From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

News

Justiça suspende operação militar em Tapajós

16/04/2013

Autor: Daniele Bragança

Fonte: ((o))eco - www.oeco.org.br



O Ministério Público conseguiu, pelo menos por enquanto, paralisar os estudos de impacto ambiental que estão sendo feitos no município de Itaituba-PA, onde se pretende erguer a hidrelétrica São Luiz do Tapajós e pelo menos outras 4, formando o complexo hidrelétrico de Tapajós.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, atendeu pedido do Ministério Público Federal e suspendeu a operação militar e policial, conhecida como Operação Tapajós, que estava na região para proteger 80 pesquisadores que realizavam os levantamentos dos dados que vão compor o estudo de impacto ambiental das usinas.

No dia 3 de março, o Ministério Público Federal interpôs recurso para suspender a operação militar, assim como qualquer processo de licenciamento ou estudo, até que as comunidades afetadas (indígenas e ribeirinhos) fossem consultadas. Nesta terça-feira (16), a decisão favorável da Justiça saiu.

Para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, as comunidades indígenas e tradicionais devem ser ouvidas antes da realização de qualquer estudo que demande o ingresso de pesquisadores nas terras indígenas. A consulta deverá seguir os moldes do artigo 6o da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e após a consulta, o governo deverá realizar a por uma Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) dos impactos decorrentes da instalação de empreendimentos hidrelétricos em toda a bacia do Tapajós.

Não é a primeira vez que o Poder Judiciário dá um freio nos planos do governo. Em novembro do ano passado, a Justiça Federal em Santarém congelou qualquer etapa do licenciamento, determinando a realização de consulta prévia aos índios e uma avaliação ambiental integrada.

As hidrelétricas de Tapajós são estratégicas para o governo. Para viabilizá-las, a presidente lançou logo no começo do ano passado a Medida Provisória no 558, editada no dia 6 de janeiro, que alterou a área de 7 unidades de conservação. Ao tramitar pela Câmara, a MP aumentou para 8 o número de unidades de conservação atingidas. Passou rápido pelo Congresso, sendo sancionada poucos dias após o término da Conferência Rio+20.

As hidrelétricas serão feitas em áreas preservadas da floresta amazônica e mudarão a paisagem de um dos mais belos rios da região, o Tapajós. As 5 usinas planejadas para a região - UHE de São Luiz de Tapajós, UHE Jatobá, UHE Cachoeira de Caí, UHE Jamanxin e UHE Cachoeira dos Patos - comporão o complexo hidrelétrico de Tapajós.



http://www.oeco.org.br/noticias/27088-justica-suspende-operacao-militar-em-tapajos?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+siteoeco+%28O+Eco%29
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source