From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Definido sucessor de Apoena no trabalho em Rondônia
08/11/2004
Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ
Sucessor do indigenista Apoena Meirelles na coordenação do grupo que elabora um plano de proteção aos índios cintas-largas em Rondônia, o também indigenista Izanoel dos Santos Sodré terá que reconquistar a confiança daqueles indígenas na Funai. Uma das missões de Izanoel Sodré será a de ajudar esses índios a construírem uma alternativa econômica de sobrevivência até que se decida sobre a regulamentação da mineração em terra indígena. Apoena morreu assassinado no mês passado quando deixava uma agência bancária, em Porto Velho.
Izanoel embarca esta semana para Rondônia. Aposentado da Funai, como Apoena, Izanoel foi escolhido pela Funai por ser o indigenista com perfil mais indicado para assumir o trabalho. Os dois trabalharam juntos várias vezes e Izanoel tem uma relação próxima dos cintas-largas. Há dois meses, ele esteve com Apoena na região e permaneceu na área por 12 dias. Em 86, quando Apoena era coordenador da Funai em Rondônia, Izanoel dirigiu o Parque Indígena Aripuanã, onde há índios cintas-largas e suruí.
- A principal missão é manter a confiabilidade dos índios na Funai, abalada após a morte de Apoena, que sabia colocar as ações do governo sem prejuízos para os indígenas - disse Izanoel.
Segundo o indigenista, a presença de garimpeiros e madeireiros interferiu na cultura dos cintas-largas.
- O meu trabalho é reconduzi-los a um processo de organização social tradicional. O garimpo entrou e saiu de forma abrupta na vida desses índios, que já não têm mais o mesmo hábito alimentar, não utilizam mais a caça e pesca - disse.
Sobre a morte de Apoena, Izanoel disse que prefere acreditar que foi uma fatalidade e que o indigenista foi mesmo vítima de um assalto. Ele disse que não pedirá qualquer tipo de proteção especial da Polícia Federal para circular no estado.
Apoena deixou pronto um relatório detalhado sobre a situação dos cintas-largas. No documento, ele relata a pressão de garimpeiros e madeireiros sobre esses indígenas e suas terras. Apoena recomendou várias ações ao governo, como abertura de inquéritos contra os madeireiros e garimpeiros, o cancelamento do título de lavra e pesquisa mineral e pediu proteção às lideranças indígenas.
Izanoel embarca esta semana para Rondônia. Aposentado da Funai, como Apoena, Izanoel foi escolhido pela Funai por ser o indigenista com perfil mais indicado para assumir o trabalho. Os dois trabalharam juntos várias vezes e Izanoel tem uma relação próxima dos cintas-largas. Há dois meses, ele esteve com Apoena na região e permaneceu na área por 12 dias. Em 86, quando Apoena era coordenador da Funai em Rondônia, Izanoel dirigiu o Parque Indígena Aripuanã, onde há índios cintas-largas e suruí.
- A principal missão é manter a confiabilidade dos índios na Funai, abalada após a morte de Apoena, que sabia colocar as ações do governo sem prejuízos para os indígenas - disse Izanoel.
Segundo o indigenista, a presença de garimpeiros e madeireiros interferiu na cultura dos cintas-largas.
- O meu trabalho é reconduzi-los a um processo de organização social tradicional. O garimpo entrou e saiu de forma abrupta na vida desses índios, que já não têm mais o mesmo hábito alimentar, não utilizam mais a caça e pesca - disse.
Sobre a morte de Apoena, Izanoel disse que prefere acreditar que foi uma fatalidade e que o indigenista foi mesmo vítima de um assalto. Ele disse que não pedirá qualquer tipo de proteção especial da Polícia Federal para circular no estado.
Apoena deixou pronto um relatório detalhado sobre a situação dos cintas-largas. No documento, ele relata a pressão de garimpeiros e madeireiros sobre esses indígenas e suas terras. Apoena recomendou várias ações ao governo, como abertura de inquéritos contra os madeireiros e garimpeiros, o cancelamento do título de lavra e pesquisa mineral e pediu proteção às lideranças indígenas.
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