From Indigenous Peoples in Brazil
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Notícias
Índios do alto Xingu reaprendem a coletar mel e aumentam produção
06/08/2004
Fonte: 24 horas News- Cuiabá-MT
Um programa que reafirma a necessidade de valorização dos costumes indígenas e permite alternativas de trabalho para diversas comunidades do Alto Xingu (MT) está sendo desenvolvido com sucesso na região, desde 1998. Trata-se da criação racional de abelhas do tipo melípona (sem ferrão e que constroem a entrada de suas colônias com barro e resinas), da espécie jataí, por grupos de várias etnias, que além da extração do mel aprendem a preservar espécies nativas orientados por técnicos da Coordenação Geral de Desenvolvimento Comunitário (CGDC) da Funai.
No período de 14 a 28 de julho foi ministrado um novo curso de capacitação, coordenado pelo engenheiro agrônomo da Funai Nelson César Destro Júnior, do CGDC. Foram treinados para a captura de enxames e extração do mel, índios das etnias Kamaiurá, Yawalapiti, Mehinako, Waurá, Aweti, Kuikuro e Nafuquá. Esses cursos de capacitação em apicultura e os seus resultados ajudam tanto a recuperar a tradição da coleta e a aumentar o consumo de mel, quanto ao desenvolvimento de atividades para jovens e adultos destas aldeias, que estavam sem uma ocupação de trabalho, conforme avalia César Júnior.
Em 1998, quando o projeto ainda estava no começo, os técnicos da Funai perceberam que um grande número de colméias era destruído durante a captura do produto. Os próprios índios então tomaram a iniciativa de buscar uma técnica que não destruísse as colméias porque sabiam que o método tradicional permitia apenas a coleta e o consumo, sem a preocupação com a preservação das espécies.
Colméias racionais - Garantir o acesso aos utensílios que são usados para o desenvolvimento da nova tecnologia, buscada pelos índios, não exige grandes investimentos. Basta construir uma caixa de madeira, dividida em três partes, e usar machados, facões, facas e dois recipientes com tampas, um para o mel e outro para o pólen. Com esses equipamentos é possível então cumprir as etapas de transferência de uma colônia de abelhas de um tronco para uma caixa racional, sem destruir os enxames, o que já não é tão simples.
Entre as fases do processo, é preciso cortar o tronco com cuidado para ter acesso ao ninho sem danificá-lo e é para isto que servem os cursos de capacitação ministrados nas aldeias pela equipe do CGDC.
Na primeira etapa do projeto foram contemplados diversos povos indígenas em todo o país com os cursos de capacitação, entre eles os Metyktire e Piaraçu, Kapoto e Jarina, também do Xingu.
Sobre os resultados do programa, César afirma que a equipe do CGDC e as próprias lideranças indígenas constataram que aconteceu um aumento expressivo da quantidade de enxames das abelhas jataí desde os últimos seis anos, quando o projeto começou a ser executado. "Notamos ainda que esses cursos deixam os índios satisfeitos porque além da preservação de sua cultura, oferecem oportunidade de trabalho e assegura o consumo de um produto usado milenarmente tanto na sua alimentação quanto na elaboração de medicamentos naturais", acrescenta. Na próxima segunda-feira, dia 29, os técnicos do CGDC cumprem outra etapa do programa na região de Colíder (MT), nas aldeias dos Juruna e dos Metyktire
No período de 14 a 28 de julho foi ministrado um novo curso de capacitação, coordenado pelo engenheiro agrônomo da Funai Nelson César Destro Júnior, do CGDC. Foram treinados para a captura de enxames e extração do mel, índios das etnias Kamaiurá, Yawalapiti, Mehinako, Waurá, Aweti, Kuikuro e Nafuquá. Esses cursos de capacitação em apicultura e os seus resultados ajudam tanto a recuperar a tradição da coleta e a aumentar o consumo de mel, quanto ao desenvolvimento de atividades para jovens e adultos destas aldeias, que estavam sem uma ocupação de trabalho, conforme avalia César Júnior.
Em 1998, quando o projeto ainda estava no começo, os técnicos da Funai perceberam que um grande número de colméias era destruído durante a captura do produto. Os próprios índios então tomaram a iniciativa de buscar uma técnica que não destruísse as colméias porque sabiam que o método tradicional permitia apenas a coleta e o consumo, sem a preocupação com a preservação das espécies.
Colméias racionais - Garantir o acesso aos utensílios que são usados para o desenvolvimento da nova tecnologia, buscada pelos índios, não exige grandes investimentos. Basta construir uma caixa de madeira, dividida em três partes, e usar machados, facões, facas e dois recipientes com tampas, um para o mel e outro para o pólen. Com esses equipamentos é possível então cumprir as etapas de transferência de uma colônia de abelhas de um tronco para uma caixa racional, sem destruir os enxames, o que já não é tão simples.
Entre as fases do processo, é preciso cortar o tronco com cuidado para ter acesso ao ninho sem danificá-lo e é para isto que servem os cursos de capacitação ministrados nas aldeias pela equipe do CGDC.
Na primeira etapa do projeto foram contemplados diversos povos indígenas em todo o país com os cursos de capacitação, entre eles os Metyktire e Piaraçu, Kapoto e Jarina, também do Xingu.
Sobre os resultados do programa, César afirma que a equipe do CGDC e as próprias lideranças indígenas constataram que aconteceu um aumento expressivo da quantidade de enxames das abelhas jataí desde os últimos seis anos, quando o projeto começou a ser executado. "Notamos ainda que esses cursos deixam os índios satisfeitos porque além da preservação de sua cultura, oferecem oportunidade de trabalho e assegura o consumo de um produto usado milenarmente tanto na sua alimentação quanto na elaboração de medicamentos naturais", acrescenta. Na próxima segunda-feira, dia 29, os técnicos do CGDC cumprem outra etapa do programa na região de Colíder (MT), nas aldeias dos Juruna e dos Metyktire
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