From Indigenous Peoples in Brazil
News
MS: índios protestam por enterro de índia assassinada
12/01/2007
Fonte: Boletim de Notícias/Home page Notícias da Terra
Índios guarani-kaiowá da comunidade Taquaperi fizeram um protesto nesta quinta-feira na
rodovia MS-389, que liga os municípios de Amambaí e Coronel Sapucaia, no sudoeste do Mato
Grosso do Sul. Eles reivindicam o direito de enterrar a índia Zulita Lopes, 70 anos, na terra
onde ela foi morta, no interior da fazenda Madama.
O assassinato de Zulita, também conhecida como Kurutê, ocorreu na última segunda-feira. Um
grupo armado obrigou os índios a desocupar a fazenda, onde 50 famílias haviam entrado no
sábado. Um outro índio foi ferido com três tiros na perna. A terra da fazenda Madama é
denominada pelos índios de tekoha (terra tradicional) Kurusu Amba.
A kaiowá Valdelice Veron, uma das organizadoras do protesto e integrante da Comissão de
Direitos Indígenas do Mato Grosso do Sul, disse que, mesmo com medo de que haja mais um
confronto armado durante o enterro, os índios não abrem mão do ritual. "Nós vamos fazer o
enterro na fazenda, com ou sem autorização da Justiça. Estamos esperando pela Justiça, mas
vamos fazer o enterro", disse.
Valdelice é filha de um outro kaiowá morto, o líder Marcos Verón, assassinado em 2003 por
seguranças de uma fazenda em Juti (MS). Ela afirma que mais de 2,6 mil índios já estão no
local do protesto e responsabiliza os fazendeiros da região pelo assassinato. "Os mandantes
foram os administradores da fazenda. Porque eles queriam expulsar os índios."
Para realizar o enterro, os índios ainda aguardam pela autorização da Justiça, solicitada pelo
Ministério Público Federal (MPF) de Dourados.
rodovia MS-389, que liga os municípios de Amambaí e Coronel Sapucaia, no sudoeste do Mato
Grosso do Sul. Eles reivindicam o direito de enterrar a índia Zulita Lopes, 70 anos, na terra
onde ela foi morta, no interior da fazenda Madama.
O assassinato de Zulita, também conhecida como Kurutê, ocorreu na última segunda-feira. Um
grupo armado obrigou os índios a desocupar a fazenda, onde 50 famílias haviam entrado no
sábado. Um outro índio foi ferido com três tiros na perna. A terra da fazenda Madama é
denominada pelos índios de tekoha (terra tradicional) Kurusu Amba.
A kaiowá Valdelice Veron, uma das organizadoras do protesto e integrante da Comissão de
Direitos Indígenas do Mato Grosso do Sul, disse que, mesmo com medo de que haja mais um
confronto armado durante o enterro, os índios não abrem mão do ritual. "Nós vamos fazer o
enterro na fazenda, com ou sem autorização da Justiça. Estamos esperando pela Justiça, mas
vamos fazer o enterro", disse.
Valdelice é filha de um outro kaiowá morto, o líder Marcos Verón, assassinado em 2003 por
seguranças de uma fazenda em Juti (MS). Ela afirma que mais de 2,6 mil índios já estão no
local do protesto e responsabiliza os fazendeiros da região pelo assassinato. "Os mandantes
foram os administradores da fazenda. Porque eles queriam expulsar os índios."
Para realizar o enterro, os índios ainda aguardam pela autorização da Justiça, solicitada pelo
Ministério Público Federal (MPF) de Dourados.
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