From Indigenous Peoples in Brazil
News
Sagrado registro cultural
19/02/2001
Autor: Rafaela Giordano
Fonte: Diário Catarinense - Florianópolis - SC
Documentos anexos
índios guarani da aldeia do Morro dos Cavalos lançam CD com 16 canções tradicionais.
O Coral Kuaray Ouá (Renascer do Sol) é um símbolo do renascimento da esperança e recuperação da auto-estima dos índios Mbyá-guarani. As músicas interpretadas pelo grupo resgatam os valores e os mitos do povo. Dezesseis dessas criações integram Mboraí Marae-y (Cantos Sagrados), gravado pelo Coral Kuaray Ouá. Todas as músicas do CD são cantadas em tupi-guarani -a primeira língua aprendida pelos índios. Os intrumentos, assim como as letras e músicas, foram feitos pelos próprios Mbyá-guarani.
No encarte de Mboraí Marae-y, estão as traduções para o português, além de uma leitura antropológica- cultural dos temas das músicas, realizada por professores da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). De acordo com o professor Jaci Rocha Gonçalves, um dos coordenadores do trabalho realizado junto aos Mbyá-guarani, o grupo trata de valores normais da vida, mas dentro de uma referência ao sagrado. "Eles rezam sobre os valores dos caciques, das crianças, soberania da natureza, alguns mitos e acontecimentos dentro da tribo." O contato para apresentações do Coral pode ser feito com o coordenador Gerônimo Afonso da Silva, pelo fone (48) 99600942.
A cultura dos Mbyá-guarani é mostrada ainda em um videodocumentário e em cartões-postais. O Vvy Porã (Terras Boas), realizado em parceria pela Unisul e TV Cultura, foi idealizado e interpretado pelos índios. Em 26 minutos de gravação, eles falam sobre a tribo e seus costumes. Informações sobre o valor do povo guarani estão presentes também em 10 cartões-postais, ilustrados com fotos de índios, da aldeia e de artesanato produzido por eles. Para tornar esses projetos possíveis, os índios contam com o apoio da Unisul.
Os Mbyá-guarani procuraram a universidade no final de 1997. A Unisul auxiliou na construção da Casa do Artesanato Indígena, localizada em Morro dos Cavalos, no interior de Palhoça. Em 1998, foram iniciadas a&visitas de alunos de História, Serviço Social e Comunicação~ aldeia. De acordo com o professor Gonçalves, um dos objetivos das visitas é estimular os estudantes a desenvolverem o profissionalismo de solidariedade civil, ou seja, tornando-se profissionais com compromisso de buscar o bem da totalidade dos cidadãos.
Em uma das primeiras visitas, o grupo de alunos conheceu o coral de crianças e com o tempo e a convivência pensou-se na possibilidade da criação de um CD. Os índios criaram músicas e apresentaram as letras e traduções para o português aos universitários. A idéia passou a integrar o projeto Ações Continuadas Unisul, financiado pela Reitoria da universidade. Os integrantes do projeto criam as condições para: a explicitação cultural e estimulam os índios, mas as letras e músicas são totalmente realizadas pelos Mbyá-guarani.
Gonçalves explica que o povo, dividido nas aldeias de Morro dos Cavalos, Maciambú e Imaruí, é o único no Brasil ainda sem terras demarcadas.
Os aproximadamente 270 índios, desses 85 crianças, vivem em terras protegidas pelo Estado, mas não são os donos. O grupo procura um espaço suficiente para eles e as próximas gerações, onde possam plantar, fazer seus trabalhos e não se perder de sua cultura.
O Coral Kuaray Ouá (Renascer do Sol) é um símbolo do renascimento da esperança e recuperação da auto-estima dos índios Mbyá-guarani. As músicas interpretadas pelo grupo resgatam os valores e os mitos do povo. Dezesseis dessas criações integram Mboraí Marae-y (Cantos Sagrados), gravado pelo Coral Kuaray Ouá. Todas as músicas do CD são cantadas em tupi-guarani -a primeira língua aprendida pelos índios. Os intrumentos, assim como as letras e músicas, foram feitos pelos próprios Mbyá-guarani.
No encarte de Mboraí Marae-y, estão as traduções para o português, além de uma leitura antropológica- cultural dos temas das músicas, realizada por professores da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). De acordo com o professor Jaci Rocha Gonçalves, um dos coordenadores do trabalho realizado junto aos Mbyá-guarani, o grupo trata de valores normais da vida, mas dentro de uma referência ao sagrado. "Eles rezam sobre os valores dos caciques, das crianças, soberania da natureza, alguns mitos e acontecimentos dentro da tribo." O contato para apresentações do Coral pode ser feito com o coordenador Gerônimo Afonso da Silva, pelo fone (48) 99600942.
A cultura dos Mbyá-guarani é mostrada ainda em um videodocumentário e em cartões-postais. O Vvy Porã (Terras Boas), realizado em parceria pela Unisul e TV Cultura, foi idealizado e interpretado pelos índios. Em 26 minutos de gravação, eles falam sobre a tribo e seus costumes. Informações sobre o valor do povo guarani estão presentes também em 10 cartões-postais, ilustrados com fotos de índios, da aldeia e de artesanato produzido por eles. Para tornar esses projetos possíveis, os índios contam com o apoio da Unisul.
Os Mbyá-guarani procuraram a universidade no final de 1997. A Unisul auxiliou na construção da Casa do Artesanato Indígena, localizada em Morro dos Cavalos, no interior de Palhoça. Em 1998, foram iniciadas a&visitas de alunos de História, Serviço Social e Comunicação~ aldeia. De acordo com o professor Gonçalves, um dos objetivos das visitas é estimular os estudantes a desenvolverem o profissionalismo de solidariedade civil, ou seja, tornando-se profissionais com compromisso de buscar o bem da totalidade dos cidadãos.
Em uma das primeiras visitas, o grupo de alunos conheceu o coral de crianças e com o tempo e a convivência pensou-se na possibilidade da criação de um CD. Os índios criaram músicas e apresentaram as letras e traduções para o português aos universitários. A idéia passou a integrar o projeto Ações Continuadas Unisul, financiado pela Reitoria da universidade. Os integrantes do projeto criam as condições para: a explicitação cultural e estimulam os índios, mas as letras e músicas são totalmente realizadas pelos Mbyá-guarani.
Gonçalves explica que o povo, dividido nas aldeias de Morro dos Cavalos, Maciambú e Imaruí, é o único no Brasil ainda sem terras demarcadas.
Os aproximadamente 270 índios, desses 85 crianças, vivem em terras protegidas pelo Estado, mas não são os donos. O grupo procura um espaço suficiente para eles e as próximas gerações, onde possam plantar, fazer seus trabalhos e não se perder de sua cultura.
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