From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios xerente soltam reféns em Tocantínia
16/02/2001
Autor: Shirley Cruz e Diógenes Botelho
Fonte: Jornal do Tocantins - Palmas - TO
Os seis homens da Unesco, Funai, Naturatins e Investco foram libertados na noite de ontem.
Os índios xerente da aldeia Brejo Comprido, em Tocantínia, que haviam seqüestrado seis pessoas que trabalhavam em projetos ambientais na reserva indígena durante a manhã de quarta-feira, libertaram todos os reféns no início da noite de ontem. Eles exigiam a liberação de uma verba no valor de R$ 96 mil, por parte da Investco, para que a Funai elaborasse programas ambientais e de geração de renda nas 34 aldeias da região impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, em Lajeado.
A decisão de por fim ao sequestro, iniciado para pressionar a Investco a liberar a verba, foi tomada na tarde de ontem quando o coordenador de projetos da Funai, Wagner Tramm, se reuniu com o cacique Bernaldino Xerente, e com o procurador-chefe da República no Tocantins, Mário Lúcio Avelar, e prometeu que órgão bancaria as custos da elaboração dos projetos. O cacique, juntamente com outros cinco líderes indígenas, aceitou a proposta e por volta das 16 horas de ontem se deslocou para aldeia para libertar os reféns. Inicialmente a Funai divulgou oito sequestradas, mas dois deles, Adriano Leite e Antenor Gonçalves não haviam ficados presos e estavam participando somente da negociação com os índios. Até o fechamento desta edição a equipe do Jornal do Tocantins acompanhava soltura dos reféns em Miracema.
Histórico
Segundo Wagner Tramm, os índios ficaram sabendo que a Funai estava sem recursos para elaborar os programas de compensação ambiental e não havia recebido ajuda da Investco, no valor de R$ 96 mil, para levar o trabalho adiante. Com medo de ficarem sem nada do que era esperado, eles resolveram tomar esse medida, contou Wagner. Após o sequestro chegou a conversar com o cacique, mas este se manteve irredutível quanto a liberação dos reféns, só permitindo o envio de alimentação e redes de dormir para os reféns.
O programa pelo qual os índios estão brigando é composto de 16 projetos nas áreas de saúde, cultura, meio ambiente, educação, segurança alimentar e geração de renda, que incluem aconstrução de escolas, postos de saúde, formação de cooperativas agrícolas e de manejo de pesca. O diretor do projeto da Funai, Wagner Tramm, confirmou que o órgão chegou a pedir ajuda para a Investco, mas não obteve sucesso. Ontem ele disse que, apesar da Funai custear a elaboração do projeto, vai cobrar posteriormente os gastos da Investco. Para isso a direção do órgão deve entrar nos próximos dias com um processo no Ministério Público Federal.
Investco
O vice-presidente da Investco, João Carlos Rela, informou ontem que a empresa realizou diversos projetos na região, inclusive com construção depostos de saúde, escolas e doação de veículos. A elaboração dos projetos de compensação é de responsabilidade da Funai, que é responsável pela área indígena. Nós estamos esperando que eles terminem os projetos para que possamos, aí sim, entrar com dinheiro para a execução dos mesmos. explicou o vice-presidente. Mesmo assim a empresa se propõe a negociar a questão.
Os índios xerente da aldeia Brejo Comprido, em Tocantínia, que haviam seqüestrado seis pessoas que trabalhavam em projetos ambientais na reserva indígena durante a manhã de quarta-feira, libertaram todos os reféns no início da noite de ontem. Eles exigiam a liberação de uma verba no valor de R$ 96 mil, por parte da Investco, para que a Funai elaborasse programas ambientais e de geração de renda nas 34 aldeias da região impactados pelas obras da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, em Lajeado.
A decisão de por fim ao sequestro, iniciado para pressionar a Investco a liberar a verba, foi tomada na tarde de ontem quando o coordenador de projetos da Funai, Wagner Tramm, se reuniu com o cacique Bernaldino Xerente, e com o procurador-chefe da República no Tocantins, Mário Lúcio Avelar, e prometeu que órgão bancaria as custos da elaboração dos projetos. O cacique, juntamente com outros cinco líderes indígenas, aceitou a proposta e por volta das 16 horas de ontem se deslocou para aldeia para libertar os reféns. Inicialmente a Funai divulgou oito sequestradas, mas dois deles, Adriano Leite e Antenor Gonçalves não haviam ficados presos e estavam participando somente da negociação com os índios. Até o fechamento desta edição a equipe do Jornal do Tocantins acompanhava soltura dos reféns em Miracema.
Histórico
Segundo Wagner Tramm, os índios ficaram sabendo que a Funai estava sem recursos para elaborar os programas de compensação ambiental e não havia recebido ajuda da Investco, no valor de R$ 96 mil, para levar o trabalho adiante. Com medo de ficarem sem nada do que era esperado, eles resolveram tomar esse medida, contou Wagner. Após o sequestro chegou a conversar com o cacique, mas este se manteve irredutível quanto a liberação dos reféns, só permitindo o envio de alimentação e redes de dormir para os reféns.
O programa pelo qual os índios estão brigando é composto de 16 projetos nas áreas de saúde, cultura, meio ambiente, educação, segurança alimentar e geração de renda, que incluem aconstrução de escolas, postos de saúde, formação de cooperativas agrícolas e de manejo de pesca. O diretor do projeto da Funai, Wagner Tramm, confirmou que o órgão chegou a pedir ajuda para a Investco, mas não obteve sucesso. Ontem ele disse que, apesar da Funai custear a elaboração do projeto, vai cobrar posteriormente os gastos da Investco. Para isso a direção do órgão deve entrar nos próximos dias com um processo no Ministério Público Federal.
Investco
O vice-presidente da Investco, João Carlos Rela, informou ontem que a empresa realizou diversos projetos na região, inclusive com construção depostos de saúde, escolas e doação de veículos. A elaboração dos projetos de compensação é de responsabilidade da Funai, que é responsável pela área indígena. Nós estamos esperando que eles terminem os projetos para que possamos, aí sim, entrar com dinheiro para a execução dos mesmos. explicou o vice-presidente. Mesmo assim a empresa se propõe a negociar a questão.
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