From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Há 99 garimpeiros desaparecidos em RO
20/04/2004
Fonte: OESP, Nacional, p. A10
Há 99 garimpeiros desaparecidos em RO
Há risco de novos conflitos na reserva dos cintas-largas, segundo a Polícia Federal
EDSON LUIZ. Enviado especial
PORTO VELHO - A área de inteligência da Polícia Federal revelou que vários índios cintas-largas estão fortemente armados dentro da Reserva Roosevelt, entre Cacoal e Pimenta Bueno, no interior de Rondônia, prontos para enfrentar qualquer grupo de garimpeiros que entre na área. O clima de tensão é grande, apesar do aparato policial na região, depois da morte de 29 mineradores, na Semana Santa. O Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia afirma que outras 99 pessoas estão desaparecidas e 35 delas podem estar mortas.
A Polícia Federal conseguiu retirar ontem da reserva e levar para Porto Velho 26 corpos de garimpeiros - outros 3 já tinham sido resgatados. As buscas a outros garimpeiros supostamente assassinados foram praticamente encerradas por causa das chuvas. Já em estado de decomposição, os corpos foram envoltos em redes e transportados de helicópteros até uma base da PF no meio da floresta, de onde foram levados de avião até a capital do Estado, onde será feita a necropsia.
A decisão de levar os corpos para Porto Velho foi tomada para evitar um clima de tensão e confronto entre índios e parentes e amigos dos mortos em Espigão D'Oeste, onde a maioria morava. "Nós acreditamos na lei e na Justiça, por isso não haverá retaliação", disse um dos diretores do Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia, que prefere manter-se no anonimato por ordem da própria PF. "Podemos dar informações, sem revelar nomes."
A maior parte dos índios cintas-largas que viviam entre Pimenta Bueno, Cacoal e Espigão D'Oeste voltou para as aldeias dentro da Reserva Roosevelt, temendo represálias. Segundo fontes da área de inteligência da PF, muito deles estão com armas de grosso calibre esperando uma reação de garimpeiros.
"Estamos fazendo de tudo para manter a tranqüilidade na região e evitar reações de um lado ou de outro", afirmou o delegado Mauro Spósito, coordenador-geral de operações especiais de fronteira.
Sem notícias - Mas, segundo o sindicato dos garimpeiros, ainda há pelo menos 99 mineradores dentro da reserva sem dar notícias. "Não temos informações há 15 dias", diz um dirigente, informando que 35 garimpeiros podem ter sido assassinados. "Estamos dando eles como mortos, por causa das informações que recebemos sobre eles."
Segundo as informações, eles estavam distante dos 29 mortos já resgatados e teriam sido dominados depois. Outros 64 mineradores também estão desaparecidos.
Fontes da PF confirmaram que o massacre pode ter sido bem maior do que o revelado até agora. "É quase certo que existam pelo menos mais 10 pessoas mortas dentro da reserva, mas o número pode ser três vezes maior. No entanto, é necessário uma busca minuciosa, o que é quase impossível dentro de uma floresta fechada, como esta", diz a fonte da Polícia Federal. O delegado Spósito, que coordena os trabalhos na região, não confirmou a informação.
OESP, 20/04/2004, Nacional, p. A1 e A10
Há risco de novos conflitos na reserva dos cintas-largas, segundo a Polícia Federal
EDSON LUIZ. Enviado especial
PORTO VELHO - A área de inteligência da Polícia Federal revelou que vários índios cintas-largas estão fortemente armados dentro da Reserva Roosevelt, entre Cacoal e Pimenta Bueno, no interior de Rondônia, prontos para enfrentar qualquer grupo de garimpeiros que entre na área. O clima de tensão é grande, apesar do aparato policial na região, depois da morte de 29 mineradores, na Semana Santa. O Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia afirma que outras 99 pessoas estão desaparecidas e 35 delas podem estar mortas.
A Polícia Federal conseguiu retirar ontem da reserva e levar para Porto Velho 26 corpos de garimpeiros - outros 3 já tinham sido resgatados. As buscas a outros garimpeiros supostamente assassinados foram praticamente encerradas por causa das chuvas. Já em estado de decomposição, os corpos foram envoltos em redes e transportados de helicópteros até uma base da PF no meio da floresta, de onde foram levados de avião até a capital do Estado, onde será feita a necropsia.
A decisão de levar os corpos para Porto Velho foi tomada para evitar um clima de tensão e confronto entre índios e parentes e amigos dos mortos em Espigão D'Oeste, onde a maioria morava. "Nós acreditamos na lei e na Justiça, por isso não haverá retaliação", disse um dos diretores do Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia, que prefere manter-se no anonimato por ordem da própria PF. "Podemos dar informações, sem revelar nomes."
A maior parte dos índios cintas-largas que viviam entre Pimenta Bueno, Cacoal e Espigão D'Oeste voltou para as aldeias dentro da Reserva Roosevelt, temendo represálias. Segundo fontes da área de inteligência da PF, muito deles estão com armas de grosso calibre esperando uma reação de garimpeiros.
"Estamos fazendo de tudo para manter a tranqüilidade na região e evitar reações de um lado ou de outro", afirmou o delegado Mauro Spósito, coordenador-geral de operações especiais de fronteira.
Sem notícias - Mas, segundo o sindicato dos garimpeiros, ainda há pelo menos 99 mineradores dentro da reserva sem dar notícias. "Não temos informações há 15 dias", diz um dirigente, informando que 35 garimpeiros podem ter sido assassinados. "Estamos dando eles como mortos, por causa das informações que recebemos sobre eles."
Segundo as informações, eles estavam distante dos 29 mortos já resgatados e teriam sido dominados depois. Outros 64 mineradores também estão desaparecidos.
Fontes da PF confirmaram que o massacre pode ter sido bem maior do que o revelado até agora. "É quase certo que existam pelo menos mais 10 pessoas mortas dentro da reserva, mas o número pode ser três vezes maior. No entanto, é necessário uma busca minuciosa, o que é quase impossível dentro de uma floresta fechada, como esta", diz a fonte da Polícia Federal. O delegado Spósito, que coordena os trabalhos na região, não confirmou a informação.
OESP, 20/04/2004, Nacional, p. A1 e A10
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