From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Ruralista é morto em conflito com índios em SC
17/02/2004
Fonte: O Globo, O País, p.13
Ruralista é morto em conflito com índios em SC
Paulo Yafusso
Um líder ruralista foi assassinado na madrugada de ontem durante conflito de fazendeiros com índios caigangues e guaranis em Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina. O fazendeiro Olisses Stefani, de 51 anos, presidente do sindicato rural da cidade e um dos maiores produtores de grãos do estado, tentou passar por um bloqueio na estrada próxima à reserva Toldo Embu quando foi atingido por um tiro de carabina na cabeça. O autor do disparo ainda não foi identificado.
Seis pessoas que acompanhavam Stefani foram feitas reféns pelos índios - quatro deles por 17 horas - e só libertadas no início da noite de ontem. Entre os que ficaram reféns, estava o advogado do sindicato rural e um vereador. Para libertá-los, o grupo de cerca de 80 índios pediu a demarcação de dois mil hectares para a reserva, onde já moram 41 famílias indígenas há cinco anos.
Ari Palhano, funcionário da Funai e presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, disse que os índios bloqueavam a estrada em manifestação pacífica quando Stefani e outros ocupantes da caminhonete chegaram atirando. Já os ruralistas dizem que o presidente do sindicato foi ao local verificar uma denúncia de invasão de terras e foi recebido à bala.
Os conflitos entre fazendeiros e índios na região acentuaram-se devido à expansão da fronteira agrícola no Oeste catarinense, mas este é o primeiro registro de morte por causa das disputas. Segundo o delegado Hildo Rosa, porta-voz da Polícia Federal em Santa Catarina, muitas vezes os fazendeiros fazem acordos para plantar nas áreas dos índios.
Em Mato Grosso, Polícia apura origem de confronto
Já a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul ouviu ontem 15 pessoas sobre o confronto entre índios guarani-caiová e fazendeiros na região, em que um índio foi baleado e uma mulher ferida no braço a golpes de foice neste fim de semana na região de Iguatemi. Segundo informou o delegado regional Claudineis Galinari, foram abertos dois inquéritos, um para cada caso.
O Globo, 17/02/2004, O País, p.13
Paulo Yafusso
Um líder ruralista foi assassinado na madrugada de ontem durante conflito de fazendeiros com índios caigangues e guaranis em Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina. O fazendeiro Olisses Stefani, de 51 anos, presidente do sindicato rural da cidade e um dos maiores produtores de grãos do estado, tentou passar por um bloqueio na estrada próxima à reserva Toldo Embu quando foi atingido por um tiro de carabina na cabeça. O autor do disparo ainda não foi identificado.
Seis pessoas que acompanhavam Stefani foram feitas reféns pelos índios - quatro deles por 17 horas - e só libertadas no início da noite de ontem. Entre os que ficaram reféns, estava o advogado do sindicato rural e um vereador. Para libertá-los, o grupo de cerca de 80 índios pediu a demarcação de dois mil hectares para a reserva, onde já moram 41 famílias indígenas há cinco anos.
Ari Palhano, funcionário da Funai e presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, disse que os índios bloqueavam a estrada em manifestação pacífica quando Stefani e outros ocupantes da caminhonete chegaram atirando. Já os ruralistas dizem que o presidente do sindicato foi ao local verificar uma denúncia de invasão de terras e foi recebido à bala.
Os conflitos entre fazendeiros e índios na região acentuaram-se devido à expansão da fronteira agrícola no Oeste catarinense, mas este é o primeiro registro de morte por causa das disputas. Segundo o delegado Hildo Rosa, porta-voz da Polícia Federal em Santa Catarina, muitas vezes os fazendeiros fazem acordos para plantar nas áreas dos índios.
Em Mato Grosso, Polícia apura origem de confronto
Já a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul ouviu ontem 15 pessoas sobre o confronto entre índios guarani-caiová e fazendeiros na região, em que um índio foi baleado e uma mulher ferida no braço a golpes de foice neste fim de semana na região de Iguatemi. Segundo informou o delegado regional Claudineis Galinari, foram abertos dois inquéritos, um para cada caso.
O Globo, 17/02/2004, O País, p.13
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