From Indigenous Peoples in Brazil
News
Garimpo Roosevelt ainda é invadido por garimpeiros
13/04/2005
Autor: HUDSON CORRÊA
Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
Um ano após o massacre de 29 garimpeiros feito por índios cintas-largas dentro da terra indígena Roosevelt, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho, RO), a área ainda é invadida por homens em busca de diamantes, informou hoje a PF (Polícia Federal).
Líderes dos 1.300 cintas-largas dizem que os garimpeiros foram mortos porque invadiram a reserva indígena de 2,7 milhões de hectares (18 vezes o tamanho da cidade de São Paulo).
O delegado da PF Mauro Sposito disse que, na semana passada, ocorreram quatro prisões de garimpeiros que invadiram a reserva, e, "toda a semana", há pelo menos um caso.
"Os garimpeiros ficam na expectativa [de reabertura do garimpo na terra indígena]. Muitas pessoas estão sendo presas, mas não têm outra opção de trabalho", afirmou o presidente do sindicato dos garimpeiros de Espigão d'Oeste, Gilton Muniz.
Segundo ele, cerca de 800 garimpeiros moram na região e têm a esperança de que possam entrar na terra dos índios.
Sposito afirmou que o garimpo está desativado, desde o massacre, e que os garimpeiros invasores tentam achar pedras preciosas com bateia (recipiente de metal ou madeira usado para revolver cascalho). O delegado disse que garimpeiros pegos na área foram levados a presídios.
"Depois que entregamos [à PF] as máquinas [dragas usadas na mineração] no fim do ano, todas autoridades sumiram e ninguém deu satisfação", disse o índio Pandere Cinta-Larga, 30, que foi gerente do garimpo. Os índios, segundo Pandere, querem legalizar a extração das pedras preciosas para sustentar a aldeia.
O vice-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Roberto Lustosa, disse que estão em estudo no Ministério da Justiça propostas de legalização do garimpo. A Constituição proíbe mineração em terra indígena.
A extração de diamantes na Roosevelt começou a ser feita 1999 por garimpeiros que pagavam 20% da produção aos índios. Em janeiro de 2003, a PF retirou 5.000 homens da reserva e, em agosto daquele ano, os cintas-largas passaram a garimpar por conta. Garimpeiros passaram então a invadir a área. O massacre de 29 deles ocorreu no dia 7 de abril do ano passado.
Nesta semana, a PF concluiu o inquérito e indiciou 23 índios e o funcionário da Funai Walter Fontoura Blós como responsáveis pelas mortes.
Pandere diz que somente 15 índios participaram do massacre. Segundo ele, foram indiciadas apenas lideranças inocentes.
Líderes dos 1.300 cintas-largas dizem que os garimpeiros foram mortos porque invadiram a reserva indígena de 2,7 milhões de hectares (18 vezes o tamanho da cidade de São Paulo).
O delegado da PF Mauro Sposito disse que, na semana passada, ocorreram quatro prisões de garimpeiros que invadiram a reserva, e, "toda a semana", há pelo menos um caso.
"Os garimpeiros ficam na expectativa [de reabertura do garimpo na terra indígena]. Muitas pessoas estão sendo presas, mas não têm outra opção de trabalho", afirmou o presidente do sindicato dos garimpeiros de Espigão d'Oeste, Gilton Muniz.
Segundo ele, cerca de 800 garimpeiros moram na região e têm a esperança de que possam entrar na terra dos índios.
Sposito afirmou que o garimpo está desativado, desde o massacre, e que os garimpeiros invasores tentam achar pedras preciosas com bateia (recipiente de metal ou madeira usado para revolver cascalho). O delegado disse que garimpeiros pegos na área foram levados a presídios.
"Depois que entregamos [à PF] as máquinas [dragas usadas na mineração] no fim do ano, todas autoridades sumiram e ninguém deu satisfação", disse o índio Pandere Cinta-Larga, 30, que foi gerente do garimpo. Os índios, segundo Pandere, querem legalizar a extração das pedras preciosas para sustentar a aldeia.
O vice-presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Roberto Lustosa, disse que estão em estudo no Ministério da Justiça propostas de legalização do garimpo. A Constituição proíbe mineração em terra indígena.
A extração de diamantes na Roosevelt começou a ser feita 1999 por garimpeiros que pagavam 20% da produção aos índios. Em janeiro de 2003, a PF retirou 5.000 homens da reserva e, em agosto daquele ano, os cintas-largas passaram a garimpar por conta. Garimpeiros passaram então a invadir a área. O massacre de 29 deles ocorreu no dia 7 de abril do ano passado.
Nesta semana, a PF concluiu o inquérito e indiciou 23 índios e o funcionário da Funai Walter Fontoura Blós como responsáveis pelas mortes.
Pandere diz que somente 15 índios participaram do massacre. Segundo ele, foram indiciadas apenas lideranças inocentes.
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