From Indigenous Peoples in Brazil
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Pimenta: "Torço para que as duas crianças indígenas desaparecidas não tenham sido vítimas de massacre"
29/06/2015
Autor: Conceição Lemes
Fonte: Viomundo - www.viomundo.com.br
Na segunda-feira da semana passada, 22 de junho, cerca de 60 indígenas Guarani e Kaiowá, do acampamento de Kurusu Ambá, município de Coronel Sapucaia, Mato Grosso do Sul, participaram da retomada de áreas tradicionais.Ocuparam a sede da fazenda Madama, que faz parte do território reivindicado pela comunidade.
Logo depois, segundo relato ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pistoleiros atacaram o grupo. O Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Polícia Federal foram acionados.
Na quarta-feira, porém, fazendeiros armados atacaram os Guarani e Kaiowá acampados e atearam fogo aos seus pertences.
Desde então, duas crianças indígenas estão desaparecidas: G.L.G, de 14 anos, e T.V.B, de 12 anos. G.G é filho de Mario Lescano e Eliane Gomes, e T.B, de Lenivaldo Vasques e Maria Lúcia Martins.
É possível que, apavoradas, após o ataque, as crianças tenham fugido para terras indígenas vizinhas, procurando abrigo. A mais próxima é Taquapery, que fica a mais de 20 quilômetros do local dos incidentes. Após Taquapery, as distâncias ganham quilômetros consideráveis.
Mas os Guarani e Kaiowá não descartam a hipótese de terem sido sequestradas.
Tape Rendy, indígena Guarani e Kaiowá, desabafou à reportagem do boletim do Cimi: "Estas crianças se criaram aqui, conhecem bem este terreno, já deviam ter voltado. A comunidade está revoltada. Não aguenta mais a dor pelos pequenos que sumiram. Se eles levaram, não será a primeira vez. Perguntem nas aldeias, sempre levam crianças".
As buscas estão sendo realizadas por equipes da Força Nacional, da Funai e indígenas.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, foi verificar in loco as violações causadas pelos ataques de paramilitares contra os Guarani e Kaiowá. No momento, o ponto de maior tensão no momento é na divisa entre as cidades de Aral Moreira e Amambai, onde, no início da semana passada, mais famílias indígenas retomaram territórios tradicionais na antiga aldeia Guaiviry.
"Novas ofensivas de grupos paramilitares podem ocorrer nos próximos dias contra esses indígenas", alerta Pimenta, muito preocupado com toda a situação.
"A morosidade das demarcações das terras indígenas cria um clima de instabilidade e violência", avalia. "Além disso, a impunidade com relação aos crimes cometidos faz com que os casos de violência se repitam. Torço para que as duas crianças desparecidas não tenham sido vítimas de massacre."
http://www.viomundo.com.br/denuncias/pimenta-torco-para-que-as-duas-criancas-indigenas-desaparecidas-nao-tenham-sido-vitimas-de-massacre.html
Logo depois, segundo relato ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pistoleiros atacaram o grupo. O Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Polícia Federal foram acionados.
Na quarta-feira, porém, fazendeiros armados atacaram os Guarani e Kaiowá acampados e atearam fogo aos seus pertences.
Desde então, duas crianças indígenas estão desaparecidas: G.L.G, de 14 anos, e T.V.B, de 12 anos. G.G é filho de Mario Lescano e Eliane Gomes, e T.B, de Lenivaldo Vasques e Maria Lúcia Martins.
É possível que, apavoradas, após o ataque, as crianças tenham fugido para terras indígenas vizinhas, procurando abrigo. A mais próxima é Taquapery, que fica a mais de 20 quilômetros do local dos incidentes. Após Taquapery, as distâncias ganham quilômetros consideráveis.
Mas os Guarani e Kaiowá não descartam a hipótese de terem sido sequestradas.
Tape Rendy, indígena Guarani e Kaiowá, desabafou à reportagem do boletim do Cimi: "Estas crianças se criaram aqui, conhecem bem este terreno, já deviam ter voltado. A comunidade está revoltada. Não aguenta mais a dor pelos pequenos que sumiram. Se eles levaram, não será a primeira vez. Perguntem nas aldeias, sempre levam crianças".
As buscas estão sendo realizadas por equipes da Força Nacional, da Funai e indígenas.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, foi verificar in loco as violações causadas pelos ataques de paramilitares contra os Guarani e Kaiowá. No momento, o ponto de maior tensão no momento é na divisa entre as cidades de Aral Moreira e Amambai, onde, no início da semana passada, mais famílias indígenas retomaram territórios tradicionais na antiga aldeia Guaiviry.
"Novas ofensivas de grupos paramilitares podem ocorrer nos próximos dias contra esses indígenas", alerta Pimenta, muito preocupado com toda a situação.
"A morosidade das demarcações das terras indígenas cria um clima de instabilidade e violência", avalia. "Além disso, a impunidade com relação aos crimes cometidos faz com que os casos de violência se repitam. Torço para que as duas crianças desparecidas não tenham sido vítimas de massacre."
http://www.viomundo.com.br/denuncias/pimenta-torco-para-que-as-duas-criancas-indigenas-desaparecidas-nao-tenham-sido-vitimas-de-massacre.html
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