From Indigenous Peoples in Brazil
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Noticias
Índios não avançam na educação
19/12/2001
Autor: FERNANDO SCHELLER
Fonte: A Gazeta do Povo-Curitiba-PR
Estado tem dificuldade para manter alunos caingangues e guaranis nas escolas
Um censo divulgado ontem, pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que o Brasil tem atualmente 93 mil alunos matriculados na educação indígena, sendo que 81% destes estudantes cursam o ensino fundamental. No Paraná, segundo a Secretaria Estadual de Educação, são aproximadamente 2,3 mil alunos INDÍGENAS - das tribos caingangue e tupi-guarani -, sendo que 83,5% estão no ensino básico, de 1.ª a 4.ª série.
Os números mostram que a educação dos índios ainda está ligada mais à alfabetização do que na construção de uma base cultural continuada. No Paraná, somente 315 integrantes de áreas INDÍGENAS do estado cursam entre a 5.ª e 8.ª séries do ensino fundamental e 65 estão no ensino médio. Os INDÍGENAS ocupam atualmente apenas dez vagas nas universidades do estado.
Além da necessidade de que os alunos permaneçam mais tempo na escola, a técnica pedagógica da Secretaria de Educação, Vilmara Sueli Cavichiolo, diz que é necessário manter viva a língua materna das tribos. Por isso, no Paraná, o ensino aos INDÍGENAS é ministrado de forma bilíngüe.
Para treinar os professores dentro das necessidades das 17 áreas INDÍGENAS do Paraná, localizadas em 20 municípios das regiões Norte, Centro-Oeste, Noroeste e Sudoeste do estado, a secretaria realizou, em 2001, quatro cursos de formação específica. São ataulmente 25 escolas INDÍGENAS no Paraná, sendo 22 municipais e 3 federais. A administração física das escolas é por conta dos municípios ou da União, e o estado é responsável pelas diretrizes pedagógicas.
Para tentar ampliar o conhecimento sobre a história dos índios no Paraná, a Secretaria da Educação investe em publicações que enfocam o artesanato das tribos, mapas que localizam as áreas indígenas, livretos com lendas guaranis e cartilhas pedagógicas para alfabetização no idioma cainguangue. Parte do material é distribuído também à rede estadual de educação, para garantir aos estudantes o conhecimento da cultura indígena local.
Segundo a pesquisa do MEC, o Brasil tem 1.392 escolas indígenas, nas quais trabalham quase 4 mil professores, sendo 76,5% dos docentes de origem indígena. A região Norte tem mais de 47 mil alunos indígenas, seguida pelo Nordeste (20,1 mil), Centro-Oeste (16,5 mil estudantes), Sul (6,4 mil) e Sudeste (2,8 mil).
(Idem 18/12/01)
PF investiga exportação de mogno
Madeira estaria saindo com pagamento de propina
A Polícia Federal de Paranaguá está investigando a denúncia de que funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estariam facilitando a saída de mogno do país pelo porto da cidade. A informação chegou à delegacia por meio de um bilhete anônimo, denunciando que fiscais do Ibama deixariam de conferir cargas de madeiras em troca do pagamento de propina. O órgão ambiental informou que caso seja confirmada a irregularidade será aberta uma sindicância para investigar o caso.
O delegado Evaristo Kuceki conta que a carta enviada à delegacia trazia a denúncia de que o fiscal Diney de Carvalho estaria cobrando R$ 1,00 por cada fardo - que contém um metro cúbico - que deixasse de fiscalizar. Com isso, estariam saindo do Porto de Paranaguá cargas de mogno com notas de outros tipos de madeira, cuja a exportação está liberada. Kuceki conta que na carta a pessoa dizia que a empresa Robco Madeiras Ltda teria exportado mogno serrado como cedro.
Kuceki diz que Carvalho foi interrogado e que em seu depoimento ele teria negado a informação. "Mas ele admitiu que a letra do bilhete é muito parecida com a sua", comenta o delegado. Agora a polícia está realizando perícia para saber se a letra realmente é do fiscal do Ibama. Pelo bilhete, que teria sido escrito por Carvalho, a cobrança era realizada por outro fiscal do porto, que também será convocado para prestar depoimento na PF.
Atualmente o Porto de Paranaguá é um dos que mais exporta mogno no país. A possibilidade da fiscalização ter falhas, leva as autoridades a acreditarem que a madeira é trazida do Pará (um dos maiores produtores de mogno) para o Paraná justamente por este motivo.
O chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, Paulo Roberto Mattoso Dittert, também não descarta essa possibilidade. "Isso pode estar ocorrendo". O Porto de Paranaguá exporta por ano 1,2 milhão de metros cúbicos de madeira.
A movimentação de mogno no País está proibida há dois meses, a partir de uma portaria do Ibama. "Na realidade a determinação ocorreu para que os ficais pudessem saber realmente se o mogno que está sendo explorado vem de áreas de manejos ou de localidades irregulares", afirma Mattoso. Ele comenta, que hoje a maior parte do mogno está em áreas INDÍGENAS ou da união.
A última apreensão de mogno em Paranaguá ocorreu no início do mês. A carga era de 1,1 mil metros cúbicos.
Um censo divulgado ontem, pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que o Brasil tem atualmente 93 mil alunos matriculados na educação indígena, sendo que 81% destes estudantes cursam o ensino fundamental. No Paraná, segundo a Secretaria Estadual de Educação, são aproximadamente 2,3 mil alunos INDÍGENAS - das tribos caingangue e tupi-guarani -, sendo que 83,5% estão no ensino básico, de 1.ª a 4.ª série.
Os números mostram que a educação dos índios ainda está ligada mais à alfabetização do que na construção de uma base cultural continuada. No Paraná, somente 315 integrantes de áreas INDÍGENAS do estado cursam entre a 5.ª e 8.ª séries do ensino fundamental e 65 estão no ensino médio. Os INDÍGENAS ocupam atualmente apenas dez vagas nas universidades do estado.
Além da necessidade de que os alunos permaneçam mais tempo na escola, a técnica pedagógica da Secretaria de Educação, Vilmara Sueli Cavichiolo, diz que é necessário manter viva a língua materna das tribos. Por isso, no Paraná, o ensino aos INDÍGENAS é ministrado de forma bilíngüe.
Para treinar os professores dentro das necessidades das 17 áreas INDÍGENAS do Paraná, localizadas em 20 municípios das regiões Norte, Centro-Oeste, Noroeste e Sudoeste do estado, a secretaria realizou, em 2001, quatro cursos de formação específica. São ataulmente 25 escolas INDÍGENAS no Paraná, sendo 22 municipais e 3 federais. A administração física das escolas é por conta dos municípios ou da União, e o estado é responsável pelas diretrizes pedagógicas.
Para tentar ampliar o conhecimento sobre a história dos índios no Paraná, a Secretaria da Educação investe em publicações que enfocam o artesanato das tribos, mapas que localizam as áreas indígenas, livretos com lendas guaranis e cartilhas pedagógicas para alfabetização no idioma cainguangue. Parte do material é distribuído também à rede estadual de educação, para garantir aos estudantes o conhecimento da cultura indígena local.
Segundo a pesquisa do MEC, o Brasil tem 1.392 escolas indígenas, nas quais trabalham quase 4 mil professores, sendo 76,5% dos docentes de origem indígena. A região Norte tem mais de 47 mil alunos indígenas, seguida pelo Nordeste (20,1 mil), Centro-Oeste (16,5 mil estudantes), Sul (6,4 mil) e Sudeste (2,8 mil).
(Idem 18/12/01)
PF investiga exportação de mogno
Madeira estaria saindo com pagamento de propina
A Polícia Federal de Paranaguá está investigando a denúncia de que funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estariam facilitando a saída de mogno do país pelo porto da cidade. A informação chegou à delegacia por meio de um bilhete anônimo, denunciando que fiscais do Ibama deixariam de conferir cargas de madeiras em troca do pagamento de propina. O órgão ambiental informou que caso seja confirmada a irregularidade será aberta uma sindicância para investigar o caso.
O delegado Evaristo Kuceki conta que a carta enviada à delegacia trazia a denúncia de que o fiscal Diney de Carvalho estaria cobrando R$ 1,00 por cada fardo - que contém um metro cúbico - que deixasse de fiscalizar. Com isso, estariam saindo do Porto de Paranaguá cargas de mogno com notas de outros tipos de madeira, cuja a exportação está liberada. Kuceki conta que na carta a pessoa dizia que a empresa Robco Madeiras Ltda teria exportado mogno serrado como cedro.
Kuceki diz que Carvalho foi interrogado e que em seu depoimento ele teria negado a informação. "Mas ele admitiu que a letra do bilhete é muito parecida com a sua", comenta o delegado. Agora a polícia está realizando perícia para saber se a letra realmente é do fiscal do Ibama. Pelo bilhete, que teria sido escrito por Carvalho, a cobrança era realizada por outro fiscal do porto, que também será convocado para prestar depoimento na PF.
Atualmente o Porto de Paranaguá é um dos que mais exporta mogno no país. A possibilidade da fiscalização ter falhas, leva as autoridades a acreditarem que a madeira é trazida do Pará (um dos maiores produtores de mogno) para o Paraná justamente por este motivo.
O chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, Paulo Roberto Mattoso Dittert, também não descarta essa possibilidade. "Isso pode estar ocorrendo". O Porto de Paranaguá exporta por ano 1,2 milhão de metros cúbicos de madeira.
A movimentação de mogno no País está proibida há dois meses, a partir de uma portaria do Ibama. "Na realidade a determinação ocorreu para que os ficais pudessem saber realmente se o mogno que está sendo explorado vem de áreas de manejos ou de localidades irregulares", afirma Mattoso. Ele comenta, que hoje a maior parte do mogno está em áreas INDÍGENAS ou da união.
A última apreensão de mogno em Paranaguá ocorreu no início do mês. A carga era de 1,1 mil metros cúbicos.
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