From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Juiz federal tenta acordo entre fazendeiro e guaranis-caiuás

25/11/2004

Autor: Honório Jacometto

Fonte: Dourados Agora-Dourados-MS



Índios guaranis-caiuás ocupam a fazenda Campo Belo



O juiz federal Sílvio César Arouck Gemaque tenta hoje um acordo entre o fazendeiro Esmalte Barbosa Chaves e índios guaranis-caiuás, que ocupam a fazenda Campo Belo, distrito de Porto Cambira, em Dourados, há quase 2 semanas.

A audiência de conciliação que seria realizada na propriedade foi transferida para o novo prédio da Justiça Federal. O encontro é às 17h 30 de hoje. Devem participar o fazendeiro, os advogados dele, índios guaranis-caiuás e o procurador da República Charles Estevan da Mota Pessoa.

Os advogados do proprietário não concordam com a audiência de conciliação. Eles queriam que o juiz federal concedesse o mandado de reintegração de posse ao proprietário. José Ipojucam, um dos advogados de Esmalte Barbosa, disse ao Douradosagora que o juiz federal Sílvio Arouck está "enrolando" para tomar uma decisão e que "se acontecer alguma coisa à família de Esmalte Barbosa que a culpa vai ser do juiz que fica protelando a decisão sobre a desocupação da Campo Belo.

Ao Douradosagora o juiz federal Sílvio César Arouck Gemaque disse que o processo está correndo normalmente. Os documentos foram enviados pelo juiz ao Ministério Público Federal. O procurador da República Charles da Mota Pessoa analisou o processo e apresentou um parecer ao juiz federal.

"Como ainda não estava munido de todas as evidências e subsídios para tomar uma decisão sobre este caso resolvi convocar esta audiência para ouvir as partes e ter mais argumentos na hora que for julgar o pedido. É natural que os advogados que estão defendendo o direito do fazendeiro queiram pressionar o Judiciário para que a decisão seja tomada rapidamente", concluiu o juiz Sílvio César Gemaque.

Os guaranis-caiuás que ocupam parte da Campo Belo há 15 dias já havia ocupado o mesmo local em fevereiro deste ano. Em fevereiro eles ficaram dentro da fazenda durante 20 dias e só saíram depois de um mandado de reintegração de posse em favor do fazendeiro concedido pela juíza federal Luciana Melchiori Bezerra.
 

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