From Indigenous Peoples in Brazil
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Indígenas dizem que Lula precisa 'atualizar discurso' e colocá-lo em prática, após fala na ONU
24/09/2023
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Indígenas dizem que Lula precisa 'atualizar discurso' e colocá-lo em prática, após fala na ONU
Rodrigo Castro
24/09/2024
O movimento indígena criticou a dissonância entre o discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU em Nova York e o que o governo brasileiro tem colocado em prática quando se trata do papel dos povos originários em soluções climáticas.
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), por meio de nota, afirma que o "governo Federal tem falhado em integrar os conhecimentos tradicionais e a participação dos povos indígenas na gestão da crise ambiental".
Acrescenta que, "frequentemente, as experiências e perspectivas ancestrais são deixadas de lado na construção de políticas públicas e tomadas de decisão, mesmo os povos indígenas sendo os grandes protagonistas na conservação e gestão sustentável dos recursos naturais".
Segundo a entidade, o governo também não tem dado apoio para os "desafios específicos" enfrentados por essa população. Cita, por exemplo, que 149 terras indígenas na Amazônia enfrentam um contexto de seca, das quais 42 estão assoladas por uma seca extrema.
A manifestação também questiona a bandeira da erradicação da fome, levantada por Lula na ONU. Para a Coiab, não se vê uma preocupação do presidente em investir nos setores que "realmente alimentam o Brasil". A entidade compara os R$ 400 bilhões em linhas de crédito e incentivos à agricultura empresarial com os R$ 79 bilhões destinados ao PRONAF, volta à agricultura familiar.
A nota ainda menciona que a demarcação de territórios indígenas não é uma prioridade do governo, dado que o orçamento previsto para tal em 2025 é de R$ 463 milhões.
Diz o documento:
"A demarcação de terras é uma estratégia fundamental não só para a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mas também para garantir a segurança alimentar de milhares de pessoas dentro dos territórios indígenas, que hoje sofrem com a seca e as queimadas, sem acesso a direitos fundamentais como o acesso à água e alimentação".
E finaliza:
"O presidente Lula e os governantes dos Estados da Amazônia brasileira precisam transformar suas palavras em ação, inserindo de fato os povos indígenas nos processos de tomada de decisão. Passou da hora das autoridades políticas globais reconhecerem o papel dos povos originários para a superação de problemas como a fome e a crise climática".
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/09/indigenas-dizem-que-lula-precisa-atualizar-discurso-e-coloca-lo-em-pratica-apos-fala-na-onu.ghtml
Rodrigo Castro
24/09/2024
O movimento indígena criticou a dissonância entre o discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU em Nova York e o que o governo brasileiro tem colocado em prática quando se trata do papel dos povos originários em soluções climáticas.
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), por meio de nota, afirma que o "governo Federal tem falhado em integrar os conhecimentos tradicionais e a participação dos povos indígenas na gestão da crise ambiental".
Acrescenta que, "frequentemente, as experiências e perspectivas ancestrais são deixadas de lado na construção de políticas públicas e tomadas de decisão, mesmo os povos indígenas sendo os grandes protagonistas na conservação e gestão sustentável dos recursos naturais".
Segundo a entidade, o governo também não tem dado apoio para os "desafios específicos" enfrentados por essa população. Cita, por exemplo, que 149 terras indígenas na Amazônia enfrentam um contexto de seca, das quais 42 estão assoladas por uma seca extrema.
A manifestação também questiona a bandeira da erradicação da fome, levantada por Lula na ONU. Para a Coiab, não se vê uma preocupação do presidente em investir nos setores que "realmente alimentam o Brasil". A entidade compara os R$ 400 bilhões em linhas de crédito e incentivos à agricultura empresarial com os R$ 79 bilhões destinados ao PRONAF, volta à agricultura familiar.
A nota ainda menciona que a demarcação de territórios indígenas não é uma prioridade do governo, dado que o orçamento previsto para tal em 2025 é de R$ 463 milhões.
Diz o documento:
"A demarcação de terras é uma estratégia fundamental não só para a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mas também para garantir a segurança alimentar de milhares de pessoas dentro dos territórios indígenas, que hoje sofrem com a seca e as queimadas, sem acesso a direitos fundamentais como o acesso à água e alimentação".
E finaliza:
"O presidente Lula e os governantes dos Estados da Amazônia brasileira precisam transformar suas palavras em ação, inserindo de fato os povos indígenas nos processos de tomada de decisão. Passou da hora das autoridades políticas globais reconhecerem o papel dos povos originários para a superação de problemas como a fome e a crise climática".
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/09/indigenas-dizem-que-lula-precisa-atualizar-discurso-e-coloca-lo-em-pratica-apos-fala-na-onu.ghtml
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