From Indigenous Peoples in Brazil
News
Cintas-largas relacionam morte de adlescente às ameaças de garimpeiros
19/05/2004
Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
Revoltados, cintas-largas dizem que morte do adolescente Moisés Cinta-Larga tem relação com as ameaças que recebem de garimpeiros. É o que informou por telefone, de Espigão d'oeste (RO), o cacique Júlio Cinta-Larga, 24, uma das lideranças da aldeia Tenente Marques, na reserva Roosevelt.
"A primeira suspeita provável é [que o autor da morte seja] garimpeiro porque estamos recebendo muitas ameaças, é quase toda hora. Foi-nos avisado que ia acontecer isso e realmente aconteceu", afirmou.
O cacique descarta crime de roubo ou passional para a morte do menor. "Com certeza eles roubaram a moto para despistar a polícia. Ele [Moisés] não teve chance de reagir", afirmou. "Uma das três balas [que atingiram o adolescente] pegou no rosto."
O corpo do menor foi liberado ontem às 15h30 pela perícia técnica da Polícia Civil de Cacoal (480 km de Porto Velho) e estava sendo transportado, até o fechamento desta edição, para a aldeia 14 de Abril para ser enterrado.
"Vamos enterrá-lo com o ritual da tradição Cinta-Larga", afirmou o cacique.
Segundo ele, a morte de Moisés chocou os cintas-largas. "A nossa população já é pequena e a cada ano que passa a gente perde vários da nossa comunidade. É muito difícil para a gente, a gente nunca consegue superar", disse Júlio Cinta-Larga.
Hoje vivem na reserva Roosevelt, de 2,7 milhões de hectares nos Estados de Rondônia e Mato Grosso, 1.300 cintas-largas.
Quando foram contatados por indigenistas, em 1969, eram 5.000. Após o contato, boa parte deles morreu de gripe por não ter resistência contra o vírus. Antes, no início da década de 60, uma aldeia inteira, em Mato Grosso, foi assassinada no chamado "Massacre do Paralelo 11" por garimpeiros e seringueiros.
"A primeira suspeita provável é [que o autor da morte seja] garimpeiro porque estamos recebendo muitas ameaças, é quase toda hora. Foi-nos avisado que ia acontecer isso e realmente aconteceu", afirmou.
O cacique descarta crime de roubo ou passional para a morte do menor. "Com certeza eles roubaram a moto para despistar a polícia. Ele [Moisés] não teve chance de reagir", afirmou. "Uma das três balas [que atingiram o adolescente] pegou no rosto."
O corpo do menor foi liberado ontem às 15h30 pela perícia técnica da Polícia Civil de Cacoal (480 km de Porto Velho) e estava sendo transportado, até o fechamento desta edição, para a aldeia 14 de Abril para ser enterrado.
"Vamos enterrá-lo com o ritual da tradição Cinta-Larga", afirmou o cacique.
Segundo ele, a morte de Moisés chocou os cintas-largas. "A nossa população já é pequena e a cada ano que passa a gente perde vários da nossa comunidade. É muito difícil para a gente, a gente nunca consegue superar", disse Júlio Cinta-Larga.
Hoje vivem na reserva Roosevelt, de 2,7 milhões de hectares nos Estados de Rondônia e Mato Grosso, 1.300 cintas-largas.
Quando foram contatados por indigenistas, em 1969, eram 5.000. Após o contato, boa parte deles morreu de gripe por não ter resistência contra o vírus. Antes, no início da década de 60, uma aldeia inteira, em Mato Grosso, foi assassinada no chamado "Massacre do Paralelo 11" por garimpeiros e seringueiros.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source