From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Em NY, Juma Xipaia lança documentário em produção com Leonardo Di Caprio
18/06/2025
Fonte: Amazônia Vox - https://www.amazoniavox.com
Como manda a tradição nos principais eventos do cinema mundial, pelo tapete vermelho da sessão de gala do Festival de Tribeca, em Nova York (EUA), no último sábado (14), passaram grandes astros do cinema norte-americano, como Robert De Niro e Leonardo Di Caprio. A grande estrela da noite, no entanto, foi Juma Xipaia, brasileira protagonista de "Yanuni", documentário que conta sua trajetória como liderança indígena e ambientalista.
Líder da aldeia Xipaya Tukamã, em Altamira, no Pará, Xipaia foi a primeira mulher a se tornar chefe entre os povos do Médio Xingu. Estudante de medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA), sua luta em defesa do meio ambiente e dos povos da floresta fez com que sofresse seis tentativas de assassinato.
O longa-metragem acompanha a trajetória de militância de Xipaia desde a adolescência, com destaque para a luta contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte até a chegada a Brasília para assumir a secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas no Ministério dos Povos Indígenas, criado com a eleição de Lula em 2023.
No documentário, enquanto Juma combate na frente política, seu marido, Hugo Loss, a bordo de um helicóptero do IBAMA, lidera operações para desmantelar acampamentos garimpeiros ilegais no coração da floresta amazônica. "A luta deles é nossa luta", disse Robert De Niro antes de chamar ao palco Leonardo Di Caprio, co-produtor do filme ao lado da brasileira.
"A Amazônia regula nosso clima, possui mais biodiversidade que qualquer outro lugar no mundo, e sustenta vidas muito além de suas fronteiras. E só sobrevive graças a pessoas como Juma, que se recusa a deixar que a floresta desapareça", disse o ator, conhecido não apenas pelos sucessos de bilheteria, mas também pelo apoio às causas ambientais.
Na plateia do Tribeca Performing Arts Center, na ponta sul de Manhattan, Xipaia agradeceu sentada ao lado do diretor Richard Ladkani. Ele contou que a ideia para o filme nasceu quando, da Europa, viu pela TV as imagens das queimadas que se espalhavam pela Amazônia durante o governo Bolsonaro.
Diante das dificuldades para contatar Xipaia, à época em local desconhecido devido as ameaças contra sua vida, recorreu à jornalista Eliane Brum, responsável por colocá-los em contato. Para levar adiante o projeto, o diretor austríaco nascido no Líbano aprendeu a falar português.
Leonardo Di Caprio aproveitou a ocasião para lembrar que a 30a edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas irá acontecer neste ano na Amazônia. A COP30, como é conhecida, será realizada entre 10 e 21 de novembro em Belém, no Pará. "Nossa mensagem para a COP e para os líderes mundiais através deste filme é muito simples: é hora de entregar recursos e poderes reais, assim como reconhecimento duradouro, para os povos indígenas, porque eles arriscam tudo para defender ecossistemas de qual nós todos dependemos", disse Di Caprio.
"Juma não é apenas uma líder, ela incorpora a resistência indígena defendendo não apenas seu povo, mas todos nós", completou o ator. Ao fim, no centro do palco, ao lado do diretor Richard Ladkani e da jornalista Catrin Einhorn, do The New York Times, Juma Xipaia convidou a todos a refletir sobre o consumo de produtos extraídos da floresta. Foi aplaudida de pé pela plateia formada por mais de novecentas pessoas. Depois do lançamento em Nova York, o filme seguirá agora por festivais pelo mundo. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
*Rodrigo Simon de Moraes é pesquisador das humanidades ambientais no Brazil LAB da Universidade de Princeton
https://www.amazoniavox.com/noticias/view/320/em_ny_juma_xipaia_lanca_documentario_em_producao_com_leonardo_di_caprio
Líder da aldeia Xipaya Tukamã, em Altamira, no Pará, Xipaia foi a primeira mulher a se tornar chefe entre os povos do Médio Xingu. Estudante de medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA), sua luta em defesa do meio ambiente e dos povos da floresta fez com que sofresse seis tentativas de assassinato.
O longa-metragem acompanha a trajetória de militância de Xipaia desde a adolescência, com destaque para a luta contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte até a chegada a Brasília para assumir a secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas no Ministério dos Povos Indígenas, criado com a eleição de Lula em 2023.
No documentário, enquanto Juma combate na frente política, seu marido, Hugo Loss, a bordo de um helicóptero do IBAMA, lidera operações para desmantelar acampamentos garimpeiros ilegais no coração da floresta amazônica. "A luta deles é nossa luta", disse Robert De Niro antes de chamar ao palco Leonardo Di Caprio, co-produtor do filme ao lado da brasileira.
"A Amazônia regula nosso clima, possui mais biodiversidade que qualquer outro lugar no mundo, e sustenta vidas muito além de suas fronteiras. E só sobrevive graças a pessoas como Juma, que se recusa a deixar que a floresta desapareça", disse o ator, conhecido não apenas pelos sucessos de bilheteria, mas também pelo apoio às causas ambientais.
Na plateia do Tribeca Performing Arts Center, na ponta sul de Manhattan, Xipaia agradeceu sentada ao lado do diretor Richard Ladkani. Ele contou que a ideia para o filme nasceu quando, da Europa, viu pela TV as imagens das queimadas que se espalhavam pela Amazônia durante o governo Bolsonaro.
Diante das dificuldades para contatar Xipaia, à época em local desconhecido devido as ameaças contra sua vida, recorreu à jornalista Eliane Brum, responsável por colocá-los em contato. Para levar adiante o projeto, o diretor austríaco nascido no Líbano aprendeu a falar português.
Leonardo Di Caprio aproveitou a ocasião para lembrar que a 30a edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas irá acontecer neste ano na Amazônia. A COP30, como é conhecida, será realizada entre 10 e 21 de novembro em Belém, no Pará. "Nossa mensagem para a COP e para os líderes mundiais através deste filme é muito simples: é hora de entregar recursos e poderes reais, assim como reconhecimento duradouro, para os povos indígenas, porque eles arriscam tudo para defender ecossistemas de qual nós todos dependemos", disse Di Caprio.
"Juma não é apenas uma líder, ela incorpora a resistência indígena defendendo não apenas seu povo, mas todos nós", completou o ator. Ao fim, no centro do palco, ao lado do diretor Richard Ladkani e da jornalista Catrin Einhorn, do The New York Times, Juma Xipaia convidou a todos a refletir sobre o consumo de produtos extraídos da floresta. Foi aplaudida de pé pela plateia formada por mais de novecentas pessoas. Depois do lançamento em Nova York, o filme seguirá agora por festivais pelo mundo. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
*Rodrigo Simon de Moraes é pesquisador das humanidades ambientais no Brazil LAB da Universidade de Princeton
https://www.amazoniavox.com/noticias/view/320/em_ny_juma_xipaia_lanca_documentario_em_producao_com_leonardo_di_caprio
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