From Indigenous Peoples in Brazil
News
Comunidade indígena promete resistência sobre novo despejo
05/05/2014
Autor: Luiz Radai
Fonte: Diário MS- http://www.diarioms.com.br
A comunidade indígena Tekoha Apyka'i deve ser retirada mais uma vez da terra que ocupam às margens da BR 463, entre Dourados e Ponta Porã. Segundo nota publicada em rede social do grupo Aty Guassu, os índios mais uma vez foram notificados pela Justiça Federal para sair da terra tradicional no próximo dia 7 de maio. O advogado do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Luiz Henrique Eloy, disse que não há uma data específica para o despejo, mas o que vale é a palavra dos índios.
Diário MS/ArquivoNo local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463
No local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463
A nota publicada em rede social do grupo Aty Guassu, consta o desabafo da viúva Damiana, líder da comunidade. Segundo a nota, foi autorizado que a força policial despeje os indígenas do Apyka'i. "No final de abril de 2014, mais uma vez, a Justiça Federal comunicou que a comunidade guarani e kaiowa será atacada e despejada pela Polícia Federal a partir do dia 7 de maio de 2014", diz a nota.
"Ainda não há dada para a reintegração. Amanhã vou me reunir com os aliados e somente após esta discussão iremos ter uma linha de atuação", disse Eloy.
Sobre a desocupação que ocorreria na próxima quarta-feira ele o advogado disse não haver nada oficial. "Nos autos do processo não consta esta data. De qualquer forma, o que vale é o que os índios informam", disse.
Uma das declarações da líder da comunidade mostra que qualquer despejo sofrerá resistência. "A liderança viúva Damiana e a comunidade declararam que não vão sair do Tekoha Apyka'i. 'Já fiz buraco e cova para mim e aqui quero ser enterrada pela Justiça do Brasil, a mando do governo Dilma Rousseff'", relata o documento.
A líder da comunidade disse que já foi ameaçada de morte. "O meu pai, o meu marido e meus filhos já foram assassinados e enterrados aqui, eles foram assassinados", acusa. "Eu e a comunidade vamos morrer tudo aqui também", diz em nota.
O maior desejo do grupo é que o imbróglio seja resolvido. "Não quero mais voltar na beira da rodovia, lá sofremos muito", alega. A liderança põe a culpa no Governo Federal. "Aqui será derramado mais do nosso sangue pelo governo Dilma e pela Justiça do Brasil", alerta, dizendo que "não tem mais medo de morrer".
No início de abril, depois de retornarem para o local de 1 hectare, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou-se a suspender uma liminar de reintegração de posse contra a aldeia Apyka'i, na região de Dourados.
A época, os indígenas entraram na terra pela última vez em setembro do ano passado. Até então, e após terem sido despejados do lugar três vezes, estavam sobrevivendo num acampamento às margens da rodovia. A decisão de retomar depois do atropelamento de uma criança de quatro anos - então a quinta vítima kayowá dos veículos que trafegam pela BR 463. Ao todo, sete indígenas morreram atropelados nas redondezas da aldeia.
No local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463, via de acesso a Ponta Porã e ao Paraguai.
http://www.diarioms.com.br/2014/05/comunidade-indigena-promete-resistencia-sobre-novo-despejo/
Diário MS/ArquivoNo local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463
No local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463
A nota publicada em rede social do grupo Aty Guassu, consta o desabafo da viúva Damiana, líder da comunidade. Segundo a nota, foi autorizado que a força policial despeje os indígenas do Apyka'i. "No final de abril de 2014, mais uma vez, a Justiça Federal comunicou que a comunidade guarani e kaiowa será atacada e despejada pela Polícia Federal a partir do dia 7 de maio de 2014", diz a nota.
"Ainda não há dada para a reintegração. Amanhã vou me reunir com os aliados e somente após esta discussão iremos ter uma linha de atuação", disse Eloy.
Sobre a desocupação que ocorreria na próxima quarta-feira ele o advogado disse não haver nada oficial. "Nos autos do processo não consta esta data. De qualquer forma, o que vale é o que os índios informam", disse.
Uma das declarações da líder da comunidade mostra que qualquer despejo sofrerá resistência. "A liderança viúva Damiana e a comunidade declararam que não vão sair do Tekoha Apyka'i. 'Já fiz buraco e cova para mim e aqui quero ser enterrada pela Justiça do Brasil, a mando do governo Dilma Rousseff'", relata o documento.
A líder da comunidade disse que já foi ameaçada de morte. "O meu pai, o meu marido e meus filhos já foram assassinados e enterrados aqui, eles foram assassinados", acusa. "Eu e a comunidade vamos morrer tudo aqui também", diz em nota.
O maior desejo do grupo é que o imbróglio seja resolvido. "Não quero mais voltar na beira da rodovia, lá sofremos muito", alega. A liderança põe a culpa no Governo Federal. "Aqui será derramado mais do nosso sangue pelo governo Dilma e pela Justiça do Brasil", alerta, dizendo que "não tem mais medo de morrer".
No início de abril, depois de retornarem para o local de 1 hectare, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou-se a suspender uma liminar de reintegração de posse contra a aldeia Apyka'i, na região de Dourados.
A época, os indígenas entraram na terra pela última vez em setembro do ano passado. Até então, e após terem sido despejados do lugar três vezes, estavam sobrevivendo num acampamento às margens da rodovia. A decisão de retomar depois do atropelamento de uma criança de quatro anos - então a quinta vítima kayowá dos veículos que trafegam pela BR 463. Ao todo, sete indígenas morreram atropelados nas redondezas da aldeia.
No local, vivem 50 índios kayowá em barracos de lona e madeira, erguidos em espaço contínuo à reserva legal de uma fazenda de cana-de-açúcar às margens da BR 463, via de acesso a Ponta Porã e ao Paraguai.
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