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Instituto na Amazônia quer destravar R$ 540 mi em investimento misto, com a COP-30 como 'vitrine'

10/09/2025

Fonte: OESP - https://www.estadao.com.br/



Instituto na Amazônia quer destravar R$ 540 mi em investimento misto, com a COP-30 como 'vitrine'
Instituto Amazônia+21, com CNI, Energisa e Itaúsa no conselho, quer conectar projetos para a região amazônica a recursos do mercado de capitais

10/09/2025

Karla Spotorno e Cristina Canas

Uma estrutura de negócios no coração da Amazônia ocidental com a meta de conectar projetos para a região a recursos do mercado de capitais, de filantropos e de organizações multilaterais. Essa é a Facility de Investimentos Sustentáveis, do Instituto Amazônia+21, criada há dois anos e que entrou em operação com a instalação do seu conselho deliberativo.

Entre os ocupantes das dez cadeiras do conselho estão a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Energisa, Instituto Arapyaú, Instituto Itaúsa, Banco da Amazônia e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Outros dois conselheiros serão anunciados ainda neste semestre, segundo o presidente do Instituto Amazônia+21 e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Marcelo Thomé.

Os últimos dois já foram prospectados mas, segundo Thomé, devem direcionar os recursos para a Facility no ano que vem, depois da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro. A COP-30, inclusive, servirá de vitrine para as possibilidades de negócios no bioma amazônico, segundo o instituto.

Cada uma das organizações que integram o conselho faz um aporte de R$ 2 milhões. As chamadas "cotas pioneiras" servem de ponto de partida para destravar recursos de outras fontes, "dentro de uma lógica de blended finance", segundo Thomé. A expressão em inglês refere-se a operações financeiras que combinam recursos oriundos de diferentes fontes, como o mercado de capitais, instituições filantrópicas e financiamentos a juros baixos como, por exemplo, de organizações multilaterais.

O presidente do Instituto Amazônia+21 afirma que a expectativa é que a Facility destrave recurso em torno de sete vezes. Ou seja, para cada R$ 1 aportado, outros R$ 7 serão destravados vindos de fontes como investidores privados e instituições financeiras. O instituto projeta que serão movimentados R$ 80 milhões nos primeiros três anos de operação da Facility, o que destravaria R$ 540 milhões de capital comercial ou concessional.

Segundo Thomé, a 'Facility' é um espaço de mobilização, engajamento e discussão com o objetivo de conectar recursos financeiros a projetos. Entre os planos da Facility estão montar um Fundo de Investimento em Participação com a meta de aportar R$ 168 milhões em inovação na Amazônia ocidental num prazo de cinco anos e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), com a meta de contratar R$ 450 milhões em três anos, segundo Thomé. Ele conta que, no primeiro semestre, a Facility estreou com um primeiro edital para financiar 25 pequenos empreendedores que "não têm acesso a crédito e, às vezes, nem conta corrente".

"A melhor conservação da Amazônia é dar oportunidade para os milhões de pessoas que moram na região", diz o presidente do instituto e da Fiero. Ele argumenta que os nove Estados amazônicos carecem de investimento e do enfrentamento de uma realidade a fim de prover dignidade para a região. "Onde há um CNPJ, há capacidade de financiamento e atividade econômica que empurra o 'ilícito' para fora. Escassez e fome são portas abertas para o 'ilícito'", afirmou o presidente da federação de Rondônia.

https://www.estadao.com.br/economia/governanca/instituto-na-amazonia-quer-destravar-r-540-mi-em-investimento-misto-com-a-cop-30-como-vitrine/
 

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