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COP30: Governador do Pará defende nova economia priorizando floresta em pé
06/06/2025
Autor: Vinícius Murad
Fonte: CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br/
A cinco meses da realização da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que o evento em Belém será uma oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo que é possível conciliar produção de alimentos com preservação ambiental - e que chegou a hora de virar a página na relação com os países mais desenvolvidos.
"Nós não podemos mais aceitar uma posição em que o Brasil esteja na defensiva, sendo cobrado. O Brasil sabe o que está fazendo, sabe para onde quer ir e tem autoridade para liderar essa agenda", disse o governador em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (6), durante o GAFFFF 2025, evento de cultura agro realizado no Allianz Parque, em São Paulo.
Helder defendeu a valorização da floresta em pé como pilar da nova economia que o Pará pretende apresentar durante a COP30. Ele tem reiterado que o estado atua para aliar preservação ambiental e geração de renda, com políticas públicas que envolvem desde o rastreio da pecuária até o estímulo à bioeconomia e ao mercado de carbono.
"Floresta viva tem que valer mais do que floresta morta. Nós precisamos transformar a preservação em valor econômico. Isso significa criar um novo modelo, onde as pessoas que vivem na floresta - indígenas, quilombolas, extrativistas e produtores rurais - sejam remuneradas por cuidar do que é de todos", afirmou.
O governador ressaltou que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa do Pará está relacionada ao uso da terra, e que o estado vem investindo na chamada intensificação produtiva: produzir mais sem ampliar a área plantada.
"Hoje, 96% das emissões no Pará vêm do uso da terra. Por isso estamos focando em transformar áreas degradadas em áreas produtivas, com culturas como o cacau e o açaí, que têm valor econômico e contribuem para restaurar a floresta", disse.
Barbalho também destacou os avanços no controle do desmatamento. Segundo ele, o Pará registrou a maior redução da série histórica em 2024.
"Em 2018, tivemos mais de quatro mil quilômetros quadrados de desmatamento. Este ano, estamos em 1.164. É uma redução extraordinária, resultado de comando, controle, fiscalização, mas também da criação de alternativas. Combater ilegalidade é importante, mas precisamos oferecer um modelo viável de desenvolvimento", defendeu.
Além da pauta ambiental, o governador mencionou os impactos urbanos que a COP trará para a capital paraense. Segundo ele, a Conferência deve deixar um legado de infraestrutura em Belém.
O Pará, segundo Helder, quer ajudar o Brasil a se posicionar como referência global no debate climático. Ele vê a COP30 como um palco para pressionar os países mais ricos a cumprirem compromissos de financiamento climático e transferência de tecnologia.
"Os países que mais emitem - que ficam na América do Norte, Europa, Ásia - precisam apoiar os esforços de quem preserva. Queremos chamar o mundo para essa responsabilidade. O Brasil está preparado para liderar, e a COP30 será a prova disso", concluiu.
A Conferência das Partes da ONU será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, e deve reunir cerca de 50 mil pessoas, entre líderes mundiais, especialistas, representantes da sociedade civil e do setor privado. Será a primeira vez que o evento vai ocorrer na Amazônia.
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/norte/pa/cop30-governador-do-para-defende-nova-economia-priorizando-floresta-em-pe/
"Nós não podemos mais aceitar uma posição em que o Brasil esteja na defensiva, sendo cobrado. O Brasil sabe o que está fazendo, sabe para onde quer ir e tem autoridade para liderar essa agenda", disse o governador em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (6), durante o GAFFFF 2025, evento de cultura agro realizado no Allianz Parque, em São Paulo.
Helder defendeu a valorização da floresta em pé como pilar da nova economia que o Pará pretende apresentar durante a COP30. Ele tem reiterado que o estado atua para aliar preservação ambiental e geração de renda, com políticas públicas que envolvem desde o rastreio da pecuária até o estímulo à bioeconomia e ao mercado de carbono.
"Floresta viva tem que valer mais do que floresta morta. Nós precisamos transformar a preservação em valor econômico. Isso significa criar um novo modelo, onde as pessoas que vivem na floresta - indígenas, quilombolas, extrativistas e produtores rurais - sejam remuneradas por cuidar do que é de todos", afirmou.
O governador ressaltou que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa do Pará está relacionada ao uso da terra, e que o estado vem investindo na chamada intensificação produtiva: produzir mais sem ampliar a área plantada.
"Hoje, 96% das emissões no Pará vêm do uso da terra. Por isso estamos focando em transformar áreas degradadas em áreas produtivas, com culturas como o cacau e o açaí, que têm valor econômico e contribuem para restaurar a floresta", disse.
Barbalho também destacou os avanços no controle do desmatamento. Segundo ele, o Pará registrou a maior redução da série histórica em 2024.
"Em 2018, tivemos mais de quatro mil quilômetros quadrados de desmatamento. Este ano, estamos em 1.164. É uma redução extraordinária, resultado de comando, controle, fiscalização, mas também da criação de alternativas. Combater ilegalidade é importante, mas precisamos oferecer um modelo viável de desenvolvimento", defendeu.
Além da pauta ambiental, o governador mencionou os impactos urbanos que a COP trará para a capital paraense. Segundo ele, a Conferência deve deixar um legado de infraestrutura em Belém.
O Pará, segundo Helder, quer ajudar o Brasil a se posicionar como referência global no debate climático. Ele vê a COP30 como um palco para pressionar os países mais ricos a cumprirem compromissos de financiamento climático e transferência de tecnologia.
"Os países que mais emitem - que ficam na América do Norte, Europa, Ásia - precisam apoiar os esforços de quem preserva. Queremos chamar o mundo para essa responsabilidade. O Brasil está preparado para liderar, e a COP30 será a prova disso", concluiu.
A Conferência das Partes da ONU será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, e deve reunir cerca de 50 mil pessoas, entre líderes mundiais, especialistas, representantes da sociedade civil e do setor privado. Será a primeira vez que o evento vai ocorrer na Amazônia.
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