From Indigenous Peoples in Brazil
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News
No Tapajós, índios reclamam de pesquisa para construção de usina
02/04/2013
Autor: Kátia Brasil
Fonte: Folha de São Paulo - http://www1.folha.uol.com.br
O início dos estudos ambientais para a construção de usina do complexo do Tapajós, no Pará, vem causando inquietação entre índios da região.
Na semana passada, cerca de 80 pesquisadores, escoltados por homens da Força Nacional, começaram coleta de dados sobre fauna e flora da região de Itaituba (1.300 km de Belém), que deve abrigar a usina de São Luiz do Tapajós.
A usina é uma das nove previstas no complexo Tapajós-Teles Pires, considerado o novo passo do governo para explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia, e tão polêmico como o da usina de Belo Monte (PA), por abranger unidades de conservação e terras indígenas.
Índios mundurucu relatam intimidação pelos homens da Força Nacional e dizem que não foram consultados sobre a presença dos pesquisadores.
"Os soldados entraram armados sem avisar ninguém. Fazem abordagens intimidando e atrapalhando o trânsito na área. Os índios estão sem poder caçar e pescar", disse o índio Valdemir Munduruku.
Segundo ele, o foco de tensão é a aldeia Sawre Muybu, onde vivem 200 índios. A reserva indígena fica no médio Tapajós, a duas horas de barco de Itaituba.
A Funai corrobora a queixa. "A Funai e os índios não foram consultados, existe um clima de temor. Eles, policiais e pesquisadores, são intrusos", disse o coordenador do órgão em Itaituba, Deusival Munduruku.
A escolta da Força Nacional foi autorizada pela Justiça Federal em Santarém (PA), em decisão do último dia 26 que negou pedido da Procuradoria para suspender a operação. Procuradores haviam apontado risco de conflito entre índios e policiais.
A Justiça Federal já tinha proibido, em decisão anterior, a concessão de licença prévia para a obra da usina sem consulta aos mundurucu.
OUTRO LADO
O Ministério de Minas e Energia informou que não iria comentar as declarações dos índios e da Funai. Afirmou que a presença da força policial é para garantir a segurança da expedição, que conta ainda com o apoio das polícias Federal e Rodoviária Federal.
A Eletrobras informou que o estudo para obras das usinas do Tapajós-Teles Pires é de responsabilidade de um grupo composto por nove empresas, que não havia respondido aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1255677-no-tapajos-indios-reclamam-de-pesquisa-para-construcao-de-usina.shtml
Na semana passada, cerca de 80 pesquisadores, escoltados por homens da Força Nacional, começaram coleta de dados sobre fauna e flora da região de Itaituba (1.300 km de Belém), que deve abrigar a usina de São Luiz do Tapajós.
A usina é uma das nove previstas no complexo Tapajós-Teles Pires, considerado o novo passo do governo para explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia, e tão polêmico como o da usina de Belo Monte (PA), por abranger unidades de conservação e terras indígenas.
Índios mundurucu relatam intimidação pelos homens da Força Nacional e dizem que não foram consultados sobre a presença dos pesquisadores.
"Os soldados entraram armados sem avisar ninguém. Fazem abordagens intimidando e atrapalhando o trânsito na área. Os índios estão sem poder caçar e pescar", disse o índio Valdemir Munduruku.
Segundo ele, o foco de tensão é a aldeia Sawre Muybu, onde vivem 200 índios. A reserva indígena fica no médio Tapajós, a duas horas de barco de Itaituba.
A Funai corrobora a queixa. "A Funai e os índios não foram consultados, existe um clima de temor. Eles, policiais e pesquisadores, são intrusos", disse o coordenador do órgão em Itaituba, Deusival Munduruku.
A escolta da Força Nacional foi autorizada pela Justiça Federal em Santarém (PA), em decisão do último dia 26 que negou pedido da Procuradoria para suspender a operação. Procuradores haviam apontado risco de conflito entre índios e policiais.
A Justiça Federal já tinha proibido, em decisão anterior, a concessão de licença prévia para a obra da usina sem consulta aos mundurucu.
OUTRO LADO
O Ministério de Minas e Energia informou que não iria comentar as declarações dos índios e da Funai. Afirmou que a presença da força policial é para garantir a segurança da expedição, que conta ainda com o apoio das polícias Federal e Rodoviária Federal.
A Eletrobras informou que o estudo para obras das usinas do Tapajós-Teles Pires é de responsabilidade de um grupo composto por nove empresas, que não havia respondido aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1255677-no-tapajos-indios-reclamam-de-pesquisa-para-construcao-de-usina.shtml
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