From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Na ONU, lideranças indígenas acusam governo brasileiro de descaso no combate à Covid
25/09/2020
Fonte: G1/Jornal Nacional - https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia
Na ONU, lideranças indígenas acusam governo brasileiro de descaso no combate à Covid
Estudo apontou que a Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia. O principal motivo é a forte presença do garimpo ilegal.
Por Jornal Nacional
Líderes yanomamis participaram, nesta sexta-feira (25), da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Cobraram ajuda para os índios brasileiros e acusaram o governo federal de descaso.
Na Terra Yanomami, dos 27 mil índios, 709 foram diagnosticados com a Covid-19. Desses, 162 tiveram que ser transferidos para a Casa de Saúde Indígena, em Boa Vista. Sete yanomamis morreram vítimas da doença.
Um estudo elaborado pelo Instituto Socioambiental e pela Universidade Federal de Minas Gerais apontou que a Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia. O principal motivo é a forte presença do garimpo ilegal na região responsável pela disseminação não só da Covid-19, mas também de outras doenças como a malária.
Segundo os pesquisadores, 20 mil garimpeiros ilegais atuam na Terra Yanomami. Em julho, quase quatro meses depois do início da pandemia no Brasil, o governo federal apresentou um plano para enfrentamento da Covid entre os índios. Mas o plano foi contestado por instituições de defesa dos povos indígenas por ser genérico demais.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, mandou o governo refazer o plano. A segunda versão foi apresentada no fim de agosto. O plano prevê a instalação imediata de barreira sanitárias nas Terras Yanomamis.
Nesta sexta-feira (25), lideranças indígenas participaram da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU e cobraram apoio. "O governo expressa discursos que incentivam a exploração ilegal de ouro em terras indígenas da Amazônia e que intensificam as ameaças contra nós", disse um líder indígena.
Lideranças indígenas afirmam que o governo federal tem falhado também no envio de insumos e profissionais de saúde para a terra indígena yanomami, onde só é possível chegar de avião. O Ministério Público também está cobrando providências
"O que o MPF requer é imediata implantação de um plano emergencial de ações de enfrentamento à Covid-19, já que, no contexto de pandemia, a combinação do desemprego, a valorização do ouro, tolerância social e a presença fraca do estado favorecem o crescimento do garimpo ilegal", afirmou o procurador da República Alisson Marugau.
O Ministério da Saúde afirmou que já apresentou, a gestores e colaboradores da saúde indígena, vários documentos técnicos com orientações sobre a Covid; que enviou equipamentos de proteção individual, instalou 200 unidades de atenção primária em aldeias; e que mantém contato com estados e municípios para garantir leitos exclusivos para índios nos hospitais.
A Funai declarou que, desde o início da pandemia, investiu mais de R$ 3 milhões e fez 184 ações contra o garimpo e o extrativismo ilegais em parceria com o Exército, a Polícia Federal e o Ibama. E que, atualmente, mantém 311 barreiras sanitárias em terras indígenas.
O Palácio do Planalto não quis se manifestar.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/09/25/na-onu-liderancas-indigenas-acusam-governo-brasileiro-de-descaso-no-combate-a-covid.ghtml
Estudo apontou que a Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia. O principal motivo é a forte presença do garimpo ilegal.
Por Jornal Nacional
Líderes yanomamis participaram, nesta sexta-feira (25), da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Cobraram ajuda para os índios brasileiros e acusaram o governo federal de descaso.
Na Terra Yanomami, dos 27 mil índios, 709 foram diagnosticados com a Covid-19. Desses, 162 tiveram que ser transferidos para a Casa de Saúde Indígena, em Boa Vista. Sete yanomamis morreram vítimas da doença.
Um estudo elaborado pelo Instituto Socioambiental e pela Universidade Federal de Minas Gerais apontou que a Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia. O principal motivo é a forte presença do garimpo ilegal na região responsável pela disseminação não só da Covid-19, mas também de outras doenças como a malária.
Segundo os pesquisadores, 20 mil garimpeiros ilegais atuam na Terra Yanomami. Em julho, quase quatro meses depois do início da pandemia no Brasil, o governo federal apresentou um plano para enfrentamento da Covid entre os índios. Mas o plano foi contestado por instituições de defesa dos povos indígenas por ser genérico demais.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, mandou o governo refazer o plano. A segunda versão foi apresentada no fim de agosto. O plano prevê a instalação imediata de barreira sanitárias nas Terras Yanomamis.
Nesta sexta-feira (25), lideranças indígenas participaram da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU e cobraram apoio. "O governo expressa discursos que incentivam a exploração ilegal de ouro em terras indígenas da Amazônia e que intensificam as ameaças contra nós", disse um líder indígena.
Lideranças indígenas afirmam que o governo federal tem falhado também no envio de insumos e profissionais de saúde para a terra indígena yanomami, onde só é possível chegar de avião. O Ministério Público também está cobrando providências
"O que o MPF requer é imediata implantação de um plano emergencial de ações de enfrentamento à Covid-19, já que, no contexto de pandemia, a combinação do desemprego, a valorização do ouro, tolerância social e a presença fraca do estado favorecem o crescimento do garimpo ilegal", afirmou o procurador da República Alisson Marugau.
O Ministério da Saúde afirmou que já apresentou, a gestores e colaboradores da saúde indígena, vários documentos técnicos com orientações sobre a Covid; que enviou equipamentos de proteção individual, instalou 200 unidades de atenção primária em aldeias; e que mantém contato com estados e municípios para garantir leitos exclusivos para índios nos hospitais.
A Funai declarou que, desde o início da pandemia, investiu mais de R$ 3 milhões e fez 184 ações contra o garimpo e o extrativismo ilegais em parceria com o Exército, a Polícia Federal e o Ibama. E que, atualmente, mantém 311 barreiras sanitárias em terras indígenas.
O Palácio do Planalto não quis se manifestar.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/09/25/na-onu-liderancas-indigenas-acusam-governo-brasileiro-de-descaso-no-combate-a-covid.ghtml
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