From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Procurador exige plano em reserva indígena
09/03/2001
Autor: Silvana Castro
Fonte: Zero Hora - Porto Alegre - RS
Desnutrição matou 11 crianças
A Procuradoria da República encaminha hoje à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) um documento recomendando que o órgão implante um plano emergencial de controle da mortalidade de crianças indígenas em todo o Estado.
As ações da Funasa deverão ser desenvolvidas em 10 dias, a partir do recebimento do documento, conforme o procurador da República na região de Santo Ângelo, Osmar Veronese.
A fundação terá de elaborar políticas de longo prazo para o combate às carências nutricionais. A medida foi tomada devido à morte, por desnutrição, de 11 crianças na Reserva da Guarita, em Redentora, entre dezembro e março.
Se nada for feito no período estipulado, vamos pensar em responsabilizar a Funasa adiantou o procurador.
Para Veronese, a fundação é a responsável principal pelas condições em que vivem os índios da Reserva da Guarita. Segundo o médico que assinou parte dos óbitos, Ubiratan Vieira, a causa das mortes das crianças, com idade inferior a três anos, é a desnutrição.
As crianças não têm reserva de proteínas e acabam morrendo por infecção intestinal e infecções que levam à falência de órgãos. Para outras crianças, essas infecções seriam normais. Dizer que o índio não tem defesa é uma mentira. É tudo uma questão de alimentação disse o médico.
Segundo Vieira, a alimentação das crianças tem se limitado à ingestão de água, açúcar, café preto e refrigerantes. As mães reclamam a interrupção de programas de distribuição de leite, que impediria que o produto fosse oferecido aos filhos.
Mais duas crianças foram internadas ontem no Hospital Santa Rita, de Redentora. No total, quatro permanecem no local com diagnóstico de desnutrição grave.
Técnicos da Funasa e profissionais da Coordenadoria de Saúde de Palmeira das Missões começaram a percorrer a reserva. A Funasa quer elaborar um relatório que aponte os fatores da mortalidade. Para a Fundação Nacional do Índio (Funai), os óbitos se devem às más condições de vida dos índios e à falta de programas de prevenção de doenças.
A Procuradoria da República encaminha hoje à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) um documento recomendando que o órgão implante um plano emergencial de controle da mortalidade de crianças indígenas em todo o Estado.
As ações da Funasa deverão ser desenvolvidas em 10 dias, a partir do recebimento do documento, conforme o procurador da República na região de Santo Ângelo, Osmar Veronese.
A fundação terá de elaborar políticas de longo prazo para o combate às carências nutricionais. A medida foi tomada devido à morte, por desnutrição, de 11 crianças na Reserva da Guarita, em Redentora, entre dezembro e março.
Se nada for feito no período estipulado, vamos pensar em responsabilizar a Funasa adiantou o procurador.
Para Veronese, a fundação é a responsável principal pelas condições em que vivem os índios da Reserva da Guarita. Segundo o médico que assinou parte dos óbitos, Ubiratan Vieira, a causa das mortes das crianças, com idade inferior a três anos, é a desnutrição.
As crianças não têm reserva de proteínas e acabam morrendo por infecção intestinal e infecções que levam à falência de órgãos. Para outras crianças, essas infecções seriam normais. Dizer que o índio não tem defesa é uma mentira. É tudo uma questão de alimentação disse o médico.
Segundo Vieira, a alimentação das crianças tem se limitado à ingestão de água, açúcar, café preto e refrigerantes. As mães reclamam a interrupção de programas de distribuição de leite, que impediria que o produto fosse oferecido aos filhos.
Mais duas crianças foram internadas ontem no Hospital Santa Rita, de Redentora. No total, quatro permanecem no local com diagnóstico de desnutrição grave.
Técnicos da Funasa e profissionais da Coordenadoria de Saúde de Palmeira das Missões começaram a percorrer a reserva. A Funasa quer elaborar um relatório que aponte os fatores da mortalidade. Para a Fundação Nacional do Índio (Funai), os óbitos se devem às más condições de vida dos índios e à falta de programas de prevenção de doenças.
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