From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Preconceito é o maior problema, dizem índios urbanos
02/12/2006
Autor: Luis Galano
Fonte: Jornal da cidade de Baurú
A discriminação no convívio social é o principal problema enfrentado pelos índios que vivem na área urbana. A afirmação é de Jupira Terena, que, por motivos políticos, há dez meses deixou sua aldeia, em Avaí, para morar em Bauru.
A opinião foi confirmada pelos índios presentes na 1ª. Reunião dos Povos Indígenas Urbanos, iniciada ontem na Universidade do Sagrado Coração (USC). Segundo eles, o problema se estende desde a segregação em um grupo de estudo, até a disputa para uma vaga de emprego.
De acordo com Jupira, o problema é dobrado no caso das mulheres. "O homem indígena tem uma atitude machista. Ele não aceita que a mulher imponha sua opinião e, quando saímos da aldeia, encontramos novas barreiras", afirma.
"É difícil conseguirmos um emprego. A maioria das pessoas nos enxergam apenas como empregadas domésticas. No entanto, também tivemos estudo e sabemos o que é certo e o que é errado. A discriminação é proibida por lei e vamos lutar para acabar com ela", ressalta.
Outra indígena urbana, Cleide Pio, que também saiu de Avaí para morar em Bauru, relembra um fato acontecido há poucos dias com seu irmão. "Ele faz parte de um grupo e os outros membros fazem piadas desagradáveis. Muitas vezes ele chega chateado em casa", revela a descendente dos Terena, que vive há dez anos na cidade.
Segundo Jupira, cerca de 70 famílias indígenas vivem na cidade de Bauru, o que totaliza cerca de 200 pessoas. "A maioria veio de Avaí, em busca de melhores condições para os filhos ou por brigas internas na aldeia".
Evento
A Reunião dos Povos Indígenas Urbanos é o primeiro encontro realizado pelos índios que moram em Bauru. Anteontem, foram realizadas palestras e discussões, que se estenderam desde as 8h até as 18h.
De acordo com Jupira, uma das organizadoras do evento, o intuito é debater as questões relativas aos direitos dos índios que saem das suas tribos. "Quando nos mudamos para a cidade, parece que nossos benefício deixam de valer. Até mesmo nossas reivindicações deixam de ter peso perante à Funai", argumenta.
O encontro, que é aberto à comunidade, termina hoje. As palestras também começam às 8h, mas terminam mais cedo, já que às 17h30 uma pajelança irá marcar o encerramento do evento.
A opinião foi confirmada pelos índios presentes na 1ª. Reunião dos Povos Indígenas Urbanos, iniciada ontem na Universidade do Sagrado Coração (USC). Segundo eles, o problema se estende desde a segregação em um grupo de estudo, até a disputa para uma vaga de emprego.
De acordo com Jupira, o problema é dobrado no caso das mulheres. "O homem indígena tem uma atitude machista. Ele não aceita que a mulher imponha sua opinião e, quando saímos da aldeia, encontramos novas barreiras", afirma.
"É difícil conseguirmos um emprego. A maioria das pessoas nos enxergam apenas como empregadas domésticas. No entanto, também tivemos estudo e sabemos o que é certo e o que é errado. A discriminação é proibida por lei e vamos lutar para acabar com ela", ressalta.
Outra indígena urbana, Cleide Pio, que também saiu de Avaí para morar em Bauru, relembra um fato acontecido há poucos dias com seu irmão. "Ele faz parte de um grupo e os outros membros fazem piadas desagradáveis. Muitas vezes ele chega chateado em casa", revela a descendente dos Terena, que vive há dez anos na cidade.
Segundo Jupira, cerca de 70 famílias indígenas vivem na cidade de Bauru, o que totaliza cerca de 200 pessoas. "A maioria veio de Avaí, em busca de melhores condições para os filhos ou por brigas internas na aldeia".
Evento
A Reunião dos Povos Indígenas Urbanos é o primeiro encontro realizado pelos índios que moram em Bauru. Anteontem, foram realizadas palestras e discussões, que se estenderam desde as 8h até as 18h.
De acordo com Jupira, uma das organizadoras do evento, o intuito é debater as questões relativas aos direitos dos índios que saem das suas tribos. "Quando nos mudamos para a cidade, parece que nossos benefício deixam de valer. Até mesmo nossas reivindicações deixam de ter peso perante à Funai", argumenta.
O encontro, que é aberto à comunidade, termina hoje. As palestras também começam às 8h, mas terminam mais cedo, já que às 17h30 uma pajelança irá marcar o encerramento do evento.
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