From Indigenous Peoples in Brazil
News
Caiovás fazem procurador refém
16/01/2004
Fonte: CB, Brasil, p.15
Caiovás fazem procurador refém
A situação fica cada dia mais tensa no Mato Grosso do Sul. Armados com arcos e lanças, índios fizeram reféns ontem o procurador da República Ramiro Rockenbach da Silva, uma equipe de TV e um fotógrafo, no extremo sul do estado. O procurador foi até uma área invadida pelos indígenas acompanhado dos jornalistas para comunicar aos caiovás-guaranis a decisão do juiz federal Odilon de Oliveira de despejar os ocupantes das 14 fazendas invadidas em Iguatemi e Japorã.
Logo depois do comunicado, os índios cercaram os visitantes. Depois, disseram que estão dispostos a lutar contra as tentativas de tirá-los das propriedades rurais que tenham invadido. Não foi notado o uso de armas de fogo entre os índios. ''Se voltarem aqui não sairão mais'', advertiu um líder dos invasores.
Além do procurador, foram detidos o repórter Ginez Cesar da TV Sulamérica (afiliada da TV Globo em Dourados), o repórter-cinematográfico Oséias Medeiros e o repórter-fotográfico do jornal Diário MS, de Dourados, Ademir Almeida. Desde 22 de dezembro, quando começaram as invasões, os índios já tinham feito 22 reféns, todos soltos horas depois.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi notificada ontem sobre a reintegração de posse concedida aos fazendeiros. Ramiro Rockenbach afirmou que o Ministério Público Federal vai recorrer contra a medida do juiz Odilon de Oliveira. ''As terras em questão são realmente indígenas'', disse.
Ponte interditada
Em Roraima, uma semana depois de encerrado o movimento que praticamente isolou o estado, 80 índios interditaram a ponte sobre o Rio Contão. A ação, tomada por lideranças, impede o acesso ao município de Uiramutã, no nordeste do Estado. Os índios são contrários à demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.
Segundo o presidente da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), Silvestre Leocádio, a intenção não é impedir o direito de ir e vir das pessoas. ''Estamos conversando com as pessoas e mostrando nossa indignação.''
CB, 16/01/2004, Brasil, p. 15
A situação fica cada dia mais tensa no Mato Grosso do Sul. Armados com arcos e lanças, índios fizeram reféns ontem o procurador da República Ramiro Rockenbach da Silva, uma equipe de TV e um fotógrafo, no extremo sul do estado. O procurador foi até uma área invadida pelos indígenas acompanhado dos jornalistas para comunicar aos caiovás-guaranis a decisão do juiz federal Odilon de Oliveira de despejar os ocupantes das 14 fazendas invadidas em Iguatemi e Japorã.
Logo depois do comunicado, os índios cercaram os visitantes. Depois, disseram que estão dispostos a lutar contra as tentativas de tirá-los das propriedades rurais que tenham invadido. Não foi notado o uso de armas de fogo entre os índios. ''Se voltarem aqui não sairão mais'', advertiu um líder dos invasores.
Além do procurador, foram detidos o repórter Ginez Cesar da TV Sulamérica (afiliada da TV Globo em Dourados), o repórter-cinematográfico Oséias Medeiros e o repórter-fotográfico do jornal Diário MS, de Dourados, Ademir Almeida. Desde 22 de dezembro, quando começaram as invasões, os índios já tinham feito 22 reféns, todos soltos horas depois.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi notificada ontem sobre a reintegração de posse concedida aos fazendeiros. Ramiro Rockenbach afirmou que o Ministério Público Federal vai recorrer contra a medida do juiz Odilon de Oliveira. ''As terras em questão são realmente indígenas'', disse.
Ponte interditada
Em Roraima, uma semana depois de encerrado o movimento que praticamente isolou o estado, 80 índios interditaram a ponte sobre o Rio Contão. A ação, tomada por lideranças, impede o acesso ao município de Uiramutã, no nordeste do Estado. Os índios são contrários à demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.
Segundo o presidente da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), Silvestre Leocádio, a intenção não é impedir o direito de ir e vir das pessoas. ''Estamos conversando com as pessoas e mostrando nossa indignação.''
CB, 16/01/2004, Brasil, p. 15
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