From Indigenous Peoples in Brazil
News
Indígenas ameaçam interditar estradas
07/12/2005
Autor: Val Rodrigues
Fonte: Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Lideranças querem a manutenção de vias de acesso às aldeias, que segundo índios, estão em más condições
A estrada que liga Tocantínia, a 80 quilômetros de Palmas, aos assentamentos 1, 2 e 3 (dentro da reserva Xerente) pode ser interditada pelos índios. Lideranças das comunidades indígenas locais avisam que, caso o serviço de manutenção das vias de acesso às aldeias não inicie até sexta-feira, a passagem vai ser impedida. A medida pode ocasionar em transtornos de acesso aos municípios de Aparecida do Rio Negro, Tocantínia e Rio Sono. A situação foi provocada pelo descumprimento de um acordo entre índios e o prefeito de Tocantínia, Manoel Silvino (PFL), como alegam as lideranças.
O cacique Adão Werehu Xerente explica que, para liberar a manutenção das estradas dos assentamentos que passam pelas terras dos índios, o prefeito deveria realizar o serviço também nas estradas que cortam algumas comunidades até o dia 25 de novembro, o que não aconteceu.
O líder conta que há sete anos não tem manutenção nessas estradas, que já estão esburacadas, com pontes quebradas e algumas até cobertas pelo mato. As estradas servem de acesso entre as aldeias, o município e as escolas indígenas. As más condições vêm trazendo perigo principalmente para os estudantes.
Prefeitura
O prefeito disse que existe um conflito, pois não se sabe se o serviço deve ser feito pela prefeitura ou o Estado, mas informa que vai realizá-lo ainda assim. Silvino explicou que, em breve, as máquinas começarão a trabalhar com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), que vai doar parte do combustível. O prefeito não soube precisar a data.
Já o coordenador de Conservação Rodoviária do Departamento de Estradas e Rodagens do Tocantins (Dertins), Luiz Eraldo Nunes Póvoa, as estradas vicinais que ligam as aldeias ao município é de responsabilidade da prefeitutra.
Transporte
A falta de transporte para os alunos da escola indígena Suzawre, que fica na aldeia Brejo Comprido, é outra reivindicação da comunidade. De acordo com o cacique Eurípedes Xerente, alunos de 5ª a 8ª séries não frequentam as aulas desde novembro e correm o risco de perder o ano letivo. Dos 35 alunos, a maioria tem que percorrer a pé cerca de 19 quilômetros até a escola, única das proximidades. O cacique disse que já procurou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas nada foi feito.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado, a partir da noite da última segunda-feira teria um ônibus disponível para o transporte dos alunos. De acordo com o órgão, o veículo não havia sido liberado por motivos burocráticos.
Serviço
O que: Índios Xerente podem interditar estrada
Motivo: Caso a Prefeitura de Tocantínia não comece até sexta-feira as obras de manutenção das vias de acesso às aldeias
Prejuízos: Com isso, podem ser interditadas também as estradas que dão acesso aos municípios de Aparecida do Rio Negro, Tocantínia e Rio Sono
A estrada que liga Tocantínia, a 80 quilômetros de Palmas, aos assentamentos 1, 2 e 3 (dentro da reserva Xerente) pode ser interditada pelos índios. Lideranças das comunidades indígenas locais avisam que, caso o serviço de manutenção das vias de acesso às aldeias não inicie até sexta-feira, a passagem vai ser impedida. A medida pode ocasionar em transtornos de acesso aos municípios de Aparecida do Rio Negro, Tocantínia e Rio Sono. A situação foi provocada pelo descumprimento de um acordo entre índios e o prefeito de Tocantínia, Manoel Silvino (PFL), como alegam as lideranças.
O cacique Adão Werehu Xerente explica que, para liberar a manutenção das estradas dos assentamentos que passam pelas terras dos índios, o prefeito deveria realizar o serviço também nas estradas que cortam algumas comunidades até o dia 25 de novembro, o que não aconteceu.
O líder conta que há sete anos não tem manutenção nessas estradas, que já estão esburacadas, com pontes quebradas e algumas até cobertas pelo mato. As estradas servem de acesso entre as aldeias, o município e as escolas indígenas. As más condições vêm trazendo perigo principalmente para os estudantes.
Prefeitura
O prefeito disse que existe um conflito, pois não se sabe se o serviço deve ser feito pela prefeitura ou o Estado, mas informa que vai realizá-lo ainda assim. Silvino explicou que, em breve, as máquinas começarão a trabalhar com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), que vai doar parte do combustível. O prefeito não soube precisar a data.
Já o coordenador de Conservação Rodoviária do Departamento de Estradas e Rodagens do Tocantins (Dertins), Luiz Eraldo Nunes Póvoa, as estradas vicinais que ligam as aldeias ao município é de responsabilidade da prefeitutra.
Transporte
A falta de transporte para os alunos da escola indígena Suzawre, que fica na aldeia Brejo Comprido, é outra reivindicação da comunidade. De acordo com o cacique Eurípedes Xerente, alunos de 5ª a 8ª séries não frequentam as aulas desde novembro e correm o risco de perder o ano letivo. Dos 35 alunos, a maioria tem que percorrer a pé cerca de 19 quilômetros até a escola, única das proximidades. O cacique disse que já procurou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas nada foi feito.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado, a partir da noite da última segunda-feira teria um ônibus disponível para o transporte dos alunos. De acordo com o órgão, o veículo não havia sido liberado por motivos burocráticos.
Serviço
O que: Índios Xerente podem interditar estrada
Motivo: Caso a Prefeitura de Tocantínia não comece até sexta-feira as obras de manutenção das vias de acesso às aldeias
Prejuízos: Com isso, podem ser interditadas também as estradas que dão acesso aos municípios de Aparecida do Rio Negro, Tocantínia e Rio Sono
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