From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Da aldeia ao túnel do Metrô
16/05/2013
Fonte: OESP, Metrópole, p. A22
Da aldeia ao túnel do Metrô
Pela primeira vez, grupo de 40 índios que vive no extremo sul foi por trilhos até o Jabaquara
Bruno Ribeiro
SÃO PAULO - Jabaquara, o terminal inicial da Linha 1 do Metrô de São Paulo, tem nome indígena - significa "refúgio". Mas muitos índios da Aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros, zona sul da capital, nunca haviam ido até esse refúgio subterrâneo.
Sua primeira viagem pelos trilhos ocorreu no meio da tarde de ontem. Eram cerca de 40 pessoas, a maioria mulheres e crianças que não costumam sair da aldeia, localizada em uma área distante 50 quilômetros do centro. O passeio foi organizado pelo Centro Educacional de Cultura Indígena (Ceci). A escola da Prefeitura busca manter língua e aspectos culturais, em parceria com o Metrô, que organiza visitas monitoradas ao Centro de Controle Operacional dos trens.
O contraste é que, hoje em dia, até os índios já têm celulares com internet e nenhuma das tecnologias digitais os surpreende. Mas o isolamento cultural é tanto que, nas redes sociais, a língua usada ainda é o guarani. E o isolamento geográfico é maior: a infraestrutura pesada do metrô fez com que algumas meninas chorassem de medo e as mães ficassem trêmulas, agarradas aos assentos dos trens. Já os meninos encararam tudo como se enfrentassem uma grande aventura.
Novidade. "Não costumamos sair da aldeia. As crianças nunca vêm ao centro. Eu mesma nunca andei de escada rolante", diz Marta, índia que não quis dar o sobrenome e levou três filhos para o passeio. Saiu sorrindo da escada rolante, que já tinha visto em filmes e na televisão.
Muitos índios da aldeia até já usaram o metrô diariamente. Daniel dos Santos, de 22 anos, que ajudou a guiar o passeio, trabalhou no centro da cidade e viajava de metrô todos os dias. "Eu usava a Linha 5 e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)", disse. Agora, como quase todo mundo que mora no extremo sul, eles não veem a hora de a expansão da linha chegar à aldeia.
OESP, 16/05/2013, Metrópole, p. A22
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,da-aldeia-ao-tunel-do-metro,1032231,0.htm
Pela primeira vez, grupo de 40 índios que vive no extremo sul foi por trilhos até o Jabaquara
Bruno Ribeiro
SÃO PAULO - Jabaquara, o terminal inicial da Linha 1 do Metrô de São Paulo, tem nome indígena - significa "refúgio". Mas muitos índios da Aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros, zona sul da capital, nunca haviam ido até esse refúgio subterrâneo.
Sua primeira viagem pelos trilhos ocorreu no meio da tarde de ontem. Eram cerca de 40 pessoas, a maioria mulheres e crianças que não costumam sair da aldeia, localizada em uma área distante 50 quilômetros do centro. O passeio foi organizado pelo Centro Educacional de Cultura Indígena (Ceci). A escola da Prefeitura busca manter língua e aspectos culturais, em parceria com o Metrô, que organiza visitas monitoradas ao Centro de Controle Operacional dos trens.
O contraste é que, hoje em dia, até os índios já têm celulares com internet e nenhuma das tecnologias digitais os surpreende. Mas o isolamento cultural é tanto que, nas redes sociais, a língua usada ainda é o guarani. E o isolamento geográfico é maior: a infraestrutura pesada do metrô fez com que algumas meninas chorassem de medo e as mães ficassem trêmulas, agarradas aos assentos dos trens. Já os meninos encararam tudo como se enfrentassem uma grande aventura.
Novidade. "Não costumamos sair da aldeia. As crianças nunca vêm ao centro. Eu mesma nunca andei de escada rolante", diz Marta, índia que não quis dar o sobrenome e levou três filhos para o passeio. Saiu sorrindo da escada rolante, que já tinha visto em filmes e na televisão.
Muitos índios da aldeia até já usaram o metrô diariamente. Daniel dos Santos, de 22 anos, que ajudou a guiar o passeio, trabalhou no centro da cidade e viajava de metrô todos os dias. "Eu usava a Linha 5 e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)", disse. Agora, como quase todo mundo que mora no extremo sul, eles não veem a hora de a expansão da linha chegar à aldeia.
OESP, 16/05/2013, Metrópole, p. A22
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,da-aldeia-ao-tunel-do-metro,1032231,0.htm
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