From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Aracy, Glória Maria, Rita Lee, Zé Celso: leia homenagens a personalidades mortas em 2023
31/12/2023
Fonte: FSP, Ilustrada, p. C6
Aracy, Glória Maria, Rita Lee, Zé Celso: leia homenagens a personalidades mortas em 2023
Convidados da Folha escrevem sobre vida e legado de brasileiros proeminentes que nos deixaram durante o ano
30.dez.2023 às 23h00
[RESUMO] Ao fim deste 2023, a Folha relembra e homenageia algumas das principais personalidades que nos deixaram durante o ano.
Maria Bernadete Pacífico
1951 - 17.ago.2023
Priscila Camazano
Jornalista da Folha
Ser quilombola é resistência e faz parte da ancestralidade, dizia a ialorixá Maria Bernadete Pacífico, líder da comunidade de Pitanga dos Palmares e coordenadora nacional da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos).
Mãe Bernadete exercia o papel de cuidado direto e pessoal com o quilombo, que abriga cerca de 300 famílias, além de ter sido a porta-voz das demandas políticas da comunidade. Ela dedicou a sua vida à luta quilombola mesmo diante das adversidades.
Em 2017, seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos foi assassinado. Conhecido como Binho do Quilombo, ele era um dos líderes quilombolas mais respeitados da Bahia.
A tragédia não impediu Mãe Bernadete de lutar, muito pelo contrário. "Meu filho lutava muito pelos direitos do quilombo. Aí recebeu ameaças dentro do quilombo e veio acontecer isso. Ele derramou sangue, esse sangue quilombola, sangue de vitória, o mesmo sangue que Zumbi dos Palmares derramou pelo povo dele", disse a ialorixá em um vídeo para o canal do YouTube do Instituto Socioambiental.
Ela teve o mesmo fim trágico: foi assassinada a tiros, ao lado do terreiro de candomblé que comandava em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Em falas públicas, mãe Bernadete fazia questão de reverenciar suas ancestrais ao dizer que era filha de Maria Alvina e neta de Maria Faustina.
Ela iniciou-se no candomblé aos 23 anos no terreiro Ilê Axé Kalé Bokum, em Salvador, por meio do babalorixá Severiano Santana Porto (1894-1972).
Além da atuação dentro do quilombo, Bernadete foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho na gestão do então prefeito Eduardo Alencar (PSD).
FSP, 31/12/2023, Ilustrada, p. C6
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/12/aracy-gloria-maria-rita-lee-ze-celso-leia-homenagens-a-personalidades-mortas-em-2023.shtml
Convidados da Folha escrevem sobre vida e legado de brasileiros proeminentes que nos deixaram durante o ano
30.dez.2023 às 23h00
[RESUMO] Ao fim deste 2023, a Folha relembra e homenageia algumas das principais personalidades que nos deixaram durante o ano.
Maria Bernadete Pacífico
1951 - 17.ago.2023
Priscila Camazano
Jornalista da Folha
Ser quilombola é resistência e faz parte da ancestralidade, dizia a ialorixá Maria Bernadete Pacífico, líder da comunidade de Pitanga dos Palmares e coordenadora nacional da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos).
Mãe Bernadete exercia o papel de cuidado direto e pessoal com o quilombo, que abriga cerca de 300 famílias, além de ter sido a porta-voz das demandas políticas da comunidade. Ela dedicou a sua vida à luta quilombola mesmo diante das adversidades.
Em 2017, seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos foi assassinado. Conhecido como Binho do Quilombo, ele era um dos líderes quilombolas mais respeitados da Bahia.
A tragédia não impediu Mãe Bernadete de lutar, muito pelo contrário. "Meu filho lutava muito pelos direitos do quilombo. Aí recebeu ameaças dentro do quilombo e veio acontecer isso. Ele derramou sangue, esse sangue quilombola, sangue de vitória, o mesmo sangue que Zumbi dos Palmares derramou pelo povo dele", disse a ialorixá em um vídeo para o canal do YouTube do Instituto Socioambiental.
Ela teve o mesmo fim trágico: foi assassinada a tiros, ao lado do terreiro de candomblé que comandava em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Em falas públicas, mãe Bernadete fazia questão de reverenciar suas ancestrais ao dizer que era filha de Maria Alvina e neta de Maria Faustina.
Ela iniciou-se no candomblé aos 23 anos no terreiro Ilê Axé Kalé Bokum, em Salvador, por meio do babalorixá Severiano Santana Porto (1894-1972).
Além da atuação dentro do quilombo, Bernadete foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho na gestão do então prefeito Eduardo Alencar (PSD).
FSP, 31/12/2023, Ilustrada, p. C6
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/12/aracy-gloria-maria-rita-lee-ze-celso-leia-homenagens-a-personalidades-mortas-em-2023.shtml
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