From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Cinema amazônico ganha o mundo
26/10/2025
Autor: Gabriel Machado
Fonte: A Critica - https://www.acritica.com
O cinema produzido na Amazônia vive um momento de expansão e reconhecimento internacional. O longa-metragem "Jamary", dirigido por Begê Muniz e produzido por Eliza Telles, fará sua estreia mundial no Arlington International Film Festival 2025, hoje (25), nos Estados Unidos, marcando mais um passo importante na trajetória dos realizadores amazonenses.
Ambientado na floresta amazônica e ancorado nas tradições indígenas, o filme combina fantasia, aventura e consciência ambiental em uma narrativa voltada ao público jovem. Protagonizado por Ane (Maria Zen), uma influenciadora mirim de 12 anos, o longa acompanha sua jornada pela floresta após um acontecimento misterioso. Lá, ela encontra Anhangá (Eliza Telles), uma criatura mítica da cultura indígena que a alerta sobre uma ameaça que paira sobre o território.
"A concepção é a mesma do curta, mas a história é bem mais completa, com muita aventura e fantasia, e reforçando a defesa de nossas florestas, além de denunciar as criminosas queimadas que vêm sendo realizadas na Amazônia", explicou Begê Muniz, em entrevista ao Bem Viver TV.
O projeto é fruto de uma trajetória consistente dos cineastas. O curta-metragem "Jamary", que deu origem ao longa, foi selecionado em mais de 60 festivais nacionais e internacionais, incluindo o Festival do Rio, Cine Eco (Portugal) e Cine Vigo (Espanha). Agora, o longa ganha força com o apoio da Lei Paulo Gustavo da cidade de Manaus e do Governo do Estado do Amazonas, consolidando o percurso que levou a história das margens dos rios amazônicos às telas de um festival internacional nos Estados Unidos.
"É uma emoção muito grande porque é minha primeira vez em um festival internacional com um filme meu. É um marco na minha carreira. Reuni todos os esforços para poder estar presente nessa estreia mundial e aproveito para agradecer à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, que apoiou nossa viagem para representar o nosso cinema nos Estados Unidos", contou Begê.
Cultura, fantasia e pertencimento
A essência amazônica é o fio condutor do cinema de Muniz e Telles. Suas produções transitam entre o real e o fantástico, dialogando com a cosmologia indígena e os costumes populares da região. "São elementos que sempre estão presentes em nossos filmes. A gente acredita que, ao trazer o fantástico inspirado na nossa cultura, criamos uma conexão maior com o público, tanto o local, que se reconhece, quanto o de fora, que se encanta com nossa identidade", destacou o diretor.
Além de "Jamary", o curta-metragem "Nhandê", também dirigido por Begê Muniz e Eliza Telles, será exibido no mesmo festival, ampliando a presença da dupla no circuito internacional. A obra já percorreu mostras e festivais no México, Chile, Miami, Suécia, Grécia e Berlim, levando a diversidade amazônica para o mundo.
"O 'Nhandê' tem nos dado muita alegria. Já passou por vários países e continua sendo selecionado, representando nossa cultura mundo afora. Estou muito feliz, é mais um fato inédito na minha vida: dois filmes em um mesmo festival internacional. Comemoração em dose dupla", celebrou Muniz.
Com uma linguagem acessível e visualmente encantadora, "Jamary" reafirma o potencial do cinema produzido na Amazônia, que segue conquistando novos territórios e inspirando o público com histórias que unem magia, ancestralidade e consciência ambiental. "Levar nossas histórias para o mundo é uma forma de mostrar que a Amazônia é viva, diversa e cheia de vozes que merecem ser ouvidas. É sobre resistência, afeto e pertencimento, e o cinema é a ponte que nos conecta a tudo isso", concluiu o diretor.
https://www.acritica.com/entretenimento/cinema-amazonico-ganha-o-mundo-1.387176
Ambientado na floresta amazônica e ancorado nas tradições indígenas, o filme combina fantasia, aventura e consciência ambiental em uma narrativa voltada ao público jovem. Protagonizado por Ane (Maria Zen), uma influenciadora mirim de 12 anos, o longa acompanha sua jornada pela floresta após um acontecimento misterioso. Lá, ela encontra Anhangá (Eliza Telles), uma criatura mítica da cultura indígena que a alerta sobre uma ameaça que paira sobre o território.
"A concepção é a mesma do curta, mas a história é bem mais completa, com muita aventura e fantasia, e reforçando a defesa de nossas florestas, além de denunciar as criminosas queimadas que vêm sendo realizadas na Amazônia", explicou Begê Muniz, em entrevista ao Bem Viver TV.
O projeto é fruto de uma trajetória consistente dos cineastas. O curta-metragem "Jamary", que deu origem ao longa, foi selecionado em mais de 60 festivais nacionais e internacionais, incluindo o Festival do Rio, Cine Eco (Portugal) e Cine Vigo (Espanha). Agora, o longa ganha força com o apoio da Lei Paulo Gustavo da cidade de Manaus e do Governo do Estado do Amazonas, consolidando o percurso que levou a história das margens dos rios amazônicos às telas de um festival internacional nos Estados Unidos.
"É uma emoção muito grande porque é minha primeira vez em um festival internacional com um filme meu. É um marco na minha carreira. Reuni todos os esforços para poder estar presente nessa estreia mundial e aproveito para agradecer à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, que apoiou nossa viagem para representar o nosso cinema nos Estados Unidos", contou Begê.
Cultura, fantasia e pertencimento
A essência amazônica é o fio condutor do cinema de Muniz e Telles. Suas produções transitam entre o real e o fantástico, dialogando com a cosmologia indígena e os costumes populares da região. "São elementos que sempre estão presentes em nossos filmes. A gente acredita que, ao trazer o fantástico inspirado na nossa cultura, criamos uma conexão maior com o público, tanto o local, que se reconhece, quanto o de fora, que se encanta com nossa identidade", destacou o diretor.
Além de "Jamary", o curta-metragem "Nhandê", também dirigido por Begê Muniz e Eliza Telles, será exibido no mesmo festival, ampliando a presença da dupla no circuito internacional. A obra já percorreu mostras e festivais no México, Chile, Miami, Suécia, Grécia e Berlim, levando a diversidade amazônica para o mundo.
"O 'Nhandê' tem nos dado muita alegria. Já passou por vários países e continua sendo selecionado, representando nossa cultura mundo afora. Estou muito feliz, é mais um fato inédito na minha vida: dois filmes em um mesmo festival internacional. Comemoração em dose dupla", celebrou Muniz.
Com uma linguagem acessível e visualmente encantadora, "Jamary" reafirma o potencial do cinema produzido na Amazônia, que segue conquistando novos territórios e inspirando o público com histórias que unem magia, ancestralidade e consciência ambiental. "Levar nossas histórias para o mundo é uma forma de mostrar que a Amazônia é viva, diversa e cheia de vozes que merecem ser ouvidas. É sobre resistência, afeto e pertencimento, e o cinema é a ponte que nos conecta a tudo isso", concluiu o diretor.
https://www.acritica.com/entretenimento/cinema-amazonico-ganha-o-mundo-1.387176
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