From Indigenous Peoples in Brazil
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O Assunto #1.075: Rio Negro - a seca histórica e as vidas que dependem dele
27/10/2023
Autor: Natuza Nery
Fonte: g1, podcast - https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/10/27
O Assunto #1.075: Rio Negro - a seca histórica e as vidas que dependem dele
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. E mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora.
Por Natuza Nery, g1
27/10/2023 01h41 Atualizado há 50 minutos
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. Assim, desde o Alto Rio Negro até ele se somar ao Rio Solimões e formar o Amazonas, mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora. Entre as comunidades afetadas, está a aldeia Açaí-Paraná, em São Gabriel da Cachoeira, onde vivem cerca de 50 indígenas da etnia Piratapuya, às margens do Rio Uaupés. Um desses indígenas é Rosivaldo Miranda, que foi agente de manejo ambiental e, durante quase 10 anos, registrou as mudanças no clima da região. Diretamente de sua comunidade, e com apoio do Instituto Socioambiental (ISA), ele relatou ao Assunto como tem sido a vida daqueles que dependem do rio: "A gente fica com medo de perder o rio. E sofrer as consequências". Natuza Nery entrevista Jochen Schongert, pesquisador da coordenação de pesquisas em dinâmica ambiental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e integrante do grupo de pesquisa Maua (Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas). Neste episódio:
Rosivaldo descreve como foram os últimos 3 meses para sua comunidade diante da estiagem. Ele relata a impossibilidade de navegar nos trechos mais secos dos rios, a queda na oferta de peixes para a pesca e até a ocorrência de queimadas no roçado de parentes. "A seca foi tão rápida que não deu para planejar nada", conta. "A água ficou quente, parecia estar fervendo. E a gente depende muito do rio e da água pra sobreviver";
Jochen explica como a elevação da temperatura da água, que chegou a superar os 39oC, resultou na morte de peixes e mamíferos aquáticos, caso dos botos - pelo menos 150 deles perderam a vida desde agosto. "É um enorme impacto para o ecossistema e para as comunidades ribeirinhas", afirma;
Ele fala sobre as consequências da "anomalia climática" em toda a Amazônia e alerta para o risco de que a temporada de chuvas, que se inicia entre outubro e novembro, seja fraca: "E, com isso, vamos enfrentar nova seca severa no ano que vem".
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"Impacto de seca extrema causa isolamento de comunidades ribeirinhas", afirma pesquisador
"ONU é um campo de batalha, e o Brasil se apresenta para destravar esse cenário"
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: O Assunto #1.075: Rio Negro - a seca histórica e as vidas que dependem dele
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. E mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora.
A produção deste episódio contou com a colaboração do Instituto Socioambiental (ISA).
https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/10/27/o-assunto-1075-rio-negro-a-seca-historica-e-as-vidas-que-dependem-dele.ghtml
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. E mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora.
Por Natuza Nery, g1
27/10/2023 01h41 Atualizado há 50 minutos
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. Assim, desde o Alto Rio Negro até ele se somar ao Rio Solimões e formar o Amazonas, mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora. Entre as comunidades afetadas, está a aldeia Açaí-Paraná, em São Gabriel da Cachoeira, onde vivem cerca de 50 indígenas da etnia Piratapuya, às margens do Rio Uaupés. Um desses indígenas é Rosivaldo Miranda, que foi agente de manejo ambiental e, durante quase 10 anos, registrou as mudanças no clima da região. Diretamente de sua comunidade, e com apoio do Instituto Socioambiental (ISA), ele relatou ao Assunto como tem sido a vida daqueles que dependem do rio: "A gente fica com medo de perder o rio. E sofrer as consequências". Natuza Nery entrevista Jochen Schongert, pesquisador da coordenação de pesquisas em dinâmica ambiental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e integrante do grupo de pesquisa Maua (Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas). Neste episódio:
Rosivaldo descreve como foram os últimos 3 meses para sua comunidade diante da estiagem. Ele relata a impossibilidade de navegar nos trechos mais secos dos rios, a queda na oferta de peixes para a pesca e até a ocorrência de queimadas no roçado de parentes. "A seca foi tão rápida que não deu para planejar nada", conta. "A água ficou quente, parecia estar fervendo. E a gente depende muito do rio e da água pra sobreviver";
Jochen explica como a elevação da temperatura da água, que chegou a superar os 39oC, resultou na morte de peixes e mamíferos aquáticos, caso dos botos - pelo menos 150 deles perderam a vida desde agosto. "É um enorme impacto para o ecossistema e para as comunidades ribeirinhas", afirma;
Ele fala sobre as consequências da "anomalia climática" em toda a Amazônia e alerta para o risco de que a temporada de chuvas, que se inicia entre outubro e novembro, seja fraca: "E, com isso, vamos enfrentar nova seca severa no ano que vem".
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Manaus: Rio Negro continua descendo e fica abaixo dos 13 m
Amazônia: seca recorde pode se estender até janeiro de 2024
Drama: barcos encalhados, morte de botos e erosão de terra
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"Impacto de seca extrema causa isolamento de comunidades ribeirinhas", afirma pesquisador
"ONU é um campo de batalha, e o Brasil se apresenta para destravar esse cenário"
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: O Assunto #1.075: Rio Negro - a seca histórica e as vidas que dependem dele
Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. E mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora.
A produção deste episódio contou com a colaboração do Instituto Socioambiental (ISA).
https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/10/27/o-assunto-1075-rio-negro-a-seca-historica-e-as-vidas-que-dependem-dele.ghtml
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