From Indigenous Peoples in Brazil
News
Fazendas tomadas
07/01/2004
Fonte: CB, Brasil, p.12
Fazendas tomadas
Mais de três mil índios caiová-guarani estão tomando de assalto fazendas, sítios e chácaras, em um raio de quase 10 mil hectares, entre os municípios de Iguatemi e Japorã, no extremo sul de Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. São terras indígenas, segundo estudos da Fundação Nacional do Índio (Funai). Proprietários, arrendatários e funcionários dos imóveis rurais são expulsos por índios montados a cavalo, pintados para guerra, armados com arcos, flechas e tacapes.
A última ocupação ocorreu na madrugada de ontem na Fazenda São Miguel, em Iguatemi. Os caiová-guarani chegaram fazendo muito barulho e os moradores fugiram apenas com as roupas do corpo. As investidas começaram em 22 de dezembro, com a entrada na Fazenda Paloma, em Iguatemi. O arrendatário da terra mora no Paraná e quer destruir os 400 hectares de soja que plantou, com pulverização de veneno, disse o chefe de Patrimônio e Meio Ambiente da Funai, Cleomar Vaz Machado.
A situação não é brincadeira. Os índios são aldeados, não têm nem tiveram contato com a população urbana, vivem em matas fechadas. Portanto, são potencialmente perigosos, advertiu Cleomar. As áreas ocupadas são as fazendas Paloma, São Jorge, Mato Sujo, São Miguel e Remanso. Nesta semana, os indígenas marcaram invasões para as fazendas Chaparral, Indianópolis e Princesa do Sul, todas na área de conflito.
Hoje, uma equipe de antropólogos, indigenistas e dirigentes da Funai em Brasília vai conversar com os 1.500 índios que estão nas fazendas e outros cerca dois mil acampados nas entradas principais de imóveis que pretendem invadir. A decisão dos invasores é anexar a Aldeia Porto Lindo, com 1.600 hectares, todas as áreas que estão tomando até completar 9.400 hectares, que segundo estudos da Funai pertencem aos caiová-guarani.
CB, 07/01/2004, p. 12.
Mais de três mil índios caiová-guarani estão tomando de assalto fazendas, sítios e chácaras, em um raio de quase 10 mil hectares, entre os municípios de Iguatemi e Japorã, no extremo sul de Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. São terras indígenas, segundo estudos da Fundação Nacional do Índio (Funai). Proprietários, arrendatários e funcionários dos imóveis rurais são expulsos por índios montados a cavalo, pintados para guerra, armados com arcos, flechas e tacapes.
A última ocupação ocorreu na madrugada de ontem na Fazenda São Miguel, em Iguatemi. Os caiová-guarani chegaram fazendo muito barulho e os moradores fugiram apenas com as roupas do corpo. As investidas começaram em 22 de dezembro, com a entrada na Fazenda Paloma, em Iguatemi. O arrendatário da terra mora no Paraná e quer destruir os 400 hectares de soja que plantou, com pulverização de veneno, disse o chefe de Patrimônio e Meio Ambiente da Funai, Cleomar Vaz Machado.
A situação não é brincadeira. Os índios são aldeados, não têm nem tiveram contato com a população urbana, vivem em matas fechadas. Portanto, são potencialmente perigosos, advertiu Cleomar. As áreas ocupadas são as fazendas Paloma, São Jorge, Mato Sujo, São Miguel e Remanso. Nesta semana, os indígenas marcaram invasões para as fazendas Chaparral, Indianópolis e Princesa do Sul, todas na área de conflito.
Hoje, uma equipe de antropólogos, indigenistas e dirigentes da Funai em Brasília vai conversar com os 1.500 índios que estão nas fazendas e outros cerca dois mil acampados nas entradas principais de imóveis que pretendem invadir. A decisão dos invasores é anexar a Aldeia Porto Lindo, com 1.600 hectares, todas as áreas que estão tomando até completar 9.400 hectares, que segundo estudos da Funai pertencem aos caiová-guarani.
CB, 07/01/2004, p. 12.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source