From Indigenous Peoples in Brazil
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Polícia está longe de esclarecer massacre de garimpeiros em reserva
25/07/2004
Fonte: O Globo, O Pais, p.17
Polícia está longe de esclarecer massacre de garimpeiros em reserva
BRASÍLIA. Mais de três meses depois do massacre de 29 garimpeiros dentro da reserva Roosevelt, dos índios cintas-largas, em Rondônia, a Polícia Federal ainda está longe de esclarecer o caso. Com dificuldades para estabelecer a participação individual de cada um na chacina, a PF ainda não decidiu se vai propor uma denúncia coletiva dos índios ou se acusará apenas os três principais caciques da reserva. Nenhuma das duas alternativas é considerada satisfatória pela própria polícia.
Segundo um dos delegados responsáveis pelas investigações, uma denúncia coletiva contra o grupo de aproximadamente 30 índios suspeitos de envolvimento no massacre teria pouca eficácia. Sem a indicação clara da participação de cada um na chacina, a acusação seria facilmente derrubada na Justiça. Por lei, as autoridades policiais ou do Ministério Público são obrigadas a demonstrar, com base em provas, como cada índio teria atuado na matança.
A segunda possibilidade seria responsabilizar criminalmente três dos caciques mais poderosos da reserva, Pio, Roberto Carlos e Oita Cinta-Larga, apontados como mandantes do crime. Dois deles, Pio e Roberto Carlos, já assumiram publicamente que os índios prenderam e depois mataram os garimpeiros. Mas a PF acredita que a saída de cena destes caciques poderia abrir uma disputa sem precedentes pelo poder entre diversos grupos dentro da aldeia. Sem o controle centralizado destes caciques, alguns delegados temem que ocorram outras tragédias ainda piores que o massacre dos garimpeiros.
A PF abriu inquérito para investigar o caso no dia 9 de abril, dois dias depois do massacre. Até sexta-feira, mais de 20 índios tinham sido ouvidos, inclusive os caciques Pio, João Bravo e Oita.
O Globo, 25/07/2004, p.17
BRASÍLIA. Mais de três meses depois do massacre de 29 garimpeiros dentro da reserva Roosevelt, dos índios cintas-largas, em Rondônia, a Polícia Federal ainda está longe de esclarecer o caso. Com dificuldades para estabelecer a participação individual de cada um na chacina, a PF ainda não decidiu se vai propor uma denúncia coletiva dos índios ou se acusará apenas os três principais caciques da reserva. Nenhuma das duas alternativas é considerada satisfatória pela própria polícia.
Segundo um dos delegados responsáveis pelas investigações, uma denúncia coletiva contra o grupo de aproximadamente 30 índios suspeitos de envolvimento no massacre teria pouca eficácia. Sem a indicação clara da participação de cada um na chacina, a acusação seria facilmente derrubada na Justiça. Por lei, as autoridades policiais ou do Ministério Público são obrigadas a demonstrar, com base em provas, como cada índio teria atuado na matança.
A segunda possibilidade seria responsabilizar criminalmente três dos caciques mais poderosos da reserva, Pio, Roberto Carlos e Oita Cinta-Larga, apontados como mandantes do crime. Dois deles, Pio e Roberto Carlos, já assumiram publicamente que os índios prenderam e depois mataram os garimpeiros. Mas a PF acredita que a saída de cena destes caciques poderia abrir uma disputa sem precedentes pelo poder entre diversos grupos dentro da aldeia. Sem o controle centralizado destes caciques, alguns delegados temem que ocorram outras tragédias ainda piores que o massacre dos garimpeiros.
A PF abriu inquérito para investigar o caso no dia 9 de abril, dois dias depois do massacre. Até sexta-feira, mais de 20 índios tinham sido ouvidos, inclusive os caciques Pio, João Bravo e Oita.
O Globo, 25/07/2004, p.17
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