From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Carta dos caciques do povo Munduruku
27/04/2021
Fonte: Movimento Munduruku Ipereg Ayu - https://movimentomundurukuiperegayuii.wordpress.com
Somos caciques do povo Munduruku, convocamos essa assembleia geral que aconteceu no dia 24 a 27 de Abril na aldeia WaroApompu, esteve presente 72 caciques e mais de 500 Munduruku. Discutirmos todos os projetos de morte que já estão afetando nosso território. Estamos nos reunindo por acreditarmos que a partir da organização, da reunião e da conversa vamos encontrar as soluções dos problemas. presente
Discutimos sobre a organização Pusuru, como está sendo usada para destruir nosso território, desrespeitando nossos caciques e não protegendo a vida de nosso povo. Decidimos extingui-la, para que parem de usar contra nosso povo, contra nosso rio e território. Estamos doentes, sem água, os peixes e caças sumindo, associação é para ajudar o povo e não pra ajudar a destruir nosso futuro.
Discutimos a questão da demarcação dos Território Sawre Muybu e território Sawre Bapin. O governo tem que demarcar os territórios indígenas e não com o propósito de querer explorar as terras indígenas.
Discutimos sobre o papel do cacique, que deve cuidar do seu povo, não permitir que entre projetos dos Pariwat. Do papel do professor que é trazer a informação verdadeira. E do profissional da saúde que é cuidar da vida do nosso povo. Essas importantes lideranças não podem se envolver com a exploração de nosso território. Sabemos que hoje todos nós somos estudados por isso não estamos perdidos para descobrir o que é errado, principalmente os projetos dos governos que fazem a vontade dos pariwat que vem invadir a nossa região.
Não queremos o projeto de lei 191/20 que o governo federal Jair Bolsonaro quer aprovar de qualquer custo em cima do nosso território, sem consultar e sem o consentimento do povo, esse projeto de morte é o que está trazendo divisão entre o nosso povo, trazendo violência, estão atacando as mulheres e lideranças que lutam pela defesa do território. Os pariwat estão usando o nome do nosso povo Munduruku a favor da PL 191. Nenhum senador, deputado ou vereador pode falar pelo povo Munduruku, e nem dizer que representa o povo.
Nós que decidimos o que queremos para o nosso território, queremos mostrar que estamos aqui, esse homem que se diz presidente do Brasil não nos representa. Primeiro tem que fazer o papel de respeitar os povos indígenas e seus territórios. Precisamos de vida e não de morte. sabemos que esse projeto vai trazer mais prostituição, drogas, doenças e mercúrio, o dever do Estado é proteger e não incentivar a entrada em nosso território.
Somos mais 140 aldeias incluindo o médio, alto tapajós e baixo Teles Pires. Somos guerreiros, vamos sempre proteger o que é nosso. O congresso Nacional não pode aprovar esse projeto sem ao mesmo nos ouvir. Não queremos que eles sentem com pequenos grupos pró-garimpo, esses não podem falar por todo o povo.
Nenhuma associação tem o direito de representar o povo Munduruku isoladamente, para isso temos o protocolo de consulta do povo Munduruku, de acordo com a Convenção 169, para fins de consulta prévia, livre e informada.
Somos autônomos, quem está na luta somos nós mesmos, as nossas organizações, principalmente o Movimento Ypereg Ayu e as organizações que colaboram com ele. trabalhamos independente, sem depender do governo.
A gente está cansado de esperar pelo governo.
Sabemos claramente de nosso direito constituído na Constituição que é a carta magna.
Os caciques formalizaram e elaboraram suas determinações contra o projeto do governo que ferem os direitos da população indígena existente no Brasil, aqui falamos exclusivamente Munduruku. Nós defendemos vidas. vida de seres humanos, animais, florestas, rios e todas as formas de vidas existentes na natureza. O nosso lema será sempre promover segurança e proteção e bem-estar de todos.
Aldeia Waroapompu, Terra Indígena Munduruku, 26 de abril de 2021
https://movimentomundurukuiperegayuii.wordpress.com/2021/04/30/carta-dos-caciques-do-povo-munduruku/
Discutimos sobre a organização Pusuru, como está sendo usada para destruir nosso território, desrespeitando nossos caciques e não protegendo a vida de nosso povo. Decidimos extingui-la, para que parem de usar contra nosso povo, contra nosso rio e território. Estamos doentes, sem água, os peixes e caças sumindo, associação é para ajudar o povo e não pra ajudar a destruir nosso futuro.
Discutimos a questão da demarcação dos Território Sawre Muybu e território Sawre Bapin. O governo tem que demarcar os territórios indígenas e não com o propósito de querer explorar as terras indígenas.
Discutimos sobre o papel do cacique, que deve cuidar do seu povo, não permitir que entre projetos dos Pariwat. Do papel do professor que é trazer a informação verdadeira. E do profissional da saúde que é cuidar da vida do nosso povo. Essas importantes lideranças não podem se envolver com a exploração de nosso território. Sabemos que hoje todos nós somos estudados por isso não estamos perdidos para descobrir o que é errado, principalmente os projetos dos governos que fazem a vontade dos pariwat que vem invadir a nossa região.
Não queremos o projeto de lei 191/20 que o governo federal Jair Bolsonaro quer aprovar de qualquer custo em cima do nosso território, sem consultar e sem o consentimento do povo, esse projeto de morte é o que está trazendo divisão entre o nosso povo, trazendo violência, estão atacando as mulheres e lideranças que lutam pela defesa do território. Os pariwat estão usando o nome do nosso povo Munduruku a favor da PL 191. Nenhum senador, deputado ou vereador pode falar pelo povo Munduruku, e nem dizer que representa o povo.
Nós que decidimos o que queremos para o nosso território, queremos mostrar que estamos aqui, esse homem que se diz presidente do Brasil não nos representa. Primeiro tem que fazer o papel de respeitar os povos indígenas e seus territórios. Precisamos de vida e não de morte. sabemos que esse projeto vai trazer mais prostituição, drogas, doenças e mercúrio, o dever do Estado é proteger e não incentivar a entrada em nosso território.
Somos mais 140 aldeias incluindo o médio, alto tapajós e baixo Teles Pires. Somos guerreiros, vamos sempre proteger o que é nosso. O congresso Nacional não pode aprovar esse projeto sem ao mesmo nos ouvir. Não queremos que eles sentem com pequenos grupos pró-garimpo, esses não podem falar por todo o povo.
Nenhuma associação tem o direito de representar o povo Munduruku isoladamente, para isso temos o protocolo de consulta do povo Munduruku, de acordo com a Convenção 169, para fins de consulta prévia, livre e informada.
Somos autônomos, quem está na luta somos nós mesmos, as nossas organizações, principalmente o Movimento Ypereg Ayu e as organizações que colaboram com ele. trabalhamos independente, sem depender do governo.
A gente está cansado de esperar pelo governo.
Sabemos claramente de nosso direito constituído na Constituição que é a carta magna.
Os caciques formalizaram e elaboraram suas determinações contra o projeto do governo que ferem os direitos da população indígena existente no Brasil, aqui falamos exclusivamente Munduruku. Nós defendemos vidas. vida de seres humanos, animais, florestas, rios e todas as formas de vidas existentes na natureza. O nosso lema será sempre promover segurança e proteção e bem-estar de todos.
Aldeia Waroapompu, Terra Indígena Munduruku, 26 de abril de 2021
https://movimentomundurukuiperegayuii.wordpress.com/2021/04/30/carta-dos-caciques-do-povo-munduruku/
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