From Indigenous Peoples in Brazil
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Projeto orienta indígenas de MT sobre o voto consciente e gratuito
30/09/2016
Fonte: G1- http://g1.globo.com
A Promotoria da 57ª Zona Eleitoral de Mato Grosso desenvolveu um projeto que leva às aldeias indígenas orientações sobre o voto consciente. A iniciativa ganhou o nome de "Nosso voto, nosso futuro". Mais de cinco mil índios foram orientados. Neste ano, em Mato Grosso, 10.142 indígenas devem comparecer às urnas.
"[O projeto] Visa a levar à população indígena da 57ª Zona Eleitoral conscientização acerca do voto indígena, do voto esclarecido, o voto gratuito. Ou seja, não vendido, e pensado", disse a promotora de Justiça Solange Linhares.
Durante o período eleitoral, a equipe do Ministério Público viajou milhares de quilômetros para se encontrar com os índios. Foram visitadas 21 aldeias em Paranatinga, cinco em Santo Antônio do Leste, além das mais de 10 etnias do Alto Xingu, em Gaúcha do Norte.
Não há registros de venda de votos indígenas nem no Tribunal Superior Eleitoral e nem no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. E um dos dados que chamam a atenção é que geralmente, nas aldeias, somente um candidato é votado.
"Na aldeia, um líder é aquele que faz bem a todos. A pessoa que faz bem a todos é considerada uma liderança indígena. Alguns candidatos têm se aproveitado dessa cultura para presentear as aldeias e passarem-se por líderes. Então alguns indígenas acabam desenvolvendo esse pensamento equivocado", explicou a promotora.
Além da conscientização sobre o voto, durante as visitas a promotora identificou a necessidade dessas populações. Ela diz que se o voto é uma obrigação é preciso também oferecer condições para o índio ir às urnas.
"No Alto Xingu, algumas aldeias só são acessíveis por barco. Só através do rio. Outras aldeias precisam do transporte. Tenho peticionado frequentemente a Justiça eleitoral para que dê ao povo indígena do Alto Xingu o direito de exercer o voto mas com cidadania, com dignidade", disse Solange.
O cacique da aldeia xavante da aldeia Água limpa foi um dos participaram do evento. "Se nós vendemos o voto é crime. Aí é perigoso e eu não quero vender pra ninguém", disse Vander Siminda.
O indígena Alex Seredi vai votar pela primeira vez neste ano. "Questão de mudança não só na aldeia, mas sim da cidade também, porque a cidade precisa", disse.
http://g1.globo.com/mato-grosso/eleicoes/2016/noticia/2016/09/projeto-orienta-indigenas-de-mt-sobre-o-voto-consciente-e-gratuito.html
"[O projeto] Visa a levar à população indígena da 57ª Zona Eleitoral conscientização acerca do voto indígena, do voto esclarecido, o voto gratuito. Ou seja, não vendido, e pensado", disse a promotora de Justiça Solange Linhares.
Durante o período eleitoral, a equipe do Ministério Público viajou milhares de quilômetros para se encontrar com os índios. Foram visitadas 21 aldeias em Paranatinga, cinco em Santo Antônio do Leste, além das mais de 10 etnias do Alto Xingu, em Gaúcha do Norte.
Não há registros de venda de votos indígenas nem no Tribunal Superior Eleitoral e nem no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. E um dos dados que chamam a atenção é que geralmente, nas aldeias, somente um candidato é votado.
"Na aldeia, um líder é aquele que faz bem a todos. A pessoa que faz bem a todos é considerada uma liderança indígena. Alguns candidatos têm se aproveitado dessa cultura para presentear as aldeias e passarem-se por líderes. Então alguns indígenas acabam desenvolvendo esse pensamento equivocado", explicou a promotora.
Além da conscientização sobre o voto, durante as visitas a promotora identificou a necessidade dessas populações. Ela diz que se o voto é uma obrigação é preciso também oferecer condições para o índio ir às urnas.
"No Alto Xingu, algumas aldeias só são acessíveis por barco. Só através do rio. Outras aldeias precisam do transporte. Tenho peticionado frequentemente a Justiça eleitoral para que dê ao povo indígena do Alto Xingu o direito de exercer o voto mas com cidadania, com dignidade", disse Solange.
O cacique da aldeia xavante da aldeia Água limpa foi um dos participaram do evento. "Se nós vendemos o voto é crime. Aí é perigoso e eu não quero vender pra ninguém", disse Vander Siminda.
O indígena Alex Seredi vai votar pela primeira vez neste ano. "Questão de mudança não só na aldeia, mas sim da cidade também, porque a cidade precisa", disse.
http://g1.globo.com/mato-grosso/eleicoes/2016/noticia/2016/09/projeto-orienta-indigenas-de-mt-sobre-o-voto-consciente-e-gratuito.html
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