From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
A terra é nossa desde 1500, reagem índios
10/02/2004
Fonte: OESP, Nacional, p. A10
'A terra é nossa desde 1500', reagem índios
Caiovás deixam recado pichado na sede de uma das fazendas desocupadas
"Tekoha Yvv", no dialeto caiovás que quer dizer "Pedro, desculpe por tudo, mas a terra é nossa desde 1500. O prejuízo é do governo". A sentença, foi pichada nas paredes de uma casa destruída parcialmente na Fazenda São Jorge, propriedade de Pedro Fernandes, tentando justificar a destruição promovida pelos indígenas nos 14 imóveis rurais que invadiram este ano, entre os municípios de Iguatemi e Japorã, extremo sul de Mato Grosso do Sul. Um ato dos invasores que marcou profundamente os fazendeiros durante o protesto de sábado em Iguatemi, contra os 3 mil índios caiovás-guaranis que estão desocupando as sedes das fazendas.
O dono da São Jorge, Pedro Fernandes, evitou comentários sobre a inscrição na parede da sede de sua fazenda, dizendo apenas que "providências devem ser tomadas".
A frase indígena foi vista durante uma rápida permanência dos jornalistas no local, sob ordens de índios armados com arco e flecha. A depredação aconteceu logo depois dos caiovás deixarem as casas, e montar barracas de lona nas áreas das propriedades rurais, longe das sedes e moradias dos trabalhadores. Na São Jorge, em Japorã, única que pode ser visitada pela imprensa, os índios destruíram móveis, quebraram vidros e desmontaram máquinas.
Depois da visita, a movimentação indígena era acompanhada a 600 metros, com binóculos. "Estou vendo eles retirarem uma porta da casa e um freezer, levando em direção à aldeia", disse, disse o produtor Valfrido Medeiros Chaves. A aldeia é a Porto Lindo que fica próximo da área invadida, e serve como centro de concentração de outros grupos indígenas que participam das invasões.
Segundo os fazendeiros, pelo menos dez imóveis construídos foram destruídos em três fazendas de Japorã.
Senadores - Uma comissão de senadores - Delcídio do Amaral (PT-MT), Romero Jucá (PMDB-RR), Jéferson Perez (PDT-AM) e Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) - deve chegar na sexta-feira para verificar a situação de conflito entre Iguatemi e Japorã. O grupo já visitou outras áreas no Brasil com o mesmo problema. Segundo Delcídio, um dos passos a serem tomados para diminuir tensões do gênero no País, é tirar da Fundação Nacional do Índio (Funai), o poder de identificar e delimitar terras indígenas. (J.N.O.)
OESP, 10/02/2004, Naciona, p. A10
Caiovás deixam recado pichado na sede de uma das fazendas desocupadas
"Tekoha Yvv", no dialeto caiovás que quer dizer "Pedro, desculpe por tudo, mas a terra é nossa desde 1500. O prejuízo é do governo". A sentença, foi pichada nas paredes de uma casa destruída parcialmente na Fazenda São Jorge, propriedade de Pedro Fernandes, tentando justificar a destruição promovida pelos indígenas nos 14 imóveis rurais que invadiram este ano, entre os municípios de Iguatemi e Japorã, extremo sul de Mato Grosso do Sul. Um ato dos invasores que marcou profundamente os fazendeiros durante o protesto de sábado em Iguatemi, contra os 3 mil índios caiovás-guaranis que estão desocupando as sedes das fazendas.
O dono da São Jorge, Pedro Fernandes, evitou comentários sobre a inscrição na parede da sede de sua fazenda, dizendo apenas que "providências devem ser tomadas".
A frase indígena foi vista durante uma rápida permanência dos jornalistas no local, sob ordens de índios armados com arco e flecha. A depredação aconteceu logo depois dos caiovás deixarem as casas, e montar barracas de lona nas áreas das propriedades rurais, longe das sedes e moradias dos trabalhadores. Na São Jorge, em Japorã, única que pode ser visitada pela imprensa, os índios destruíram móveis, quebraram vidros e desmontaram máquinas.
Depois da visita, a movimentação indígena era acompanhada a 600 metros, com binóculos. "Estou vendo eles retirarem uma porta da casa e um freezer, levando em direção à aldeia", disse, disse o produtor Valfrido Medeiros Chaves. A aldeia é a Porto Lindo que fica próximo da área invadida, e serve como centro de concentração de outros grupos indígenas que participam das invasões.
Segundo os fazendeiros, pelo menos dez imóveis construídos foram destruídos em três fazendas de Japorã.
Senadores - Uma comissão de senadores - Delcídio do Amaral (PT-MT), Romero Jucá (PMDB-RR), Jéferson Perez (PDT-AM) e Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) - deve chegar na sexta-feira para verificar a situação de conflito entre Iguatemi e Japorã. O grupo já visitou outras áreas no Brasil com o mesmo problema. Segundo Delcídio, um dos passos a serem tomados para diminuir tensões do gênero no País, é tirar da Fundação Nacional do Índio (Funai), o poder de identificar e delimitar terras indígenas. (J.N.O.)
OESP, 10/02/2004, Naciona, p. A10
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source