From Indigenous Peoples in Brazil

News

INPP alerta para riscos ambientais da nova Lei Geral do Licenciamento e critica apoio da bancada de MT

23/07/2025

Fonte: MT em Ponto -https://www.mtemponto.com.br/agro/inpp-alerta-para-riscos-ambientais-da-nova-lei-geral-



INPP alerta para riscos ambientais da nova Lei Geral do Licenciamento e critica apoio da bancada de MT
Nota técnica alerta para retrocessos na legislação aprovada pelo Congresso com apoio da bancada de MT

Da Redação
23/07/2025

O Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) divulgou nesta terça-feira (22.07) uma nota técnica alertando para os riscos ambientais provocados pela nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental, aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada. De acordo com o instituto, a proposta fragiliza os mecanismos de controle ambiental e pode agravar ainda mais a crise ecológica no Pantanal aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada. O texto foi criticado por pesquisadores por enfraquecer instrumentos de controle ambiental e, segundo o INPP, pode agravar ainda mais a crise ecológica no Pantanal.

O Projeto de Lei 2.159/2021 contou com apoio expressivo da bancada federal de Mato Grosso. Dos oito deputados do estado, sete votaram favoravelmente. Apenas Emanuelzinho (MDB) não participou da votação. Entre os que aprovaram o projeto estão Juarez Costa (MDB), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL), Rodrigo da Zaeli (PL), Coronel Assis (União) e Gisela Simona (União) Dos oito deputados federais do estado, sete votaram a favor. Apenas Emanuelzinho (MDB) não participou da votação. Juarez Costa (MDB), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL), Rodrigo da Zaeli (PL), Coronel Assis (União) e Gisela Simona (União) votaram "sim". Nas redes sociais, parte da bancada comemorou a medida como uma modernização da legislação ambiental.

A análise do INPP, no entanto, diverge. Para a pesquisadora Nathalia Peres Bernardes, autora da nota técnica, o novo marco representa um retrocesso. "Estamos à beira do colapso", afirma. O documento aponta que a proposta compromete a função central do licenciamento ambiental, que é equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais O instituto, no entanto, vê retrocesso. "Estamos à beira do colapso", afirma a pesquisadora Nathalia Peres Bernardes, autora da nota. O documento aponta que o novo marco legal compromete a principal função do licenciamento ambiental: compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais.

Entre os principais pontos de preocupação está a criação da Licença Ambiental Especial, que pode ser concedida por até 10 anos mesmo a empreendimentos de alto impacto, desde que considerados estratégicos pelo governo federal. Outro ponto crítico é a Licença por Adesão e Compromisso, que dispensa a exigência de estudos mais profundos em obras de menor porte Segundo o texto, a proposta "esvazia mecanismos" essenciais do licenciamento ao criar figuras como a Licença Ambiental Especial, que é válida por até 10 anos mesmo para empreendimentos de alto impacto, desde que considerados estratégicos pelo governo federal, e a Licença por Adesão e Compromisso, que dispensa estudos ambientais mais aprofundados em obras de menor porte.

A descentralização excessiva para estados e municípios também é criticada por pesquisadores, que alertam para o risco de uma "guerra ambiental" entre entes federativos, com afrouxamento das exigências para atrair novos empreendimentos. O INPP também questiona a descentralização excessiva do processo de licenciamento para estados e municípios, o que pode gerar uma "guerra ambiental" entre entes federativos para atrair empreendimentos, flexibilizando regras.

O Pantanal, segundo o INPP, é um dos biomas que mais podem sofrer com o novo modelo. Já impactado por queimadas, desmatamento e mudanças climáticas, o bioma ainda enfrenta pressão da agropecuária e sofre com a redução das áreas alagadas, fenômeno que também está ligado ao avanço do desmatamento em regiões como a Amazônia A nota sustenta que o enfraquecimento do licenciamento pode ser catastrófico especialmente para o Pantanal, já afetado por queimadas, desmatamento, mudanças climáticas e expansão da agropecuária. O documento destaca que a redução das áreas alagadas na região está ligada não só à destruição local, mas também ao desmatamento em outros biomas, como a Amazônia.

Diante do cenário, o INPP defende que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sancione o texto integralmente. A recomendação é pelo veto de pontos polêmicos, como a renovação automática de licenças, a dispensa de licenciamento para determinadas atividades e a criação de categorias mais permissivas Pesquisadores recomendam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sancione a proposta ou, ao menos, vete os trechos mais polêmicos, como a renovação automática das licenças, a dispensa de licenciamento para uma série de atividades e a criação de novas categorias de licença com critérios mais frouxos.

Diversas organizações da sociedade civil também se manifestaram contra o projeto. O Instituto Socioambiental (ISA) alertou que a nova legislação enfraquece o papel de órgãos como Ibama, ICMBio, Iphan e Funai. De acordo com a entidade, 259 terras indígenas ainda não homologadas - o equivalente a 32% do total - podem ficar desprotegidas, já que o texto limita a atuação da Funai apenas às terras com demarcação concluída Outras organizações ambientais também já criticaram o texto aprovado, que reduz o poder técnico de órgãos como Ibama, ICMBio, Iphan e Funai. O Instituto Socioambiental (ISA) estima que 259 terras indígenas ainda não homologadas, o equivalente a 32% da área total, ficarão desprotegidas com a nova regra, que limita a atuação da Funai apenas a terras com demarcação finalizada.


https://www.mtemponto.com.br/agro/inpp-alerta-para-riscos-ambientais-da-nova-lei-geral-do-licenciamento-e-critica-apoio-da-bancada-de-mt/3552
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source