From Indigenous Peoples in Brazil
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News
ÍNDIOS ESTÃO DISPOSTOS A MANTER OCUPAÇÕES
23/10/2001
Autor: Ana Cristina Oliveira
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Os índios pataxós já ocuparam, nos últimos quatro dias, cerca de 60 fazendas, na região de
Água Vermelha e na divisa de Pau Brasil com o município de Itaju do Colônia. Dentre elas,
uma pertence ao secretário estadual de Agricultura, Pedro Barbosa de Deus, que estaria entre
os 10% dos fazendeiros que detêm a maior parte das terras dentro da reserva pataxó e estão
emperrando o processo, porque não desejam negociar com a Funai.
Com as novas ações, chegam a 100 as propriedades retomadas desde 1982, menos de 10 mil
hectares dos 54,1 mil reivindicados pelos pataxós. Ontem, o clima estava mais tenso e a
cidade ganhou um reforço de policiais militares de Camacan, que fizeram barreiras e vistoria
nos veículos que chegavam ou se dirigiam à área de conflito. Durante a madrugada, os índios
ouviram tiroteios e o chefe do posto da Funai, Alberto Evangelista, recebeu telefonemas com
ameaças de morte.
Na manhã de ontem, Alberto Evangelista conseguiu negociar uma trégua com os índios, na
expectativa de que a Funai, em Brasília, enviasse à procuradora Ana Maria Carvalho, que está
em Porto Seguro, uma cópia da portaria autorizando um Grupo Técnico (GT) a vistoriar as
propriedades, para indenizar os fazendeiros. O documento só foi enviado no final da tarde.
Por falta da cópia da portaria, ontem, a procuradora cancelou uma reunião com os fazendeiros,
que será realizada na tarde de hoje. O adiamento aumentou o clima de desconfiança do grupo
com a Funai. Os fazendeiros consideram um descaso do Supremo Tribunal Federal a demora
de 19 anos para julgar a ação de nulidade dos títulos de propriedade que eles detêm. Também
acusam o governo do Estado, que sempre foi parceiro, inclusive na concessão desses títulos,
de os abandonar, quando tem poder político para apressar a decisão do STF.
Na conversa que Evangelista teve ontem com o cacique Gerson Melo, ficou definido que os
índios vão propor à Funai que utilize o convênio assinado há dois anos com o Incra, para que
os fazendeiros com até 100 hectares sejam assentados em terras do Estado
Água Vermelha e na divisa de Pau Brasil com o município de Itaju do Colônia. Dentre elas,
uma pertence ao secretário estadual de Agricultura, Pedro Barbosa de Deus, que estaria entre
os 10% dos fazendeiros que detêm a maior parte das terras dentro da reserva pataxó e estão
emperrando o processo, porque não desejam negociar com a Funai.
Com as novas ações, chegam a 100 as propriedades retomadas desde 1982, menos de 10 mil
hectares dos 54,1 mil reivindicados pelos pataxós. Ontem, o clima estava mais tenso e a
cidade ganhou um reforço de policiais militares de Camacan, que fizeram barreiras e vistoria
nos veículos que chegavam ou se dirigiam à área de conflito. Durante a madrugada, os índios
ouviram tiroteios e o chefe do posto da Funai, Alberto Evangelista, recebeu telefonemas com
ameaças de morte.
Na manhã de ontem, Alberto Evangelista conseguiu negociar uma trégua com os índios, na
expectativa de que a Funai, em Brasília, enviasse à procuradora Ana Maria Carvalho, que está
em Porto Seguro, uma cópia da portaria autorizando um Grupo Técnico (GT) a vistoriar as
propriedades, para indenizar os fazendeiros. O documento só foi enviado no final da tarde.
Por falta da cópia da portaria, ontem, a procuradora cancelou uma reunião com os fazendeiros,
que será realizada na tarde de hoje. O adiamento aumentou o clima de desconfiança do grupo
com a Funai. Os fazendeiros consideram um descaso do Supremo Tribunal Federal a demora
de 19 anos para julgar a ação de nulidade dos títulos de propriedade que eles detêm. Também
acusam o governo do Estado, que sempre foi parceiro, inclusive na concessão desses títulos,
de os abandonar, quando tem poder político para apressar a decisão do STF.
Na conversa que Evangelista teve ontem com o cacique Gerson Melo, ficou definido que os
índios vão propor à Funai que utilize o convênio assinado há dois anos com o Incra, para que
os fazendeiros com até 100 hectares sejam assentados em terras do Estado
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