From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
ONU entra na negociação para dirimir conflitos indígenas no Estado
14/03/2016
Fonte: Correio do Estado- http://www.correiodoestado.com.br
A Organização das Nações Unidas (ONU) entrou na negociação feita com o governo federal para tentar dirimir o conflito indígena em Mato Grosso do Sul.
O que a entidade internacional terá de fazer fluir em Brasília é a priorização da União em pagar as indenizações de áreas onde hoje há disputa entre índios e fazendeiros.
Durante reunião na sexta-feira à noite (11), a vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Rose Modesto, encontrou-se com a relatora especial da ONU, Victória Tauli-Corpuz, e reforçou com ela a necessidade de o governo federal intervir o quanto antes na questão.
No encontro ainda estavam a subsecretária da Sedhast, Silvana Albuquerque, e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
A filipina Victória Tauli-Corpuz é entendida da questão do conflito porque atuou como presidente do Fórum Permanente de Questões Indígenas da ONU entre 2005 e 2010, período marcado por mortes durante disputas por terra.
"Pedi à representante que leve nossas considerações sobre a questão indígena diretamente ao governo federal. Há empenho do governo do Estado para resolver a situação mas, sem a ação direta de Brasília, ficamos de mãos atadas", afirmou a vice-governadora.
De quem é a culpa
Para a Famasul, a letargia da União torna a situação insustentável. "A ausência do governo Federal está diretamente ligada ao aumento de conflitos de terras em Mato Grosso do Sul", afirmou a federação, por meio de nota da assessoria de imprensa do Estado.
Para pontuar a falta de compromisso, os presentes na audiência lembraram da visita do então ministro da Justiça e hoje chefe da Advocacia-Geral da União, Eduardo Cardozo, ao Estado. E reafirmaram à representante da ONU que promessas feitas naquela visita ainda não foram cumpridas.
"Viemos ao Mato Grosso do Sul porque as notícias que temos é que a região necessita de acompanhamento em razão de situações de conflitos e também a pobreza das famílias indígenas principalmente no sul do Estado" disse a relatora da ONU, via assessoria de imprensa.
Trabalho efetivo
As conclusões de como está o conflito no Estado e a situação das famílias indígenas farão parte de relatório a ser entregue ao Conselho de Direitos Humanos em setembro deste ano. Uma sequência de recomendações também fará parte do estudo da ONU.
Para isso, a filipina visitou Dourados, 225 quilômetros de Campo Grande, na semana passada com o objetivo de recolher informações. Entre as situações identificadas estão a fome e as doenças que os Guarani-Kaiowá enfrentam no sul do Estado. A viagem fez paradas nas aldeias Bororo e Jaguapiru.
O governo do Estado também tem plano de ações de políticas indígenas e entregou relatório à relatora da ONU.
"Estamos atuando em várias frentes: na educação com Vale Universidade Indígena; na construção de um plano de políticas permanentes e ainda atuando diretamente com as comunidades rurais, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, com a distribuição de sementes para 12 mil famílias, além de combustível e tratores cedidos pelo Governo", pontuou a subsecretária da Sedhast.
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/dourados/onu-entra-na-negociacao-sobre-conflitos-indigenas-no-estado/273055/
O que a entidade internacional terá de fazer fluir em Brasília é a priorização da União em pagar as indenizações de áreas onde hoje há disputa entre índios e fazendeiros.
Durante reunião na sexta-feira à noite (11), a vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Rose Modesto, encontrou-se com a relatora especial da ONU, Victória Tauli-Corpuz, e reforçou com ela a necessidade de o governo federal intervir o quanto antes na questão.
No encontro ainda estavam a subsecretária da Sedhast, Silvana Albuquerque, e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
A filipina Victória Tauli-Corpuz é entendida da questão do conflito porque atuou como presidente do Fórum Permanente de Questões Indígenas da ONU entre 2005 e 2010, período marcado por mortes durante disputas por terra.
"Pedi à representante que leve nossas considerações sobre a questão indígena diretamente ao governo federal. Há empenho do governo do Estado para resolver a situação mas, sem a ação direta de Brasília, ficamos de mãos atadas", afirmou a vice-governadora.
De quem é a culpa
Para a Famasul, a letargia da União torna a situação insustentável. "A ausência do governo Federal está diretamente ligada ao aumento de conflitos de terras em Mato Grosso do Sul", afirmou a federação, por meio de nota da assessoria de imprensa do Estado.
Para pontuar a falta de compromisso, os presentes na audiência lembraram da visita do então ministro da Justiça e hoje chefe da Advocacia-Geral da União, Eduardo Cardozo, ao Estado. E reafirmaram à representante da ONU que promessas feitas naquela visita ainda não foram cumpridas.
"Viemos ao Mato Grosso do Sul porque as notícias que temos é que a região necessita de acompanhamento em razão de situações de conflitos e também a pobreza das famílias indígenas principalmente no sul do Estado" disse a relatora da ONU, via assessoria de imprensa.
Trabalho efetivo
As conclusões de como está o conflito no Estado e a situação das famílias indígenas farão parte de relatório a ser entregue ao Conselho de Direitos Humanos em setembro deste ano. Uma sequência de recomendações também fará parte do estudo da ONU.
Para isso, a filipina visitou Dourados, 225 quilômetros de Campo Grande, na semana passada com o objetivo de recolher informações. Entre as situações identificadas estão a fome e as doenças que os Guarani-Kaiowá enfrentam no sul do Estado. A viagem fez paradas nas aldeias Bororo e Jaguapiru.
O governo do Estado também tem plano de ações de políticas indígenas e entregou relatório à relatora da ONU.
"Estamos atuando em várias frentes: na educação com Vale Universidade Indígena; na construção de um plano de políticas permanentes e ainda atuando diretamente com as comunidades rurais, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, com a distribuição de sementes para 12 mil famílias, além de combustível e tratores cedidos pelo Governo", pontuou a subsecretária da Sedhast.
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/dourados/onu-entra-na-negociacao-sobre-conflitos-indigenas-no-estado/273055/
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source