From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Morte de índia provoca revolta em Aquidauana
05/06/2001
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande -MS
Adolescente, de 16 anos, morreu após dar à luz gêmeos no último dia 26.
Chefe do Posto da Aldeia Limão Verde acusa negligência do hospital
A morte da índia Elizana Custódio da Silva, 16 anos, no Hospital da Cidade em Aquidauana, poderá ser investigada pela Polícia Civil. A indígena morreu após dar a luz a gêmeos no último dia 26, de choque séptico, infecção e anemia, segundo laudo da unidade hospitalar.O caso causou revolta na população e principalmente na comunidade indígena. De acordo com a denúncia formulada e protocolada no Ministério Público pelas lideranças indígenas da Aldeia Limão Verde, localizada a 15 quilômetros da cidade, Elizana recebeu alta médica sem condições de andar. Por reclamar de dores constantes ela retornou ao hospital no dia 22, vindo a falecer no dia 26.O chefe do posto da aldeia, Mauro de Barros Terena, contou ao Correio do Estado que a comunidade está revoltada com o acontecimento. Nós temos três pessoas que testemunharam os maus-tratos que ela sofreu no hospital, inclusive sofrendo quedas.DenunciaOs índios reclamam que a direção do hospital tentou esconder o fato. De acordo com Terena, o hospital fez duas reuniões com os índios, pedindo para que fossem apontados os funcionários responsáveis pelo episódio. Os familiares não querem demissões de funcionário, como foi proposto na reunião, eles querem uma indenização pela morte da menina, esclarece.Segundo a denúncia apresentada ao Ministério Público, no período do internamento não foi permitido nenhum acompanhante apesar do quadro clínico delicado da paciente.Ainda de acordo com o documento, na enfermaria coletiva a índia sofreu inúmeras quedas ao ser levada ao banheiro e sofrendo maus-tratos das enfermeiras dizendo olha como ela sabe fingir.Procurada pela equipe de reportagem, a diretora do hospital, dra. Célia Vaz de Campos Trindade negou que tenha tentado abafar a situação Sequer ela sabia que esperava gêmeos, não foi feito pré-natal. Após o parto, a paciente teve alta e quando retornou foi constatada infecção puerperal, comentou. A diretora disse que agora aguarda o procedimento da Justiça.O caso revoltou a população, tanto que a Câmara Municipal utilizou a sessão passada para debater o assunto e exigir uma apuração na responsabilidade da morte de Elizana.
Chefe do Posto da Aldeia Limão Verde acusa negligência do hospital
A morte da índia Elizana Custódio da Silva, 16 anos, no Hospital da Cidade em Aquidauana, poderá ser investigada pela Polícia Civil. A indígena morreu após dar a luz a gêmeos no último dia 26, de choque séptico, infecção e anemia, segundo laudo da unidade hospitalar.O caso causou revolta na população e principalmente na comunidade indígena. De acordo com a denúncia formulada e protocolada no Ministério Público pelas lideranças indígenas da Aldeia Limão Verde, localizada a 15 quilômetros da cidade, Elizana recebeu alta médica sem condições de andar. Por reclamar de dores constantes ela retornou ao hospital no dia 22, vindo a falecer no dia 26.O chefe do posto da aldeia, Mauro de Barros Terena, contou ao Correio do Estado que a comunidade está revoltada com o acontecimento. Nós temos três pessoas que testemunharam os maus-tratos que ela sofreu no hospital, inclusive sofrendo quedas.DenunciaOs índios reclamam que a direção do hospital tentou esconder o fato. De acordo com Terena, o hospital fez duas reuniões com os índios, pedindo para que fossem apontados os funcionários responsáveis pelo episódio. Os familiares não querem demissões de funcionário, como foi proposto na reunião, eles querem uma indenização pela morte da menina, esclarece.Segundo a denúncia apresentada ao Ministério Público, no período do internamento não foi permitido nenhum acompanhante apesar do quadro clínico delicado da paciente.Ainda de acordo com o documento, na enfermaria coletiva a índia sofreu inúmeras quedas ao ser levada ao banheiro e sofrendo maus-tratos das enfermeiras dizendo olha como ela sabe fingir.Procurada pela equipe de reportagem, a diretora do hospital, dra. Célia Vaz de Campos Trindade negou que tenha tentado abafar a situação Sequer ela sabia que esperava gêmeos, não foi feito pré-natal. Após o parto, a paciente teve alta e quando retornou foi constatada infecção puerperal, comentou. A diretora disse que agora aguarda o procedimento da Justiça.O caso revoltou a população, tanto que a Câmara Municipal utilizou a sessão passada para debater o assunto e exigir uma apuração na responsabilidade da morte de Elizana.
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