From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Surto de sarampo ameaça indígenas na fronteira com a Venezuela
14/07/2018
Fonte: O Globo https://oglobo.globo.com/
Um surto de sarampo em uma tribo indígena yanomami, na fronteira do Brasil com a Venezuela, já tem 67 casos confirmados. Além desses, cuja maioria é de venezuelanos, também foi confirmada a morte de um bebê brasileiro de nove meses, segundo a direção de saúde indígena do norte do Brasil.
Os casos foram registrados entre março e junho deste ano. Há 34 dias não há novas notificações, mas Manoel Pereira, responsável técnico do programa de imunização do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, ressalta que isso não significa que a situação esteja controlada. Funcionários de saúde brasileiros não podem entrar em território venezuelano para oferecer apoio médico devido à ruptura de acordos binacionais por diferenças entre os governos de Nicolás Maduro e Michel Temer, indicou o porta-voz, o que dificulta o apoio e a análise da situação na Venezuela.
- Na Venezuela está faltando assistência médica, especialmente vacinação, situação que já dura anos. As pessoas afetadas com sarampo procuram assistência no Brasil, propagando o vírus - explicou Pereira.
LEIA TAMBÉM: Secretaria de Saúde confirma dois casos de sarampo no Rio
Dentre os confirmados, 60 são de yanomamis venezuelanos. Há ainda outros nove casos sob investigação, segundo Pereira. A doença está atacando especialmente indígenas sanuma, um subgrupo da etnia yanomami que habita a região fronteiriça. Estima-se que 3.873 indígenas vivem na zona com maior número de notificações.
- Não se trata apenas do sarampo, também é preocupante o avanço de outras doenças como malária, leishmaniose e pneumonia - acrescentou o especialista.
Os indígenas demoram dias em longas caminhadas até o Brasil para receber assistência e chegam em estado grave. Segundo relatos verbais colhidos por Pereira a situação no país vizinho é preocupante, com registros de muitos óbitos por causa dessas doenças, mas ainda não há documentação ou dados concretos para comprovar a situação.
Sarah Shenker, pesquisadora sênior da organização de direitos humanos Survival International, alerta que esse surto de sarampo pode ser "catastrófico" para os yanomamis. Ela afirma que porta-vozes ligados aos indígenas têm denunciado mortes aparentemente relacionadas a casos de sarampo em território venezuelano.
- Pedimos aos governos venezuelano e brasileiro que ofereçam atenção médica de emergência para prevenir mais mortes, e que protejam as terras yanomamis de invasores. É a única maneira (...) de garantir sua sobrevivência - diz Shenker.
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O Brasil foi certificado em 2016 por erradicar o sarampo, mas este ano a doença voltou a aparecer. O Ministério da Saúde confirmou um surto em Amazonas e Roraima. Até 20 de junho, 463 casos (200 em Roraima, incluindo os indígenas, e 263 no Amazonas) foram confirmados.
Além do bebê yanomami, autoridades regionais confirmaram que três venezuelanos morreram devido ao sarampo em Roraima, estado limítrofe com a Venezuela e principal receptor do crescente fluxo de migrantes provenientes desse país. Segundo estudos de laboratório, o tipo de vírus encontrado no Brasil é o mesmo em circulação na Venezuela, país que sofre uma forte crise política e econômica com alta escassez de alimentos, produtos básicos e remédios.
O sarampo é uma doença contagiosa, de transmissão respiratória, causada por um vírus. Manchas vermelhas na pele, febre, tosse e conjuntivite são alguns dos sintomas.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/surto-de-sarampo-ameaca-indigenas-na-fronteira-com-venezuela-22886718#ixzz5NQnbBaO3
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Os casos foram registrados entre março e junho deste ano. Há 34 dias não há novas notificações, mas Manoel Pereira, responsável técnico do programa de imunização do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, ressalta que isso não significa que a situação esteja controlada. Funcionários de saúde brasileiros não podem entrar em território venezuelano para oferecer apoio médico devido à ruptura de acordos binacionais por diferenças entre os governos de Nicolás Maduro e Michel Temer, indicou o porta-voz, o que dificulta o apoio e a análise da situação na Venezuela.
- Na Venezuela está faltando assistência médica, especialmente vacinação, situação que já dura anos. As pessoas afetadas com sarampo procuram assistência no Brasil, propagando o vírus - explicou Pereira.
LEIA TAMBÉM: Secretaria de Saúde confirma dois casos de sarampo no Rio
Dentre os confirmados, 60 são de yanomamis venezuelanos. Há ainda outros nove casos sob investigação, segundo Pereira. A doença está atacando especialmente indígenas sanuma, um subgrupo da etnia yanomami que habita a região fronteiriça. Estima-se que 3.873 indígenas vivem na zona com maior número de notificações.
- Não se trata apenas do sarampo, também é preocupante o avanço de outras doenças como malária, leishmaniose e pneumonia - acrescentou o especialista.
Os indígenas demoram dias em longas caminhadas até o Brasil para receber assistência e chegam em estado grave. Segundo relatos verbais colhidos por Pereira a situação no país vizinho é preocupante, com registros de muitos óbitos por causa dessas doenças, mas ainda não há documentação ou dados concretos para comprovar a situação.
Sarah Shenker, pesquisadora sênior da organização de direitos humanos Survival International, alerta que esse surto de sarampo pode ser "catastrófico" para os yanomamis. Ela afirma que porta-vozes ligados aos indígenas têm denunciado mortes aparentemente relacionadas a casos de sarampo em território venezuelano.
- Pedimos aos governos venezuelano e brasileiro que ofereçam atenção médica de emergência para prevenir mais mortes, e que protejam as terras yanomamis de invasores. É a única maneira (...) de garantir sua sobrevivência - diz Shenker.
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O Brasil foi certificado em 2016 por erradicar o sarampo, mas este ano a doença voltou a aparecer. O Ministério da Saúde confirmou um surto em Amazonas e Roraima. Até 20 de junho, 463 casos (200 em Roraima, incluindo os indígenas, e 263 no Amazonas) foram confirmados.
Além do bebê yanomami, autoridades regionais confirmaram que três venezuelanos morreram devido ao sarampo em Roraima, estado limítrofe com a Venezuela e principal receptor do crescente fluxo de migrantes provenientes desse país. Segundo estudos de laboratório, o tipo de vírus encontrado no Brasil é o mesmo em circulação na Venezuela, país que sofre uma forte crise política e econômica com alta escassez de alimentos, produtos básicos e remédios.
O sarampo é uma doença contagiosa, de transmissão respiratória, causada por um vírus. Manchas vermelhas na pele, febre, tosse e conjuntivite são alguns dos sintomas.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/surto-de-sarampo-ameaca-indigenas-na-fronteira-com-venezuela-22886718#ixzz5NQnbBaO3
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