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60 anos RMC: relembre cobertura de conflito entre fazendeiros e indígenas para desocupação de terra em MT

30/06/2025

Fonte: G1 - https://g1.globo.com/



60 anos RMC: relembre cobertura de conflito entre fazendeiros e indígenas para desocupação de terra em MT
A TV Centro América cobriu todos os desdobramentos do caso e acompanhou de perto o drama dos posseiros e a luta dos povos indígenas Xavantes pelo direito à terra.

A desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada no município de Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá, marcou a história da região como um dos conflitos fundiários mais conhecidos de Mato Grosso. À época, a TV Centro América cobriu todos os desdobramentos do caso e acompanhou de perto o drama dos posseiros e a luta dos povos indígenas Xavantes pelo direito à terra.

Esta matéria faz parte da série de reportagens do g1 em comemoração aos 60 anos da Rede Mato-grossense de Comunicação (RMC), que relembra grandes coberturas realizadas pela TV Centro América.

🌱A Terra Indígena Marãiwatsédé tem uma extensão de mais de 165 mil hectares. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o povo Xavante ocupa a área desde a década de 1960. Nesta época, a Agropecuária Suiá-Missú instalou-se na região.

Cerca de sete anos depois, os indígenas foram transferidos para a Terra Indígena São Marcos, na região sul do estado, e lá permaneceram por cerca de 40 anos. Em 1992, iniciaram-se os estudos de delimitação e demarcação da terra, que começou a ser ocupada por não indígenas.

Já em 1998, a terra foi homologada por decreto presidencial e reconhecida em diferentes instâncias da Justiça, consolidando o direito constitucional do povo Xavante de retornar à sua terra de origem.

No entanto, os Xavante só conseguiram a posse definitiva da terra tradicional em 2014, depois de uma intensa disputa com fazendeiros e posseiros e uma longa batalha judicial.

Na época, a retirada dos ocupantes foi marcada por conflitos intensos, inclusive confrontos armados entre posseiros, indígenas e o Exército, que atuava na operação de desintrusão.

Muitos moradores alegavam possuir escrituras dos imóveis, mas a Justiça Federal entendeu que esses documentos não tinham validade legal, por se tratarem de uma área reconhecida como território tradicional indígena.

Durante a operação, diversos imóveis foram deixados para trás, abandonados às pressas, incluindo postos de gasolina, lojas comerciais e residências. Segundo dados do governo federal, mais de 600 imóveis chegaram a ser desocupados, tanto na zona rural quanto no núcleo urbano conhecido como Posto da Mata.

Ainda na época, o governo informou ter cadastrado e selecionado 271 famílias para projetos da reforma agrária na região. Desse total, 97 tinham sido encaminhadas para o Assentamento Casulo Vida Nova e, de acordo com a Secretaria, receberam recursos de crédito inicial/alimentação e fomento no valor de R$ 3,2 mil por família.

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/memoria-tv-centro-america/noticia/2025/06/30/60-anos-rmc-relembre-cobertura-de-conflito-entre-fazendeiros-e-indigenas-para-desocupacao-de-terra-em-mt.ghtml
 

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