From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios resistem à ordem de desocupar prédio
22/01/2005
Fonte: O Globo, O País, p. 2, 13
Índios resistem à ordem de desocupar prédio
Em Manaus, 350 indígenas incendeiam pneus e não permitem execução de mandado de reintegração da sede da Funai
Índios da etnia mura que ocupam há três semanas o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Manaus resistiram violentamente ao mandado de reintegração de posse concedido pela juíza federal substituta Raquel Soares Chiarelli. Os indígenas atearam fogo em pneus, agrediram o funcionário da Funai Júlio Reis, que é assessor da diretoria, e fotógrafos. Depois, ameaçaram ainda incendiar o prédio se a Polícia Federal tentasse fazer a desocupação à força.
Pintados para guerra, aproximadamente 350 índios, entre eles 50 crianças, fizeram uma barreira em frente ao prédio quando o oficial de Justiça foi notificá-los sobre o mandado expedido na quarta-feira à tarde.
- Só vamos sair daqui quando tivermos uma resposta positiva para nossas reivindicações - disse o tuxaua mura, Antônio Batista Mota, de 68 anos, líder de 900 muras que vivem na aldeia Tauari, no município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).
Indígenas querem demarcação de suas terras
Os muras querem a retomada do processo de demarcação das terras e a demissão do administrador regional da Funai no Amazonas, Benedito Rangel, no cargo há 10 anos.
- Ele nunca fez nada por nós até agora e não vai fazer se continuar - disse Mota.
Benedito Rangel não quis falar sobre a acusação dos índios, mas já pôs o cargo à disposição do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes.
Sobre as agressões de ontem, o tuxaua mura afirma que Júlio Reis estava espionando os índios disfarçado de fotógrafo. Quando foi reconhecido, os índios passaram a agredi-lo com socos e porretes. Antônio Batista disse que a disposição dos índios rebelados é de "matar ou morrer", tanto que prepararam flechas com veneno na ponta para resistir em caso de tentativa de desocupação.
Um delegado da Polícia Federal disse que a PF vai deixar os índios sem água e luz e sem acesso a comida.
O Globo, 22/01/2005, O País, p. 2, 13
Em Manaus, 350 indígenas incendeiam pneus e não permitem execução de mandado de reintegração da sede da Funai
Índios da etnia mura que ocupam há três semanas o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Manaus resistiram violentamente ao mandado de reintegração de posse concedido pela juíza federal substituta Raquel Soares Chiarelli. Os indígenas atearam fogo em pneus, agrediram o funcionário da Funai Júlio Reis, que é assessor da diretoria, e fotógrafos. Depois, ameaçaram ainda incendiar o prédio se a Polícia Federal tentasse fazer a desocupação à força.
Pintados para guerra, aproximadamente 350 índios, entre eles 50 crianças, fizeram uma barreira em frente ao prédio quando o oficial de Justiça foi notificá-los sobre o mandado expedido na quarta-feira à tarde.
- Só vamos sair daqui quando tivermos uma resposta positiva para nossas reivindicações - disse o tuxaua mura, Antônio Batista Mota, de 68 anos, líder de 900 muras que vivem na aldeia Tauari, no município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).
Indígenas querem demarcação de suas terras
Os muras querem a retomada do processo de demarcação das terras e a demissão do administrador regional da Funai no Amazonas, Benedito Rangel, no cargo há 10 anos.
- Ele nunca fez nada por nós até agora e não vai fazer se continuar - disse Mota.
Benedito Rangel não quis falar sobre a acusação dos índios, mas já pôs o cargo à disposição do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes.
Sobre as agressões de ontem, o tuxaua mura afirma que Júlio Reis estava espionando os índios disfarçado de fotógrafo. Quando foi reconhecido, os índios passaram a agredi-lo com socos e porretes. Antônio Batista disse que a disposição dos índios rebelados é de "matar ou morrer", tanto que prepararam flechas com veneno na ponta para resistir em caso de tentativa de desocupação.
Um delegado da Polícia Federal disse que a PF vai deixar os índios sem água e luz e sem acesso a comida.
O Globo, 22/01/2005, O País, p. 2, 13
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