From Indigenous Peoples in Brazil
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Engenheiro santareno é mantido refém há 3 dias em Aldeia indígena
20/10/2016
Autor: Karla Lima
Fonte: G1- http://g1.globo.com
O engenheiro de Santarém Heriberto Rodrigues de Figueiredo, responsável pela obra de um posto de saúde na Aldeia Teles Pires, no município de Jacareacanga, divisa com o estado do Mato Grosso está há três dias sendo mantido refém por indígenas da etnia Munduruku. Além dele, mais cinco operários estão impedidos de saírem do local. A situação ocorre desde a manhã de segunda-feira (17) porque os indígenas, que trabalham na obra, alegam atraso no pagamento.
O G1 conversou com engenheiro, e ele relatou que os indígenas estão reivindicando os direitos de maneira pacífica, sem violência. Segundo Figueiredo, os funcionários exigem a presença dos donos da empresa responsável pela obra no local. "Existe uma cláusula que diz que deve ser contratada mão de obra da comunidade. Recentemente, fiz o pagamento dos indígenas dos meses de julho e agosto, ou seja, esse pagamento já estava atrasado. É uma diária de 30 reais, o que dá 900 reais por mês, mas houve desconto dos domingos e também funcionários que não receberam pagamento, inclusive uma liderança".
Como forma de chamar atenção da empresa que cuida da obra, no fim da tarde de terça-feira (18), os indígenas realizaram um ritual no qual amarraram os reféns e pintaram os rostos deles. O engenheiro ressaltou que nenhum deles sofreu agressão durante a manifestação.
Dia 27 deste mês está agendada uma reunião entre Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e a empresa. A preocupação do grupo é que o estoque de comida chegue ao fim e nenhum dono da empresa vá ao local, como exigem os indígenas. "Temos arroz, feijão, mas carne só temos para hoje", contou o engenheiro.
Empresa
Por telefone a produção de jornalismo da TV Tapajós, o representante da empresa Artecon, Arthur Gonçalves confirmou a reunião para o dia 27 e informou que quem realiza o pagamento é o Dsei. Segundo Gonçalves, desde o mês de julho o órgão não faz a o repasse de verba para a empresa.
Represente do Dsei
Por telefone, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Sandro Waro Munduruku informou ao G1 que o atraso no pagamento não ocorre por responsabilidade do Dsei, órgão local da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Segundo Waro, ao ganhar a licitação para a obra, foram liberados R$ 1,6 milhão para a empresa Artecon, porém o recurso ainda não foi cedido em sua totalidade, devido ao atraso na execução dos serviços.
Nota de repúdio Crea
Por meio de nota, a inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, Crea em Santarém se solidarizou e apoiou o engenheiro civil Heriberto Rodrigues de Figueiredo e sua família. O Crea pede aos órgãos competentes que deem celeridade para libertá-lo junto aos cinco companheiros de trabalho daquela obra e repudia a atitude.
http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/10/engenheiro-santareno-e-mantido-refem-ha-3-dias-em-aldeia-indigena.html
O G1 conversou com engenheiro, e ele relatou que os indígenas estão reivindicando os direitos de maneira pacífica, sem violência. Segundo Figueiredo, os funcionários exigem a presença dos donos da empresa responsável pela obra no local. "Existe uma cláusula que diz que deve ser contratada mão de obra da comunidade. Recentemente, fiz o pagamento dos indígenas dos meses de julho e agosto, ou seja, esse pagamento já estava atrasado. É uma diária de 30 reais, o que dá 900 reais por mês, mas houve desconto dos domingos e também funcionários que não receberam pagamento, inclusive uma liderança".
Como forma de chamar atenção da empresa que cuida da obra, no fim da tarde de terça-feira (18), os indígenas realizaram um ritual no qual amarraram os reféns e pintaram os rostos deles. O engenheiro ressaltou que nenhum deles sofreu agressão durante a manifestação.
Dia 27 deste mês está agendada uma reunião entre Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e a empresa. A preocupação do grupo é que o estoque de comida chegue ao fim e nenhum dono da empresa vá ao local, como exigem os indígenas. "Temos arroz, feijão, mas carne só temos para hoje", contou o engenheiro.
Empresa
Por telefone a produção de jornalismo da TV Tapajós, o representante da empresa Artecon, Arthur Gonçalves confirmou a reunião para o dia 27 e informou que quem realiza o pagamento é o Dsei. Segundo Gonçalves, desde o mês de julho o órgão não faz a o repasse de verba para a empresa.
Represente do Dsei
Por telefone, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Sandro Waro Munduruku informou ao G1 que o atraso no pagamento não ocorre por responsabilidade do Dsei, órgão local da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Segundo Waro, ao ganhar a licitação para a obra, foram liberados R$ 1,6 milhão para a empresa Artecon, porém o recurso ainda não foi cedido em sua totalidade, devido ao atraso na execução dos serviços.
Nota de repúdio Crea
Por meio de nota, a inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, Crea em Santarém se solidarizou e apoiou o engenheiro civil Heriberto Rodrigues de Figueiredo e sua família. O Crea pede aos órgãos competentes que deem celeridade para libertá-lo junto aos cinco companheiros de trabalho daquela obra e repudia a atitude.
http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/10/engenheiro-santareno-e-mantido-refem-ha-3-dias-em-aldeia-indigena.html
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