From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Funai alerta para novos conflitos em reserva
30/04/2004
Fonte: O Globo, O Pais, p.13
Funai alerta para novos conflitos em reserva
Rodrigo Rangel, BRASÍLIA.
A Funai alertou ontem para a possibilidade de novos conflitos entre cintas-largas e garimpeiros na reserva Roosevelt, em Rondônia. O alerta foi feito após um cacique cinta-larga informar a representantes do órgão no estado que guerreiros da tribo encontraram um grupo de "cem a 200 garimpeiros" na área. A possibilidade de garimpeiros terem entrado na reserva põe em xeque o trabalho da força-tarefa comandada pela Polícia Federal que, desde a semana passada, cerca a área para evitar a exploração ilegal das jazidas de diamante. Polícia Federal fez buscas na reserva após o aviso A Polícia Federal em Brasília informou que agentes fizeram diligências na reserva assim que foram avisados pela Funai sobre nova entrada de garimpeiros no local. Até o início da noite de ontem, os policiais não haviam encontrado os garimpeiros. A tarefa é difícil por dois motivos: a área é de mata fechada e bastante extensa as terras dos cintas-largas somam 2,7 milhões de hectares. Os números da PF, entretanto, divergiam dos da Funai. Segundo informações dos policiais, o grupo que teria invadido a reserva seria composto por cerca de 40 garimpeiros. Não teria entre cem e 200 homens, como informara a Funai. A Funai recebeu as informações do cacique Pandere Cinta-Larga, um dos responsáveis pelo gerenciamento da extração de diamantes. Segundo ele, os garimpeiros foram localizados num local próximo à Grota do Sossego, onde aconteceu o conflito de 7 de abril, quando os cintas-largas mataram pelo menos 29 garimpeiros a tiros, flechadas e golpes de bordunas. Cacique não descartou novos confrontos Em entrevista anteontem ao GLOBO, o cacique Pio Cinta-Larga, um dos principais chefes da tribo, disse que outros garimpeiros que, porventura, fossem localizados pelos guerreiros seriam capturados e levados até a aldeia. Mas ao ser indagado sobre possibilidade de novos assassinatos, o cacique respondeu: Só se teimarem. Os caciques Pio e João Bravo prestaram depoimento esta semana na Justiça Federal, em Porto Velho, onde respondem a processo por formação de quadrilha e por exploração ilegal de garimpo.
O Globo, 30/04/2004, p. 13
Rodrigo Rangel, BRASÍLIA.
A Funai alertou ontem para a possibilidade de novos conflitos entre cintas-largas e garimpeiros na reserva Roosevelt, em Rondônia. O alerta foi feito após um cacique cinta-larga informar a representantes do órgão no estado que guerreiros da tribo encontraram um grupo de "cem a 200 garimpeiros" na área. A possibilidade de garimpeiros terem entrado na reserva põe em xeque o trabalho da força-tarefa comandada pela Polícia Federal que, desde a semana passada, cerca a área para evitar a exploração ilegal das jazidas de diamante. Polícia Federal fez buscas na reserva após o aviso A Polícia Federal em Brasília informou que agentes fizeram diligências na reserva assim que foram avisados pela Funai sobre nova entrada de garimpeiros no local. Até o início da noite de ontem, os policiais não haviam encontrado os garimpeiros. A tarefa é difícil por dois motivos: a área é de mata fechada e bastante extensa as terras dos cintas-largas somam 2,7 milhões de hectares. Os números da PF, entretanto, divergiam dos da Funai. Segundo informações dos policiais, o grupo que teria invadido a reserva seria composto por cerca de 40 garimpeiros. Não teria entre cem e 200 homens, como informara a Funai. A Funai recebeu as informações do cacique Pandere Cinta-Larga, um dos responsáveis pelo gerenciamento da extração de diamantes. Segundo ele, os garimpeiros foram localizados num local próximo à Grota do Sossego, onde aconteceu o conflito de 7 de abril, quando os cintas-largas mataram pelo menos 29 garimpeiros a tiros, flechadas e golpes de bordunas. Cacique não descartou novos confrontos Em entrevista anteontem ao GLOBO, o cacique Pio Cinta-Larga, um dos principais chefes da tribo, disse que outros garimpeiros que, porventura, fossem localizados pelos guerreiros seriam capturados e levados até a aldeia. Mas ao ser indagado sobre possibilidade de novos assassinatos, o cacique respondeu: Só se teimarem. Os caciques Pio e João Bravo prestaram depoimento esta semana na Justiça Federal, em Porto Velho, onde respondem a processo por formação de quadrilha e por exploração ilegal de garimpo.
O Globo, 30/04/2004, p. 13
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