From Indigenous Peoples in Brazil
News
Governo vai construir ponte para acesso a comunidades indígenas
06/08/2004
Fonte: 24 Horas News-Cuiabá-MT
Índios Xavantes de sete aldeias, coordenadas pelo cacique Aniceto Tsudzavéré da aldeia Nossa Senhora de Guadalupe, serão beneficiados pela abertura de estrada e construção de ponte de madeira que irá encurtar em mais de 60 quilômetros o acesso às comunidades. A obra do Governo do Estado irá atender diretamente 766 índios que moram nas aldeias, situada na Reserva São Marcos, próximo do município de Barra do Garças (509 km ao leste da Capital), e terá um investimento de aproximadamente R$ 70 mil.
As obras começam nesta segunda-feira (09.08), segundo informou o superintendente de manutenção e operação de rodovias da secretaria de Infra-Estrutura (Sinfra), Vilceu Marchetti. A nova estrada ligará a BR-070 a aldeia Nossa Senhora de Guadalupe, numa extensão de 28 quilômetros, estando localizada 40 quilômetros depois do município de General Carneio. Atualmente para chegar a aldeia os índios precisam dar uma volta totalizando 180 km.
Para completar o acesso às comunidades indígenas será construída uma ponte de madeira de 36 metros, sobre o rio Barreiro. A obra era reivindicada pelos Xavantes desde 2002. Com a nova administração estadual, os Xavantes reiteraram o pedido, por meio da superintendência de Políticas Indígenas, órgão que coordena a política indígena do Estado, ligada a Casa Civil, e nesta quarta-feira (04.08) tiveram a confirmação da realização da obra, que será executada pela Sinfra.
Nesta quinta-feira (05.08), os líderes indígenas das aldeias estiveram reunidos com o superintendente de Políticas Indígenas, Idevar José Sardinha, e agradeceram o empenho do atual Governo no atendimento a reivindicação das comunidades. "Vai melhorar muito o acesso a nossas aldeias, encurtando o caminho. Vai economizar os gastos com combustível, facilitar o transporte de pacientes graves para cidade", enfatizou o cacique Aniceto, 72 anos, um dos mais respeitados líderes Xavantes, que trabalhou por muitos anos como assessor do cacique e deputado federal Mário Juruna. "Dia de pagamento dos aposentados, não vamos precisar mais fazer eles darem aquela volta cansativa", destacou. Ele informou que a viagem, grande parte por estrada de chão, chega levar até quatro horas e meia.
O líder Xavante também destacou que obra irá ajudar no transporte de produtos das aldeias para serem comercializados na cidade. Neste ano, os índios produziram cerca de três toneladas de alimentos - milho, arroz, abóbora e feijão, a maior parte é para o próprio consumo, a comercialização, segundo Aniceto, é pequena. As sete aldeias beneficiadas pela abertura da estrada e ponte são: Nova Esperança, Diamantina, Cristo Rei, São Francisco, Nossa Senhora das Graças, Jesus de Nazaré e a Nossa Senhora Guadalupe.
QUALIDADE DE VIDA - Dentro da política do Governo Estadual de apoio a projetos de economia auto-sustentável nas aldeias, o superintendente de Políticas Indígenas anunciou que estará visitando a Reserva São Marcos para estar discutindo programas que poderão ser implantados nas aldeias. "Os índios xavantes dessa região tem muita experiência com o plantio da banana. Pretendemos estimular projetos que possam agregar valor a este produto", informou Sardinha.
Nesta semana, índios Xavantes das aldeias Santíssima Trindade, Nossa Senhora Aparecida e Divina Providência, tiveram a confirmação do governador Blairo Maggi de apoio ao projeto de lavoura mecanizada, que a princípio envolverá o plantio de arroz. Segundo Sardinha, este será um projeto piloto que futuramente poderá envolver e beneficiar outras comunidades indígenas da Reserva São Marcos.
"A lavoura mecanizada é uma necessidade. E o índio vai continuar preservando sua cultura. Só os índios 'desaldeados' (que vivem na cidade) perde sua tradição", disse Aniceto. Ele manifestou sua preocupação com o futuro das comunidades indígenas. "Nossas crianças precisam se preparar, estudar a tradição complicada da civilização (dos não-índios)", destacou, ele disse que por isso a necessidade de ter índios formados em diversas áreas. "Precisamos de índios advogados, médicos, engenheiros. Eu cresci na época em que nosso povo não tinha contato com o branco, vivíamos sem roupa. Nosso povo não tinha pressão alta, anemia, pneumonia", disse, explicando a necessidade da nova geração deter o conhecimento da cultura dos não-índios para conseguirem defender seus direitos e buscar alternativas que conciliem preservação das tradições e qualidade de vida.
Também estiveram participando da reunião com o superintendente de Políticas Indígenas o cacique da aldeia Nossa Senhora da Graça, Vicente Tsipré e o cacique da aldeia Nova Esperança, Tobias Tserenimirãmi.
As obras começam nesta segunda-feira (09.08), segundo informou o superintendente de manutenção e operação de rodovias da secretaria de Infra-Estrutura (Sinfra), Vilceu Marchetti. A nova estrada ligará a BR-070 a aldeia Nossa Senhora de Guadalupe, numa extensão de 28 quilômetros, estando localizada 40 quilômetros depois do município de General Carneio. Atualmente para chegar a aldeia os índios precisam dar uma volta totalizando 180 km.
Para completar o acesso às comunidades indígenas será construída uma ponte de madeira de 36 metros, sobre o rio Barreiro. A obra era reivindicada pelos Xavantes desde 2002. Com a nova administração estadual, os Xavantes reiteraram o pedido, por meio da superintendência de Políticas Indígenas, órgão que coordena a política indígena do Estado, ligada a Casa Civil, e nesta quarta-feira (04.08) tiveram a confirmação da realização da obra, que será executada pela Sinfra.
Nesta quinta-feira (05.08), os líderes indígenas das aldeias estiveram reunidos com o superintendente de Políticas Indígenas, Idevar José Sardinha, e agradeceram o empenho do atual Governo no atendimento a reivindicação das comunidades. "Vai melhorar muito o acesso a nossas aldeias, encurtando o caminho. Vai economizar os gastos com combustível, facilitar o transporte de pacientes graves para cidade", enfatizou o cacique Aniceto, 72 anos, um dos mais respeitados líderes Xavantes, que trabalhou por muitos anos como assessor do cacique e deputado federal Mário Juruna. "Dia de pagamento dos aposentados, não vamos precisar mais fazer eles darem aquela volta cansativa", destacou. Ele informou que a viagem, grande parte por estrada de chão, chega levar até quatro horas e meia.
O líder Xavante também destacou que obra irá ajudar no transporte de produtos das aldeias para serem comercializados na cidade. Neste ano, os índios produziram cerca de três toneladas de alimentos - milho, arroz, abóbora e feijão, a maior parte é para o próprio consumo, a comercialização, segundo Aniceto, é pequena. As sete aldeias beneficiadas pela abertura da estrada e ponte são: Nova Esperança, Diamantina, Cristo Rei, São Francisco, Nossa Senhora das Graças, Jesus de Nazaré e a Nossa Senhora Guadalupe.
QUALIDADE DE VIDA - Dentro da política do Governo Estadual de apoio a projetos de economia auto-sustentável nas aldeias, o superintendente de Políticas Indígenas anunciou que estará visitando a Reserva São Marcos para estar discutindo programas que poderão ser implantados nas aldeias. "Os índios xavantes dessa região tem muita experiência com o plantio da banana. Pretendemos estimular projetos que possam agregar valor a este produto", informou Sardinha.
Nesta semana, índios Xavantes das aldeias Santíssima Trindade, Nossa Senhora Aparecida e Divina Providência, tiveram a confirmação do governador Blairo Maggi de apoio ao projeto de lavoura mecanizada, que a princípio envolverá o plantio de arroz. Segundo Sardinha, este será um projeto piloto que futuramente poderá envolver e beneficiar outras comunidades indígenas da Reserva São Marcos.
"A lavoura mecanizada é uma necessidade. E o índio vai continuar preservando sua cultura. Só os índios 'desaldeados' (que vivem na cidade) perde sua tradição", disse Aniceto. Ele manifestou sua preocupação com o futuro das comunidades indígenas. "Nossas crianças precisam se preparar, estudar a tradição complicada da civilização (dos não-índios)", destacou, ele disse que por isso a necessidade de ter índios formados em diversas áreas. "Precisamos de índios advogados, médicos, engenheiros. Eu cresci na época em que nosso povo não tinha contato com o branco, vivíamos sem roupa. Nosso povo não tinha pressão alta, anemia, pneumonia", disse, explicando a necessidade da nova geração deter o conhecimento da cultura dos não-índios para conseguirem defender seus direitos e buscar alternativas que conciliem preservação das tradições e qualidade de vida.
Também estiveram participando da reunião com o superintendente de Políticas Indígenas o cacique da aldeia Nossa Senhora da Graça, Vicente Tsipré e o cacique da aldeia Nova Esperança, Tobias Tserenimirãmi.
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