From Indigenous Peoples in Brazil
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Notícias
Morte de bebês revolta Caciques Xavante de Marãiwatsede
03/08/2004
Fonte: Site da Funai
A desnutrição e a pneumonia já fizeram três vítimas nos limites da Terra Indígena Marãiwatsede, no Mato Grosso, onde sobrevivem em um acampamento à beira de uma estrada, 480 Xavante, dos quais 170 são bebês e crianças. Há nove meses eles tentam voltar para suas terras, mas uma liminar da Justiça impede que as famílias Xavante reocupem as áreas declaradas pelo governo brasileiro como território tradicionalmente indígena. No último dia 29, duas crianças de apenas um ano de idade, faleceram. As duas apresentavam um quadro clínico de pneumonia e desnutrição. No dia seguinte, outra criança, na mesma faixa etária também não resistiu à gravidade dos problemas respiratórios.
No dia 1º de agosto, duas outras crianças foram internadas em hospitais municipais com os mesmos sintomas. No total, 12 crianças estão hospitalizadas apresentando os mesmos sintomas.
Com a morte dos bebês Xavante, o clima de tensão na área aumentou. Os Caciques Xavante, que até então aguardavam a decisão da Justiça anunciaram que devem entrar na área. A Funai mantém cinco servidores no local, na tentativa de controlar a situação e manter os índios longe de eventuais confrontos com fazendeiros que invadiram suas terras e se recusam a reconhecê-las como terras indígenas.
De acordo com o administrador da Funai em Goiânia, Edson Beiriz, a Funai já solicitou à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), desde sexta-feira passada, que enviasse ao local, com urgência, uma equipe médica para atender às crianças. Ele continua fazendo gestões junto à assessoria do órgão. Para Edson Beiriz, o clima é preocupante.
Histórico - A Terra Indígena Marãiwatsede, situada no município de Alto Boa Vista (MT), com 165 mil hectares, está demarcada e homologada pela Presidência da República desde 1998. Na década de 60, os Xavante foram expulsos e transportados, em aviões oficiais, com a ajuda de padres Salesianos, para outras áreas Xavante, quando o Governo de Mato Grosso vendeu a área a um grupo de usineiros do interior de São Paulo. Somente nos primeiros dias após a transferência, morreram de sarampo 64 índios.
Há cerca de nove meses os Xavante resolveram voltar para as terras que, agora, "lhes pertencem de fato e de direito, mas mesmo sendo os seus legítimos donos, continuam fora delas, por decisão do Juiz José Pires, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso", explica Edson Beiriz.
Enquanto aguardam uma decisão favorável da Justiça, os Xavante estão acampados às margens da BR-158, rodovia que liga, entre outros municípios, Barra do Garças e São Félix do Araguaia. Estão no limite de suas terras, mas fora delas. "Sem as menores condições de higiene, vivem em barracas de lonas plásticas, bebendo água contaminada por coliformes fecais, aspirando a poeira da estrada", acrescenta Beiriz. Sem pode plantar, caçar ou mesmo coletar frutos silvestres, atividades principais do grupo, os índios vivem de 400 cestas básicas fornecidas pela Funai.
No dia 1º de agosto, duas outras crianças foram internadas em hospitais municipais com os mesmos sintomas. No total, 12 crianças estão hospitalizadas apresentando os mesmos sintomas.
Com a morte dos bebês Xavante, o clima de tensão na área aumentou. Os Caciques Xavante, que até então aguardavam a decisão da Justiça anunciaram que devem entrar na área. A Funai mantém cinco servidores no local, na tentativa de controlar a situação e manter os índios longe de eventuais confrontos com fazendeiros que invadiram suas terras e se recusam a reconhecê-las como terras indígenas.
De acordo com o administrador da Funai em Goiânia, Edson Beiriz, a Funai já solicitou à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), desde sexta-feira passada, que enviasse ao local, com urgência, uma equipe médica para atender às crianças. Ele continua fazendo gestões junto à assessoria do órgão. Para Edson Beiriz, o clima é preocupante.
Histórico - A Terra Indígena Marãiwatsede, situada no município de Alto Boa Vista (MT), com 165 mil hectares, está demarcada e homologada pela Presidência da República desde 1998. Na década de 60, os Xavante foram expulsos e transportados, em aviões oficiais, com a ajuda de padres Salesianos, para outras áreas Xavante, quando o Governo de Mato Grosso vendeu a área a um grupo de usineiros do interior de São Paulo. Somente nos primeiros dias após a transferência, morreram de sarampo 64 índios.
Há cerca de nove meses os Xavante resolveram voltar para as terras que, agora, "lhes pertencem de fato e de direito, mas mesmo sendo os seus legítimos donos, continuam fora delas, por decisão do Juiz José Pires, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso", explica Edson Beiriz.
Enquanto aguardam uma decisão favorável da Justiça, os Xavante estão acampados às margens da BR-158, rodovia que liga, entre outros municípios, Barra do Garças e São Félix do Araguaia. Estão no limite de suas terras, mas fora delas. "Sem as menores condições de higiene, vivem em barracas de lonas plásticas, bebendo água contaminada por coliformes fecais, aspirando a poeira da estrada", acrescenta Beiriz. Sem pode plantar, caçar ou mesmo coletar frutos silvestres, atividades principais do grupo, os índios vivem de 400 cestas básicas fornecidas pela Funai.
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