From Indigenous Peoples in Brazil
News
Chegada de índios a reservas causa conflitos
27/03/2001
Autor: Liana John
Fonte: O Estado de S. Paulo (São Paulo - SP)
Em busca do "Éden", eles se instalam em áreas de mata atlântica protegidas por lei
Alheios ao emaranhado de leis ambientais e fundiárias, grupos familiares de índios guaranis ainda hoje empreendem a mítica busca da Terra sem Males nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. O objetivo desses grupos - provenientes do Rio Grande do Sul, da Argentina, Uruguai e Paraguai - é encontrar, nas áreas remanescentes de mata atlântica do litoral paranaense e paulista, os esboços da terra sonhada por seus ancestrais desde o período pré-colombiano.
Como, em conseqüência da destruição, os remanescentes de mata atlântica estão reduzidos a áreas legalmente protegidas - parques nacionais, estaduais, áreas de preservação permanente e reservas particulares -, elas se tornaram o endereço preferido para a instalação das aldeias. E esse movimento acaba gerando conflitos de difícil solução entre ambientalistas e indigenistas e com os vizinhos e administradores das unidades de conservação.
Direitos - O conflito ocorre porque, como os índios estão sujeitos a uma condição especial diante da lei, eles caçam e extraem produtos das matas proibidos aos não-índios. Além disso, em conseqüência da condição de miséria a que foram reduzidos, muitas vezes eles somam à caça de subsistência a coleta de animais para venda ou criação de mascotes (papagaios, micos e macacos, sobretudo) e mesmo para a venda de carne (tatus, aves e pacas).
Um terceiro problema é o extrativismo de palmito, bromélias e orquídeas que, em alguns casos, chega a níveis predatórios. Apenas nas feiras livres de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, estima-se que negociem 50 mil bromélias, 35 mil orquídeas e 100 mil dúzias de palmito por ano. E, finalmente, algumas vezes, os índios são usados como salvo-conduto de traficantes de animais silvestres, palmiteiros e demais aventureiros, especializados na extração ilegal de produtos florestais. Os produtos são transportados em ônibus urbanos e vendidos em feiras livres, diante da Polícia Florestal.
Nas áreas de preservação de São Paulo e Paraná, os índios são poucos e as aldeias discretas, porém a demora na busca de uma solução, por parte das autoridades estaduais e federais, garantiu certa estabilidade às primeiras aldeias, instaladas em unidades de conservação há quase dez anos. E isso vem atraindo mais famílias de guaranis para a região, multiplicando conflitos e debates.
Alheios ao emaranhado de leis ambientais e fundiárias, grupos familiares de índios guaranis ainda hoje empreendem a mítica busca da Terra sem Males nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. O objetivo desses grupos - provenientes do Rio Grande do Sul, da Argentina, Uruguai e Paraguai - é encontrar, nas áreas remanescentes de mata atlântica do litoral paranaense e paulista, os esboços da terra sonhada por seus ancestrais desde o período pré-colombiano.
Como, em conseqüência da destruição, os remanescentes de mata atlântica estão reduzidos a áreas legalmente protegidas - parques nacionais, estaduais, áreas de preservação permanente e reservas particulares -, elas se tornaram o endereço preferido para a instalação das aldeias. E esse movimento acaba gerando conflitos de difícil solução entre ambientalistas e indigenistas e com os vizinhos e administradores das unidades de conservação.
Direitos - O conflito ocorre porque, como os índios estão sujeitos a uma condição especial diante da lei, eles caçam e extraem produtos das matas proibidos aos não-índios. Além disso, em conseqüência da condição de miséria a que foram reduzidos, muitas vezes eles somam à caça de subsistência a coleta de animais para venda ou criação de mascotes (papagaios, micos e macacos, sobretudo) e mesmo para a venda de carne (tatus, aves e pacas).
Um terceiro problema é o extrativismo de palmito, bromélias e orquídeas que, em alguns casos, chega a níveis predatórios. Apenas nas feiras livres de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, estima-se que negociem 50 mil bromélias, 35 mil orquídeas e 100 mil dúzias de palmito por ano. E, finalmente, algumas vezes, os índios são usados como salvo-conduto de traficantes de animais silvestres, palmiteiros e demais aventureiros, especializados na extração ilegal de produtos florestais. Os produtos são transportados em ônibus urbanos e vendidos em feiras livres, diante da Polícia Florestal.
Nas áreas de preservação de São Paulo e Paraná, os índios são poucos e as aldeias discretas, porém a demora na busca de uma solução, por parte das autoridades estaduais e federais, garantiu certa estabilidade às primeiras aldeias, instaladas em unidades de conservação há quase dez anos. E isso vem atraindo mais famílias de guaranis para a região, multiplicando conflitos e debates.
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