From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Decisão da Justiça alivia tensão em MS
23/01/2004
Fonte: O Globo, O País, p.12
Decisão da Justiça alivia tensão em MS
Paulo Yafusso.
Especial para O GLOBO, CAMPO GRANDE.
A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de suspender a ordem de desocupação das 14 fazendas invadidas pelos índios guarani-caiovás aliviou o clima de tensão nas cidades de Iguatemi e Japorã, no extremo Sul de Mato Grosso do Sul. A polícia não registrou qualquer conflito entre índios e fazendeiros, como o que ocorreu na quarta-feira, quando pelo menos duas pessoas ficaram feridas numa briga que durou quase dez minutos.
Três mil índios participam de invasões
Desde meados de dezembro, cerca de três mil índios invadiram 14 propriedades rurais. Por determinação do juiz federal Odilon de Oliveira, eles tinham prazo até anteontem para sair da área, mas na quarta-feira a desembargadora Consuelo Yoshida, do Tribunal Regional Federal em São Paulo, suspendeu a desocupação e deu um prazo de 20 dias para que as duas partes chegam a um acordo sobre a posse das terras.
Os índios reivindicam a ampliação da reserva indígena de Porto Lindo, em Japorã, dos atuais 1,6 mil hectares para 9,4 mil hectares. Eles afirmam que as áreas invadidas pertenciam a seus ancestrais. No fim da manhã de ontem, uma reunião na Superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande, discutiu a decisão da desembargadora do TRF. Participaram o juiz Oliveira, o superintendente da PF no Estado, Wantuir Jacini, e o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Dagoberto Nogueira Filho.
Estratégia para desocupação é mantida
No encontro, ficou decidido que a estratégia para a desocupação das áreas será mantida, embora a reintegração de posse esteja temporariamente suspensa. O plano prevê usar até 600 policiais para a retirada dos índios. Nogueira Filho explicou que o cumprimento do mandado de reintegração de posse seria difícil e que ainda há risco de a situação fugir do controle caso não seja encontrada uma solução pacífica para o conflito entre os guaranis-caiovás e os fazendeiros. Sem a presença dos fazendeiros, os índios passaram o dia de ontem às margens do Rio Iguatemi. Eles avaliaram a situação na região e fizeram uma vigília. A Polícia Militar vem realizando rondas periódicas, para evitar novos conflitos.
O Globo, 23/01/2004, p. 12.
Paulo Yafusso.
Especial para O GLOBO, CAMPO GRANDE.
A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de suspender a ordem de desocupação das 14 fazendas invadidas pelos índios guarani-caiovás aliviou o clima de tensão nas cidades de Iguatemi e Japorã, no extremo Sul de Mato Grosso do Sul. A polícia não registrou qualquer conflito entre índios e fazendeiros, como o que ocorreu na quarta-feira, quando pelo menos duas pessoas ficaram feridas numa briga que durou quase dez minutos.
Três mil índios participam de invasões
Desde meados de dezembro, cerca de três mil índios invadiram 14 propriedades rurais. Por determinação do juiz federal Odilon de Oliveira, eles tinham prazo até anteontem para sair da área, mas na quarta-feira a desembargadora Consuelo Yoshida, do Tribunal Regional Federal em São Paulo, suspendeu a desocupação e deu um prazo de 20 dias para que as duas partes chegam a um acordo sobre a posse das terras.
Os índios reivindicam a ampliação da reserva indígena de Porto Lindo, em Japorã, dos atuais 1,6 mil hectares para 9,4 mil hectares. Eles afirmam que as áreas invadidas pertenciam a seus ancestrais. No fim da manhã de ontem, uma reunião na Superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande, discutiu a decisão da desembargadora do TRF. Participaram o juiz Oliveira, o superintendente da PF no Estado, Wantuir Jacini, e o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Dagoberto Nogueira Filho.
Estratégia para desocupação é mantida
No encontro, ficou decidido que a estratégia para a desocupação das áreas será mantida, embora a reintegração de posse esteja temporariamente suspensa. O plano prevê usar até 600 policiais para a retirada dos índios. Nogueira Filho explicou que o cumprimento do mandado de reintegração de posse seria difícil e que ainda há risco de a situação fugir do controle caso não seja encontrada uma solução pacífica para o conflito entre os guaranis-caiovás e os fazendeiros. Sem a presença dos fazendeiros, os índios passaram o dia de ontem às margens do Rio Iguatemi. Eles avaliaram a situação na região e fizeram uma vigília. A Polícia Militar vem realizando rondas periódicas, para evitar novos conflitos.
O Globo, 23/01/2004, p. 12.
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