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Funai e UFMT promovem intercâmbio técnico e cultural entre os povos Enawenê Nawê e Ikpeng, em Mato Grosso
23/09/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promovem um intercâmbio técnico e cultural entre os povos Enawenê Nawê e Ikpeng, iniciado no dia 19, o qual segue até terça-feira (23). O objetivo é fortalecer laços institucionais e interculturais, fomentar o diálogo e proporcionar trocas de experiências e de sementes.
A estimativa é que cerca de 1,7 mil indígenas dos dois povos sejam beneficiados pela iniciativa. Entre eles, está Lolahete Enawene. "O intercâmbio cultural é muito importante porque aprendemos novas formas de cuidar da nossa terra e também mostramos aos outros como fazemos nossas plantações. Assim todo mundo aprende", avalia.
O evento é realizado por meio da Coordenação Regional Noroeste de Mato Grosso (CR-NOMT) da Funai, que organizou toda a atividade, desde o planejamento até a execução, garantindo a logística necessária. "O intercâmbio aproxima os povos indígenas do conhecimento científico e das tecnologias ambientais, ao mesmo tempo em que valoriza seus conhecimentos tradicionais", explica a chefe da Unidade Técnica Local (UTL) Vilhena II, vinculada à CR-NOMT, Iana Moura.
A atividade integra o planejamento de restauração ambiental para a Terra Indígena (TI) Enawenê Nawê, que a CR desenvolve no âmbito das ações dirigidas pela Coordenação de Conservação da Biodiversidade e Recuperação Ambiental (CORAM) da Coordenação Geral de Políticas Ambientais (CGPAM) vinculada à Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat), desde 2018. A iniciativa fortalece a autonomia das comunidades, contribui para a conservação da biodiversidade e promove trocas benéficas aos territórios indígenas e ao ambiente externo.
Com isso, a atividade vai ao encontro de uma das atribuições da Funai: promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas.
A chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat) da CR-NOMT, Consuelo Selva, destaca a evolução observada na TI Enawenê Nawê desde 2018, quando teve início o trabalho de enriquecimento florestal e recuperação de áreas degradadas.
"A comunidade enfrentava sérios problemas sociais devido à escassez de Buriti no território. Hoje, ao ver os Enawenê Nawê participando deste intercâmbio, aprendendo e compartilhando experiências, percebemos como essa iniciativa evoluiu", ressalta. "Esse avanço só foi possível graças à parceria consolidada entre a Funai e a UFMT, aliada ao engajamento ativo da comunidade indígena em todas as etapas do aprendizado e das atividades desenvolvidas", acrescenta.
O intercâmbio
A primeira etapa do intercâmbio técnico e cultural foi realizada entre os dias 18 e 19 de setembro, no campus da UFMT em Sinop (MT), e contou com a participação de 15 indígenas do povo Enawenê Nawê. Eles conheceram a UFMT, visitaram modelos de produção de mudas na Embrapa Agrossilvipastoril, no Viveiro Municipal e em viveiro da iniciativa privada. O grupo também participou de oficinas sobre indicadores de saúde do solo e biofertilizantes à base de plantas.
A segunda etapa teve início no dia 21 e segue até terça-feira (23), no Parque Indígena do Xingu. O povo Ikpeng recebe os Enawenê Nawê para a troca de conhecimentos, de sementes e mudas. Além disso, o encontro possibilita aos visitantes conhecer as experiências dos Ikpeng em agroecologia, também desenvolvidas no contexto do "Projeto Arborescer: conhecer para conservar".
Renan Kawirw Malaure Txicão, do povo Ikpeng, é técnico em agroecologia e coordenador local do movimento das mulheres Yarang coletoras de sementes da Rede Xingu. Ele ressaltou a importância da troca de conhecimentos entre os povos.
"Recebemos o povo Enawene Nawe para esta atividade de intercâmbio, e estou compartilhando os trabalhos da minha comunidade, como a coleta de sementes e o manejo de quintais produtivos. Ao mesmo tempo, tenho a oportunidade de aprender com eles, pois é um momento de troca em que também nos contam sobre a vivência lá na aldeia deles", pontuou.
Projeto Arborescer
O "Projeto Arborescer: conhecer para conservar" da UFMT visa formar multiplicadores em educação ambiental, unindo conhecimentos científicos, metodologias e tecnologias inovadoras para promover o uso sustentável dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade. O projeto abrange territórios indígenas no âmbito de parceria da universidade com a Funai.
O coordenador do projeto e professor da UFMT, Juliano de Paulo, afirma que o intercâmbio é um exemplo de como a UFMT pode contribuir para a valorização dos povos indígenas e para a defesa da biodiversidade. "Ao mesmo tempo, a iniciativa reafirma o sentido da universidade pública: formar pessoas e gerar soluções para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável", pontua.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-e-ufmt-promovem-intercambio-tecnico-e-cultural-entre-os-povos-enawene-nawe-e-ikpeng-em-mato-grosso
A estimativa é que cerca de 1,7 mil indígenas dos dois povos sejam beneficiados pela iniciativa. Entre eles, está Lolahete Enawene. "O intercâmbio cultural é muito importante porque aprendemos novas formas de cuidar da nossa terra e também mostramos aos outros como fazemos nossas plantações. Assim todo mundo aprende", avalia.
O evento é realizado por meio da Coordenação Regional Noroeste de Mato Grosso (CR-NOMT) da Funai, que organizou toda a atividade, desde o planejamento até a execução, garantindo a logística necessária. "O intercâmbio aproxima os povos indígenas do conhecimento científico e das tecnologias ambientais, ao mesmo tempo em que valoriza seus conhecimentos tradicionais", explica a chefe da Unidade Técnica Local (UTL) Vilhena II, vinculada à CR-NOMT, Iana Moura.
A atividade integra o planejamento de restauração ambiental para a Terra Indígena (TI) Enawenê Nawê, que a CR desenvolve no âmbito das ações dirigidas pela Coordenação de Conservação da Biodiversidade e Recuperação Ambiental (CORAM) da Coordenação Geral de Políticas Ambientais (CGPAM) vinculada à Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat), desde 2018. A iniciativa fortalece a autonomia das comunidades, contribui para a conservação da biodiversidade e promove trocas benéficas aos territórios indígenas e ao ambiente externo.
Com isso, a atividade vai ao encontro de uma das atribuições da Funai: promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas.
A chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat) da CR-NOMT, Consuelo Selva, destaca a evolução observada na TI Enawenê Nawê desde 2018, quando teve início o trabalho de enriquecimento florestal e recuperação de áreas degradadas.
"A comunidade enfrentava sérios problemas sociais devido à escassez de Buriti no território. Hoje, ao ver os Enawenê Nawê participando deste intercâmbio, aprendendo e compartilhando experiências, percebemos como essa iniciativa evoluiu", ressalta. "Esse avanço só foi possível graças à parceria consolidada entre a Funai e a UFMT, aliada ao engajamento ativo da comunidade indígena em todas as etapas do aprendizado e das atividades desenvolvidas", acrescenta.
O intercâmbio
A primeira etapa do intercâmbio técnico e cultural foi realizada entre os dias 18 e 19 de setembro, no campus da UFMT em Sinop (MT), e contou com a participação de 15 indígenas do povo Enawenê Nawê. Eles conheceram a UFMT, visitaram modelos de produção de mudas na Embrapa Agrossilvipastoril, no Viveiro Municipal e em viveiro da iniciativa privada. O grupo também participou de oficinas sobre indicadores de saúde do solo e biofertilizantes à base de plantas.
A segunda etapa teve início no dia 21 e segue até terça-feira (23), no Parque Indígena do Xingu. O povo Ikpeng recebe os Enawenê Nawê para a troca de conhecimentos, de sementes e mudas. Além disso, o encontro possibilita aos visitantes conhecer as experiências dos Ikpeng em agroecologia, também desenvolvidas no contexto do "Projeto Arborescer: conhecer para conservar".
Renan Kawirw Malaure Txicão, do povo Ikpeng, é técnico em agroecologia e coordenador local do movimento das mulheres Yarang coletoras de sementes da Rede Xingu. Ele ressaltou a importância da troca de conhecimentos entre os povos.
"Recebemos o povo Enawene Nawe para esta atividade de intercâmbio, e estou compartilhando os trabalhos da minha comunidade, como a coleta de sementes e o manejo de quintais produtivos. Ao mesmo tempo, tenho a oportunidade de aprender com eles, pois é um momento de troca em que também nos contam sobre a vivência lá na aldeia deles", pontuou.
Projeto Arborescer
O "Projeto Arborescer: conhecer para conservar" da UFMT visa formar multiplicadores em educação ambiental, unindo conhecimentos científicos, metodologias e tecnologias inovadoras para promover o uso sustentável dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade. O projeto abrange territórios indígenas no âmbito de parceria da universidade com a Funai.
O coordenador do projeto e professor da UFMT, Juliano de Paulo, afirma que o intercâmbio é um exemplo de como a UFMT pode contribuir para a valorização dos povos indígenas e para a defesa da biodiversidade. "Ao mesmo tempo, a iniciativa reafirma o sentido da universidade pública: formar pessoas e gerar soluções para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável", pontua.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-e-ufmt-promovem-intercambio-tecnico-e-cultural-entre-os-povos-enawene-nawe-e-ikpeng-em-mato-grosso
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