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Funai amplia diálogo e promove visita de parceiros ao Museu dos Povos Indígenas com foco na reabertura do espaço
04/07/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ampliou o diálogo com instituições parceiras e parlamentares com foco na reabertura do Museu/Funai, órgão científico-cultural da autarquia indigenista. Nesta sexta-feira (4), a presidenta Joenia Wapichana conduziu uma visita à estrutura, localizada na cidade do Rio de Janeiro, para mostrar a condição na qual se encontra o espaço, fechado para visitação desde 2016. Ela destacou que a visita representa uma união de esforços que visa a reestruturação do Museu.
"Desde 2016, toda essa riqueza cultural está fechada para visitação. Não se trata apenas de acervos, de depósito, mas significa a identidade dos povos indígenas, a memória do nosso país. E essa memória dá respaldo para os direitos dos povos indígenas nos processos de demarcação, nos processos de defesa da cultura e no processo de defesa dos direitos humanos", destacou.
O Museu desempenha um papel estratégico na preservação e promoção do patrimônio cultural indígena no Brasil, sendo fundamental na manutenção e continuidade das culturas indígenas. Seu acervo etnográfico reúne mais de 20 mil objetos contemporâneos de cerca de 150 povos indígenas, com coleções iniciadas na década de 1940 e continuamente ampliadas. Em breve, o órgão terá sua nomenclatura alterada para Museu Nacional dos Povos Indígenas.
Desde sua criação, em 1953, o Museu consolidou-se como uma instituição de referência em iniciativas voltadas à valorização das culturas indígenas, promovendo parcerias com universidades e outras organizações para a produção de conhecimento qualificado. Além da preservação de seu acervo, a instituição desenvolve ações integradas de conservação, pesquisa, documentação e promoção cultural, com destaque para atividades voltadas ao público escolar.
A representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Mariana Salvadori, participou da visita. Ela destacou que a Unesco e o Museu/Funai mantêm uma parceria que já dura quase 20 anos com foco, em especial, na preservação das línguas indígenas e colocou a instituição à disposição para pensar em alternativas e trabalhar na reabertura do Museu/Funai.
De acordo com Salvadori, a Unesco tem fortalecido cada vez mais o trabalho na área de museus. "Acho que a Unesco pode ser uma parceira técnica para esse trabalho que vocês pretendem e precisam tanto fazer. O Brasil precisa que este museu esteja aberto, é uma necessidade para a nação que o patrimônio que esse museu resguarda esteja disponível e de acesso público", destacou.
O deputado federal Chico Alencar (RJ) também demonstrou apoio à reabertura do Museu. "Nosso compromisso de mandato é articular com outros deputados para ajudar e ver quanto de recursos podem ser alocados para atender essa necessidade que não é apenas dos povos indígenas, mas da população brasileira, da República Federativa do Brasil", pontuou o parlamentar ao ver as condições estruturais do Museu.
Também participaram da visita a diretora do Museu, Fernanda Kaingang; a secretária nacional da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Gonçalves Rollemberg; a presidenta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro; e o deputado federal Tarcísio Motta (RJ). A deputada federal Talíria Perrone (RJ) não pôde comparecer, mas enviou representante, assim como outros convidados.
Plano museológico
Também nesta sexta-feira, a Funai apresentou a minuta da proposta do Plano Museológico do Museu/Funai. A minuta foi construída de maneira participativa, contando com a contribuição de diversos setores da sociedade, por meio de consulta pública iniciada em fevereiro de 2025. O documento possibilita a instrumentalização do planejamento das funções e dos trabalhos internos, por intermédio da análise de possibilidades, da definição das prioridades e dos objetivos estratégicos da instituição. O instrumento também sistematiza ações administrativas, finalísticas e políticas que englobam e refletem na atuação externa do Museu.
A professora e historiadora da Federação do Povo Huni Kui do Estado do Acre (FEPHAC) Joana Munduruku faz parte do comitê que elaborou a minuta do Plano Museológico do Museu/Funai. Ela destacou que o instrumento representa um grande avanço para o fortalecimento da identidade cultural dos povos indígenas.
"Estamos em um momento histórico no qual estamos acordando o trabalho de restauração do prédio que abriga o Museu para que possamos reabrir o Museu de maneira que possamos dizer que o nosso território existe. É um território de memória, mas é uma memória viva onde vivemos o passado, o presente e o futuro. E cada um de nós temos parte nessa construção e nessa vivência", ressaltou.
Prêmio Cunhambebe Tupinambá
A Funai aproveitou a agenda também para realizar a entrega simbólica do Prêmio Cunhambebe Tupinambá. O resultado foi divulgado pelo Museu/Funai no início do ano. Foram 51 contemplados: 12 iniciativas do bioma Amazônia, 9 da Caatinga, 11 do Cerrado, 11 da Mata Atlântica, 3 do Pampa e 5 do Pantanal. A premiação apoia iniciativas e projetos culturais desenvolvidos por povos indígenas e trabalhos de artistas indígenas em diversas áreas.
Lançada no dia 9 de agosto de 2024, a premiação contou com a participação de comunidades, associações, grupos, coletivos culturais e microempreendedores individuais indígenas, com inscrição ativa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Além dos 18 prêmios previstos inicialmente, o Museu/Funai premiou mais 33 iniciativas, totalizando R$ 1,5 milhão.
A premiação contempla as seguintes categorias: rituais; celebrações e festas de colheitas, trocas de semente, coletas, caças, alimentação tradicional; cultura alimentar e/ou gastronomia; literatura; medicina tradicional; esportes e jogos tradicionais; educação, cultura e diversidade linguística; artesanato e produção de cultura material; expressões culturais tradicionais; e arte indígena contemporânea, visuais e interpretativas.
Assessoria de Comunicação/Funai
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-amplia-dialogo-e-promove-visita-de-parceiros-ao-museu-dos-povos-indigenas-com-foco-na-reabertura-do-espaco
"Desde 2016, toda essa riqueza cultural está fechada para visitação. Não se trata apenas de acervos, de depósito, mas significa a identidade dos povos indígenas, a memória do nosso país. E essa memória dá respaldo para os direitos dos povos indígenas nos processos de demarcação, nos processos de defesa da cultura e no processo de defesa dos direitos humanos", destacou.
O Museu desempenha um papel estratégico na preservação e promoção do patrimônio cultural indígena no Brasil, sendo fundamental na manutenção e continuidade das culturas indígenas. Seu acervo etnográfico reúne mais de 20 mil objetos contemporâneos de cerca de 150 povos indígenas, com coleções iniciadas na década de 1940 e continuamente ampliadas. Em breve, o órgão terá sua nomenclatura alterada para Museu Nacional dos Povos Indígenas.
Desde sua criação, em 1953, o Museu consolidou-se como uma instituição de referência em iniciativas voltadas à valorização das culturas indígenas, promovendo parcerias com universidades e outras organizações para a produção de conhecimento qualificado. Além da preservação de seu acervo, a instituição desenvolve ações integradas de conservação, pesquisa, documentação e promoção cultural, com destaque para atividades voltadas ao público escolar.
A representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Mariana Salvadori, participou da visita. Ela destacou que a Unesco e o Museu/Funai mantêm uma parceria que já dura quase 20 anos com foco, em especial, na preservação das línguas indígenas e colocou a instituição à disposição para pensar em alternativas e trabalhar na reabertura do Museu/Funai.
De acordo com Salvadori, a Unesco tem fortalecido cada vez mais o trabalho na área de museus. "Acho que a Unesco pode ser uma parceira técnica para esse trabalho que vocês pretendem e precisam tanto fazer. O Brasil precisa que este museu esteja aberto, é uma necessidade para a nação que o patrimônio que esse museu resguarda esteja disponível e de acesso público", destacou.
O deputado federal Chico Alencar (RJ) também demonstrou apoio à reabertura do Museu. "Nosso compromisso de mandato é articular com outros deputados para ajudar e ver quanto de recursos podem ser alocados para atender essa necessidade que não é apenas dos povos indígenas, mas da população brasileira, da República Federativa do Brasil", pontuou o parlamentar ao ver as condições estruturais do Museu.
Também participaram da visita a diretora do Museu, Fernanda Kaingang; a secretária nacional da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Gonçalves Rollemberg; a presidenta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro; e o deputado federal Tarcísio Motta (RJ). A deputada federal Talíria Perrone (RJ) não pôde comparecer, mas enviou representante, assim como outros convidados.
Plano museológico
Também nesta sexta-feira, a Funai apresentou a minuta da proposta do Plano Museológico do Museu/Funai. A minuta foi construída de maneira participativa, contando com a contribuição de diversos setores da sociedade, por meio de consulta pública iniciada em fevereiro de 2025. O documento possibilita a instrumentalização do planejamento das funções e dos trabalhos internos, por intermédio da análise de possibilidades, da definição das prioridades e dos objetivos estratégicos da instituição. O instrumento também sistematiza ações administrativas, finalísticas e políticas que englobam e refletem na atuação externa do Museu.
A professora e historiadora da Federação do Povo Huni Kui do Estado do Acre (FEPHAC) Joana Munduruku faz parte do comitê que elaborou a minuta do Plano Museológico do Museu/Funai. Ela destacou que o instrumento representa um grande avanço para o fortalecimento da identidade cultural dos povos indígenas.
"Estamos em um momento histórico no qual estamos acordando o trabalho de restauração do prédio que abriga o Museu para que possamos reabrir o Museu de maneira que possamos dizer que o nosso território existe. É um território de memória, mas é uma memória viva onde vivemos o passado, o presente e o futuro. E cada um de nós temos parte nessa construção e nessa vivência", ressaltou.
Prêmio Cunhambebe Tupinambá
A Funai aproveitou a agenda também para realizar a entrega simbólica do Prêmio Cunhambebe Tupinambá. O resultado foi divulgado pelo Museu/Funai no início do ano. Foram 51 contemplados: 12 iniciativas do bioma Amazônia, 9 da Caatinga, 11 do Cerrado, 11 da Mata Atlântica, 3 do Pampa e 5 do Pantanal. A premiação apoia iniciativas e projetos culturais desenvolvidos por povos indígenas e trabalhos de artistas indígenas em diversas áreas.
Lançada no dia 9 de agosto de 2024, a premiação contou com a participação de comunidades, associações, grupos, coletivos culturais e microempreendedores individuais indígenas, com inscrição ativa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Além dos 18 prêmios previstos inicialmente, o Museu/Funai premiou mais 33 iniciativas, totalizando R$ 1,5 milhão.
A premiação contempla as seguintes categorias: rituais; celebrações e festas de colheitas, trocas de semente, coletas, caças, alimentação tradicional; cultura alimentar e/ou gastronomia; literatura; medicina tradicional; esportes e jogos tradicionais; educação, cultura e diversidade linguística; artesanato e produção de cultura material; expressões culturais tradicionais; e arte indígena contemporânea, visuais e interpretativas.
Assessoria de Comunicação/Funai
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-amplia-dialogo-e-promove-visita-de-parceiros-ao-museu-dos-povos-indigenas-com-foco-na-reabertura-do-espaco
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