valor a elas, porque elas servem para refletir o poder dos que as usam.
Caso contrário, ou seja, se não déssemos importância a elas, seriam apenas pedras e nada mais.
É dado extremo valor, por exemplo, às jóias.
Anéis e pulseiras, colares e brincos, para enfeitar o corpo de mulheres e homens vaidosos. Adornos de ouro e de prata e, para dar um toque final, pedrinhas preciosas.
Em busca delas, põe-se o homem a escavar o chão, ficar como bicho enlameado, para achar este tipo de riqueza nas profundezas do solo. Diga-se de passagem: riquezas esgotáveis.
Perfura daqui, perfura dali, pouco importam as árvores, rios e índios, donos de terras recheadas com minerais. Os vaidosos precisam das jóias.
Cava aqui, busca dali, mais e mais diamantes devem brotar. Mas ali não pode mexer e lá também não. Então o problema é do governo, que tem um órgão para fiscalizar a extração ilegal - o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). E consegue fiscalizar?
Garimpeiros, muitas vezes a serviço de um grande empresário, rodam Mato Grosso, que já foi grande foco minerador, em busca dos pontos onde os solos ainda são ricos, não precisando gastar muito para aprofundar as escavações. E onde ainda restam com abundância pedras preciosas? Geralmente em áreas protegidas.
Por trás das drogas, existe a rede de tráfico. Por trás das jóias, há o contrabando. O tráfico resulta em mortes, o contrabando também.
Dos mais de 200 garimpeiros que estavam atuando ilegalmente há vários anos na reserva Roosevelt, 29 foram assassinados por índios cintas-largas, "donos" da área, na sangrenta revolta dos caciques. Os índios resolveram fazer justiça com as próprias mãos.
Semana passada, a Polícia Federal "tomou" uma casa de diamantes no Centro de Juína, que, suspeita-se, "lava" pedras preciosas retiradas de locais onde a prática da extração é proibida. As pedras, conforme a PF, seguem de lá, já legalizadas, para nobres pólos compradores, Rio, São Paulo, Minas e outros países, inclusive europeus. É porque, assim como as drogas, as pedras preciosas também têm consumidores.
Em festas como o Oscar, mais badalado prêmio do cinema americano, as mulheres tentam ofuscar umas às outras usando vestidos de grifes e, principalmente, jóias exuberantes.
As jóias, enfim, só têm valor, porque damos valor a elas, porque elas servem para refletir o poder dos que as usam.
Caso contrário, ou seja, se não déssemos importância a elas, seriam apenas pedras e nada mais.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source